Harry Winston - Baselworld 2011O espetacular Opus XI
15 de julho de 2011
O novo capítulo da saga Opus
A série Opus da Harry Winston há muito já se converteu em algo mais do que uma coleção de relógios extraordinários. Este verdadeiro compêndio de sonhos de relojoeiros tornados realidade conta uma história de determinação convertida em fenômeno cultural, recriado todos os anos por pessoas de grande talento que sabem como combinar com perfeição seu compromisso com a arte e com a tecnologia.
Durante os últimos 10 anos, a Harry Winston tem recorrido à originalidade e ao talento de relojoeiros independentes para realizar sua visão de relojoaria do mais alto nível. Para a Harry Winston, os relógios refletem a crença apaixonada de que se pode, e também se deve, ir ainda mais além do imaginável.
Em Baselworld 2011, como sempre cercada de grandes expectativas, a Harry Winston se orgulhou de apresentar o 11o exemplar da série Opus, um relógio que rompe com ideias preconcebidas da relojoaria para decompor o tempo em seus elementos fundamentais.
O Opus Eleven, criado por Denis Giguet, inova com uma tecnologia e uma arquitetura que nunca haviam sido vistos antes. Seus engenhosos mecanismos fornecem ao relógio um caráter único, um temperamento explosivo que converte o tempo em uma sofisticada brincadeira.
Além de indicar as horas, o Opus Eleven é um verdadeiro quebra-cabeças da engenharia cujas peças se encaixam a cada hora.
A cortina se abre
Surge em cena uma caixa extremamente complexa. Ela possui três cilindros superpostos em três níveis diferentes, assim configurados para desconstruir o tempo. O círculo principal é o domínio das horas, flanqueado por dois pavilhões.
Um deles mostra os minutos em um disco saltante para as dezenas e um disco trotador para as unidades. O outro, ligeiramente mais abaixo, deixa ver a oscilação compassada do balanço de titânio.
A anarquia se estabelece com a indicação das horas sob o domo de cristal de safira a cada 60 minutos. O número da hora, montado no centro do círculo, se decompõe dando lugar ao caos para logo voltar a ser reconstruído instantaneamente com a nova hora. Ele se mantém neste estado até a desintegração seguinte.
No lugar de um ponteiro, 24 quadros giram em torno de um complicado sistema de engrenagens montadas sobre um trem de rodas epicicloidais. Quatro satélites montados sobre uma plataforma giratória, cada uma delas com três pares de quadros, proporcionam uma transmissão vertical através de um trem de oito rodas intermediárias, três engrenagens elípticas, uma roda triangular e seis pinhões cônicos.
As engrenagens cônicas permitem trocar o eixo de rotação dos quadros e colocá-los em posição graças a uma complicada manobra de rotação. A roda triangular e as engrenagens elípticas foram calculadas de maneira tal que variam a relação de transmissão para absorver os impactos e evitam que os quadros se choquem entre si.
O perfil dos dentes da engrenagem triangular e das engrenagens elípticas foi conseguido utilizando-se "softwares" muito sofisticados. Nos dias de hoje, a informática permite calcular e representar engrenagens muito pouco convencionais, e analisar diferentes parâmetros, como por exemplo, o jogo de ângulos.
As diferentes peças são fabricadas com a utilização do processo da fotolitografia, o qual permite produzir microcomponentes com uma precisão que seria impossível com os métodos mecanizados tradicionais.
Os pinhões cônicos das engrenagens cônicas têm apenas 1,2 mm de diâmetro, mas, apesar disso, os dentes têm o perfil e o ângulo exatos graças a uma nova e precisa técnica de corte.
O caminho percorrido pelos quadros foi calculado para reduzir ao mínimo o espaço que necessitam para girar. Sem nenhuma dúvida, o mostrador de cristal de safira com tratamento antirreflexos, também extremamente difícil de ser fabricado, deixa suficiente espaço para o protagonismo da animação das horas.
O fundo transparente da caixa de ouro branco 18 quilates, resistente à água a 30 metros, permite a contemplação de um movimento a corda manual no estilo dos antigos relógios de bolso, com um balanço de grandes dimensões.
O mecanismo, constituído por 566 componentes, incluindo 155 rubis, recebe um acabamento segundo os métodos mais tradicionais da relojoaria clássica, o qual contrasta claramente com a revolucionária forma de representar a hora. Sua reserva de marcha é de 48 horas.
Uma versão do relógio leva pedras preciosas engastadas com um estilo contemporâneo: apenas uma linha de diamantes de lapidação princesa que ilumina o contorno do canto da caixa.
O encontro foi marcado. A hora se decompõe ao chegar ao seu final, deixando que suas peças partam em todas as direções para mais tarde voltarem a formar novas horas, uma vez após a outra, até o infinito. A complexidade e o engenho acumulados no Opus Eleven convertem-no em um importante feito na exploração do tempo levada a cabo pela Harry Winston.
O Opus Eleven, relógio que leva a referência 500/MMDGWL, será produzido em uma edição limitada de 111 unidades. O modelo é complementado por uma pulseira de couro de aligátor preto e um fecho de báscula com três lâminas e botões integrados.
Denis Giguet
Engenheiro por formação, o francês Denis Giguet forjou uma sólida reputação no mundo da relojoaria de alto nível. A experiência acumulada em casas como Rolex e Harry Winston lhe permitiu desenvolver uma atitude visionária muito adiante no mundo da relojoaria.
Na função de diretor de produção da Harry Winston, Denis Giguet colocou todo seu conhecimento no desenho e na elaboração de relógios de grandes complicações. Em 2007, criou sua própria marca, a MCT - "Manufacture Contemporaine du Temps", e desenhou o "Sequential One", uma peça de engenharia de grande criatividade, na qual reuniu as habilidades de mais de 20 especialistas em seus respectivos campos.
Sua energia criativa deu à luz o Opus Eleven, um relógio onde sua visão muito própria do tempo se vê expressada com perfeição através da personalidade da Harry Winston.
Publicado originalmente na Revista Pulso no. 74, Maio/2011