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Bovet 1822Récital 22 Grand Récital

03 de abril de 2019
O fantástico Récital 22 Grand Récital é a terceira peça de uma trilogia em que a Bovet nos convida a observar a evolução dos três astros que marcam o ritmo de nossas vidas: o Sol, a Terra e a Lua.




O Récital 22 Grand Récital foi o grande vencedor do Grande Prêmio de Relojoaria de Genebra 2018, ao receber o prêmio Aiguille d'Or, atribuído ao melhor relógio do ano, segundo o júri do GPHG, considerado o "Oscar" da relojoaria.


Em 2016, a Bovet surpreendeu colecionadores com o lançamento do turbilhão Récital 18 Shooting Star, com um estilo relojoeiro muito próprio, abrigando o movimento a uma caixa assimétrica de desenho patenteado. Um ano depois, apresentou o Récital 20 Astérium, uma evolução daquele primeiro relógio celestial, que emprestava do Récital 18 a caixa inovadora, a arquitetura inédita e a leitura intuitiva das indicações astronômicas.


Assim como o universo infinito representado por esta trilogia de relógios, a imaginação de Pascal Raffy, proprietário da Bovet, parece não ter limites. O turbilhão Récital 22 Grand Récital é o terceiro ato do poema relojoeiro que Raffy e os artesãos da marca começaram a escrever há dois anos. Juntos, nos convidam a observar a evolução dos três astros que marcam o ritmo de nossas vidas: o Sol, a Terra e a Lua.


Neste grande teatro astronômico, chamado Tellurium-Orrery, o Sol é representado pelo turbilhão volante, onde a ponte da gaiola evoca seus raios resplandecentes. A imponente Terra hemisférica gira ao redor de seu próprio eixo e indica as horas em um ciclo natural de 24 horas. Por último, uma Lua esférica se move ao redor da Terra em 29,53 dias, a exata duração de seu período sinódico.

Para realçar o esplendor do Sol, a gaiola do turbilhão foi elevada acima da superfície do movimento. A construção inédita e patenteada, que se caracteriza por um ponto de fixação central, oferece excelente cronometria, além de elegância e transparência notáveis. Os cinco braços da ponte da gaiola de titânio envolvem o órgão regulador. Esta representação tridimensional de nosso astro realça o chanfrado manual dos cinco braços da ponte que ilumina sutilmente a decoração celestial do relógio. O período de rotação de 1 minuto lhe permite indicar os segundos através de um ponteiro fixado diretamente sobre a gaiola, que percorre um setor graduado em vinte segundos.


A Terra é representada por um hemisfério cuja superfície foi decorada com um mapa gravado e pintado à mão, onde oceanos, montanhas, desertos e florestas estão minuciosamente detalhados. Além da dificuldade de realizar sua obra sobre uma superfície hemisférica, o artesão emprega uma técnica revelada pela Bovet em 2017, que consiste em aplicar material luminescente sobre uma pintura em miniatura. Desta maneira, a Terra se ilumina enquanto o resto do relógio permanece na sombra. O artesão enfrenta então uma das etapas mais delicadas de seu trabalho: a aplicação de camadas sucessivas de laca transparente sobre a superfície do globo antes do processo de polimento.

Para obter ainda maior realismo, o artista pinta posteriormente algumas nuvens e correntes de ar na superfície do globo. Separadas do resto da superfície terrestre pelas espessas camadas de laca, as nuvens parecem flutuar no ar. Como na realidade, a Terra gira em 24 horas e no sentido anti-horário. Na base do globo, uma escala graduada indica a hora através de um ponteiro tridimensional de titânio polido situado entre o turbilhão e o globo terrestre.


A dimensão do trabalho artesanal e artístico presente nestes hemisférios já seria suficiente para considerar cada um dos sessenta relógios desta série limitada como uma peça única. Contudo, Pascal Raffy quis ir mais além, permitindo aos colecionadores a escolha da orientação do mapa da Terra, para que o lugar escolhido por eles esteja posicionado no eixo Terra-Sol quando o relógio indicar o meio-dia. Esta opção de personalização implica que cada movimento e cada relógio sejam montados somente depois de ter recebido o pedido de cada colecionador. A personalização permite também saber em que parte do mundo é noite, graças à coloração em branco e preto do anel que rodeia a Terra. Este indicador côncavo e circular, alargado na parte inferior para permitir a leitura da hora, demonstra a maestria dos micro-mecânicos responsáveis pela sua manufatura.

A Lua é representada por uma esfera que percorre uma órbita completa em exatamente 29,53 dias, correspondentes ao período sinódico de nosso satélite natural. Graças ao seu mecanismo de alta precisão, a indicação de sua fase, também legível no anel concêntrico à Terra, exige a correção de um só dia a cada 122 anos. A esfera é dividida em duas zonas: uma preta e outra gravada com os relevos da superfície lunar. As zonas gravadas desta segunda metade são preenchidas com material luminescente, permitindo assim distinguir claramente qual parte da lua recebe diretamente a luz do sol. Esta rara combinação de indicações é objeto de uma das cinco patentes presentes no movimento do Grand Récital.


Para fornecer ainda mais harmonia a este espetáculo celestial, as indicações dos minutos retrógrados e da reserva de marcha se encontram em setores hemisféricos com a mesma curvatura do globo terrestre. Os cristais de safira colocados em seus centros magnificam os mecanismos que se encontram abaixo e parecem ultrapassar os limites espaciais da caixa.

Por fim, uma abertura circular situada no lado esquerdo da gaiola do turbilhão possui um aro metálico com uma lupa que permite ler a data sobre um disco de cristal que gira na parte inferior do movimento. Para destacar a data, um anel feito diretamente a partir de um material luminescente sólido realça o contorno interior da janela. Ele foi colocado simetricamente ao anel superior do cone e da roda da reserva de marcha, feita do mesmo material.


Para se admirar em toda a extensão o engenho que Pascal Raffy e a equipe Bovet dedicaram a este relógio, deve-se observá-lo de todos os ângulos. Dando a volta ao relógio e observando através de seu fundo de safira, descobre-se uma grande ponte decorada com Côtes de Genève circulares, centrada no eixo do turbilhão. Distintas janelas abrem-se para indicar as horas, o dia, o mês e o ano bissexto, enquanto a ponte guia o disco de cristal da data que se mostra em ambas as faces do movimento. Esta combinação de indicações atua como uma espécie de cérebro mecânico que controla o calendário perpétuo.

Desenhado e desenvolvido especificamente para o Grand Récital, o calendário perpétuo está repleto de inovações, incluindo uma inédita indicação de data através de um disco de dupla face, objeto de uma patente. O disco possui um mecanismo retrógrado no qual um "rack" micrométrico, também patenteado, otimiza o funcionamento e reduz o volume ocupado. As bruscas acelerações e desacelerações que atuam sobre o disco da data, combinadas à inércia do cristal mineral do qual é feito, levaram os relojoeiros a criar uma engrenagem reguladora que dissipa a energia do salto retrógrado do disco.


Grande entusiasta das complicações úteis e sempre atento ao conforto dos colecionadores, Pascal Raffy pediu à equipe técnica da Manufatura um mecanismo que simplificasse o ajuste do calendário perpétuo: a solução - patenteada - certamente os agradará. Além dos corretores tradicionais que permitem ajustar cada indicação individualmente, foi desenvolvido um botão posicionado entre as asas superiores, para ajuste simultâneo de todas as suas funções. Assim, caso o relógio fique parado durante seis dias, por exemplo, bastará pressioná-lo seis vezes para ajustar todas as funções do calendário perpétuo e do Tellurium.

Um único tambor é suficiente para fornecer energia aos 656 componentes do complexo calibre e garantir uma reserva de marcha superior a nove dias. Reconhecidos especialistas em reservas de marcha longas, os relojoeiros da Bovet sabem que é mais importante poupar energia que aumentá-la quando se trata de ampliar a autonomia de um calibre. O segredo de seu êxito reside na escolha sistemática de métodos de manufatura tradicionais e artesanais. Uma série de detalhes, que incluem o recorte dos dentes, o brunimento tradicional dos pivôs e o acabamento impecável de cada componente, se unem para criar as bases da excelência que caracteriza os movimentos manufaturados pela Bovet.


Um turbilhão volante de dupla face foi escolhido para regular o calibre. Esta construção patenteada permite melhorar o desempenho cronométrico, reduzindo de forma significativa o braço da alavanca no ponto de fixação e distribuindo inteligentemente a massa. O regulador e o escape estão posicionados em ambos os lados do ponto de fixação central, criando uma arquitetura atípica que realça a estética de todo o conjunto, visto que a ligação do turbilhão ao movimento é praticamente invisível. Um balanço de inércia variável, unido a uma espiral fabricada nas oficinas da Bovet, garante a precisão do movimento oscilando a 18.000 aph.

O desenho da caixa, inspirado na forma de uma escrivaninha, com diâmetro de 46 mm, é inseparável da estrutura do movimento. Esta arquitetura única abre uma nova janela à interpretação tridimensional da leitura do tempo criada por Pascal Raffy e pelos relojoeiros da Bovet. A caixa está disponível em ouro vermelho ou em platina. Como de costume na Bovet, o Récital 22 Grand Récital é apresentado em edição limitada, segundo o número de movimentos produzidos. Desta maneira, independentemente do aspecto final do relógio, apenas sessenta movimentos Grand Récital sairão das oficinas da Bovet.


Conforme a visão de Pascal Raffy, os valores fundamentais da alta relojoaria incluem o domínio da técnica e da cronometria, as artes decorativas e a personalização em respeito às tradições da manufatura artesanal. Levados a seus máximos níveis de excelência, estes valores se harmonizam para oferecer ao colecionador a mais nobre e poética expressão do tempo.

À altura de sua exclusividade e também de sua complexidade, o Récital 22 Grand Récital tem um preço de venda de 465.000 Francos Suíços.


Sobre a Bovet


A Bovet é uma tradicional marca Suíça de alta relojoaria não muito conhecida pelos colecionadores Brasileiros, mas que possui uma longa e rica História, remontando a 1822, ano em que foi fundada por Edouard Bovet, na Inglaterra. Os relógios eram então fabricados em Fleurier, na Suíça, permanecendo assim até o final da década de 1930.

Em 2001, quando era operada a partir de Genebra, foi adquirida pelo Francês Pascal Raffy, que investiu na sua verticalização de modo a torna-la uma verdadeira manufatura. Raffy reinventou a empresa, mas manteve o seu design característico, com a coroa na posição das 12 horas, ainda presente na maioria das atuais coleções, e a exclusividade - atualmente, a Bovet produz cerca de apenas 1.800 relógios por ano. A marca hoje pode ser vista nos uniformes dos tenistas Espanhóis David Ferrer e Pablo Carreño-Busta.




Récital 22 Grand Récital - Ficha técnica

Movimento
Calibre 17DM03-TEL
Mecânico a corda manual
Diâmetro de 17 linhas
Frequência de 18.000 aph
Reserva de marcha de 9 dias
Turbilhão volante de 1 minuto, balanço de dupla face
Tellurium-Orrey e Calendário Perpétuo Retrógrado

Funções
Indicação de horas (24 horas), minutos retrógrados, segundos no turbilhão volante de dupla face, fases da Lua de precisão, data retrógrada de dupla face, reserva de marcha, calendário perpétuo retrógrado no lado do movimento

Patentes
Turbilhão volante de dupla face
Rack micrométrico de indicação retrógrada
Movimento relojoeiro com um mecanismo de indicação de informações relativas ao movimento da Lua
Movimento relojoeiro com um órgão de controle que ativa distintos mecanismos simultaneamente
Movimento relojoeiro com um indicador visível simultaneamente em ambas as faces do movimento

Caixa
Estilo Dimier, em ouro vermelho 18K ou em platina 950
Diâmetro de 46,30mm
Espessura 19,60mm
Estanque a 3 atm (30 metros)

Pulseira
Em couro de aligátor, com fecho de ouro vermelho ou ouro branco

Preço
435.000 Francos Suíços em ouro vermelho, 465.000 em platina



Artigo originalmente publicado na Revista Pulso ed. 119, Nov/Dez 2018
 

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