Speake-MarinGuia de Marcas
Peter Speake-Marin é um relojoeiro de origem Inglesa, reconhecido pela originalidade e pela elegância de seu estilo.
Membro da AHCI, a prestigiada Academia dos Relojoeiros Criadores Independentes, Speake-Marin apresentou sua primeira coleção no salão da Basiléia de 2003.
Membro da AHCI, a prestigiada Academia dos Relojoeiros Criadores Independentes, Speake-Marin apresentou sua primeira coleção no salão da Basiléia de 2003.
Site oficial: www.speake-marin.com
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História
No caminho dos antigos mestres
?Um músico tem de compor, um pintor tem de pintar, um poeta tem de escrever, se quiser atingir a felicidade plena. O que uma pessoa tiver de ser, terá de ser... o desejo de se tornar mais e mais o que se é, de ser tudo o que se é capaz de vir a ser?.
Estas frases, escritas em 1943 pelo psicólogo americano Abraham Maslow, autor da conhecida hierarquia das necessidades, refletem bem a filosofia de vida que norteou o percurso profissional de Peter Speake-Marin até os dias de hoje. Nascido na Inglaterra em 1968, Speake-Marin nunca hesitou em tomar as opções certas que potencializassem a sua capacidade criativa, percorrendo muitas vezes o caminho mais difícil rumo à realização dos seus sonhos, motivado pelas suas convicções.
A sua entrada no mundo da relojoaria dar-se-ia por mero acaso. A extrema destreza no uso das mãos e uma sensibilidade inata por tudo o que fosse mecânico, levaram-no a ingressar em 1985 num curso de relojoaria no ?Hackney Technical College?, nos arredores de Londres. Tinha nessa altura apenas 17 anos, mas rapidamente compreendeu que os seus conhecimentos e o gosto pela arte, mecânica e história, se refletiam nesta peculiar arte de construir relógios.
Dois anos depois recebia as suas credenciais do British Horological Institute. Mas a sede de absorver conhecimentos nesta área permanecia e nos anos seguintes freqüenta a famosa e conceituada escola de relojoaria WOSTEP em Neuchâtel, Suíça, onde estuda em 1987 e de novo em 1991, obtendo uma especialização em complicações.
De volta a Londres, e após ocupar alguns cargos como relojoeiro em diversas empresas conceituadas da área, conhece George Somlo, um conhecido antiquário londrino especializado em relógios e com estabelecimento nas arcadas de Piccadilly. George Somlo não demorou muito a perceber as raras qualidades de Peter Speake-Marin e pouco tempo depois este já chefiava um atelier de restauro especializado, que ele próprio concebera e desenvolvera. Ao longo dos próximos seis anos, Peter Speake-Marin familiariza-se com excepcionais peças de vários mestres e casas relojoeiras. Pelas suas mãos passam obras-primas da arte relojoeira, desde Breguet originais do início do século 19, passando por criações de John Arnold, George Graham até os primeiros exemplares da Patek, da Cartier, entre muitos outros. É aqui que uma profunda paixão por esta arte e a sua história se enraíza em Peter Speake-Marin, e lhe permitem não apenas desenvolver profundos conhecimentos sobre a relojoaria em geral, mas também sobre os meandros e as técnicas da sua concepção e manufatura. As exigências da difícil arte do restauro ao nível do entendimento da complicação de um movimento e da intensa pesquisa necessária à sua reconstituição desenvolveram nele capacidades difíceis de obter por via de uma formação estritamente clássica.
Em 1996 Peter tomou a decisão de dar o passo seguinte na sua carreira. Esse passo teria obrigatoriamente de passar pela Suíça, país onde atualmente se encontra concentrada a indústria e o conhecimento recolhido ao longo de vários séculos de história relojoeira do velho continente. Ingressa então nas fileiras da Renaud et Papi, a subsidiária da Audemars Piguet especializada em complicações, ocupando-se a tempo inteiro com movimentos ultra complicados. Inicia-se com turbilhões, especializa-se na difícil arte da regulação (reglage), e passa pela exigente seção de desenvolvimento de produtos. Esta experiência veio complementar os ensinamentos que o restauro lhe havia dado, permitindo a passagem para o nível seguinte, a concepção de um movimento próprio e original. No final da sua estadia na Renaud et Papi, Peter já havia iniciado o trabalho neste projeto, um relógio de bolso com turbilhão de um minuto e dois tambores de corda, onde investiu mais de 1500 horas de trabalho intensivo. A opção pelo turbilhão para esta primeira peça resultou da sua imensa paixão por esta complicação específica, inventada e patenteada por Abraham-Louis Breguet em 1801. Nascia assim uma obra-prima que viria a batizar de ?The Foundation Watch?.
A criação deste relógio foi a confirmação das suas capacidades e indispensável à decisão de fundar o seu próprio atelier. Em 2000, após uma carreira de 15 anos de estudo e pesquisa intensiva, abre a ?The Watch Workshop? junto ao Lac Leman na Suíça, entre Genebra e Lausanne. Aqui, Peter Speake-Marin viria a terminar o ?Foundation Watch? e iniciaria o desenvolvimento da linha de relógios a que chamou de ?Piccaddily?, em homenagem aos anos que passara no atelier de George Somlo. A primeira peça a ser concluída após o relógio de bolso foi um turbilhão com repetição de minutos. Esta peça, produzida por encomenda para diversas marcas de renome, acabou por influenciar e definir a orientação estética que viria a seguir nos seus modelos posteriores, e que seria responsável pelo reconhecimento internacional que desde então lhe é atribuído.
O ingresso de Peter Speake-Marin na AHCI, a prestigiada Academia dos Relojoeiros Criadores Independentes, acontece pela mão do mestre Philippe Dufour, que ao ver o ?Foundation Watch? não hesitou em convidá-lo para membro desta associação. Conseqüentemente, é no stand da AHCI, durante o salão da Basiléia de 2003, que é apresentada pela primeira vez, e com sucesso imediato, uma coleção de 10 relógios Speake-Marin, dando origem a uma visibilidade e a uma série de contatos difíceis de obter de outra forma. No salão de 2005, a Harry Winston apresenta uma peça executada em parceria com Peter Speake-Marin, o Excenter Tourbillon, de corda manual e com dupla indicação de corda restante e 110 horas de autonomia. No ano seguinte, a parceria repete-se, e além de apresentar os seus próprios modelos, Peter cria um segundo relógio para a Harry Winston, um turbilhão automático com uma caixa de 44 mm executada numa liga especial chamada Zalium®, batizada de ?Project Z3?. Esta colaboração com a Harry Winston Rare Timepieces viria mais tarde a dar origem à participação de Peter Speake-Marin na concepção do HM nº1 da MB&F de Max Büsser. A colaboração substancial de Speake-Marin neste invulgar projeto é por si só um exemplo de excelência das suas capacidades como mestre relojoeiro e um vislumbre do seu potencial futuro.
Cada um dos relógios Speake-Marin tem o seu próprio caráter e nível de complicação, mas todos comungam de uma aparência clássica contemporânea, que os tornam diferentes das coleções apresentadas por outras marcas.
Desde os modelos mais simples ao ?Serpent Calendar?, passando pelo ?Quantième Perpétuel? e pelo ?Vintage Tourbillon?, todos comungam do mesmo DNA e são instantaneamente reconhecíveis como obras de Peter Speake-Marin. A este fato não é alheia a influência que os antigos mestres exerceram no seu percurso profissional. A forma facilmente associada aos antigos cronômetros marítimos, os mostradores em esmalte de difícil execução e típicos dos relógios de bolso dos séculos 18 e 19, a forma trabalhada dos ponteiros ou os diversos trabalhos de gravação ornamental, vulgo ?guilloché?, que adornam diversos modelos, são apenas alguns exemplos do que realmente o inspira.
Uma das mais recentes peças únicas de Speake-Marin é o extraordinário ?Fighting Time?. O conceito por detrás desta peça é a nossa constante batalha contra o tempo e pelo tempo, e a base encontrada para ilustrá-lo tomou a forma de dois dragões perseguindo-se mutuamente no espaço, para toda a eternidade. A gravação em ouro branco foi executada pelo mestre gravador Kees Engelbarts, e assenta sobre um mostrador em base de ?Mokume-gane? executado de forma circular, de maneira a transmitir uma percepção de movimento. A difícil arte do ?Mokume-gane? é praticada no Japão desde o século 17 e era majoritariamente empregue na concepção das espadas dos antigos Samurais, através da ?dobragem? e fusão consecutiva dos metais.
Sempre que temos a oportunidade de observar uma peça deste mestre relojoeiro, invade-nos um sentimento especial. O mesmo sentimento que nos preenche quando presenciamos uma peça original de Breguet, Tompion ou Earnshaw. A obra não é anônima, e sabendo que eles próprios trabalharam naqueles mecanismos com as suas próprias mãos, sabemos também que dessa forma transferiram para eles uma parte da sua própria alma.
Atualmente Peter Speake-Marin desenvolve um novo calibre totalmente original. Uma nova base para um futuro brilhante baseado num conceito e filosofia que tem orientado o seu trabalho desde o início: ?Eu quero que os meus relógios me ultrapassem em longevidade, e que no futuro, relojoeiros especializados em peças antigas olhem para os meus relógios com a mesma admiração como eu olho para algumas peças de grandes mestres do passado em que trabalhei?.
Em todo o caso, aqui o mestre não assina embaixo, mas diretamente no mostrador!
?Um músico tem de compor, um pintor tem de pintar, um poeta tem de escrever, se quiser atingir a felicidade plena. O que uma pessoa tiver de ser, terá de ser... o desejo de se tornar mais e mais o que se é, de ser tudo o que se é capaz de vir a ser?.
Estas frases, escritas em 1943 pelo psicólogo americano Abraham Maslow, autor da conhecida hierarquia das necessidades, refletem bem a filosofia de vida que norteou o percurso profissional de Peter Speake-Marin até os dias de hoje. Nascido na Inglaterra em 1968, Speake-Marin nunca hesitou em tomar as opções certas que potencializassem a sua capacidade criativa, percorrendo muitas vezes o caminho mais difícil rumo à realização dos seus sonhos, motivado pelas suas convicções.
A sua entrada no mundo da relojoaria dar-se-ia por mero acaso. A extrema destreza no uso das mãos e uma sensibilidade inata por tudo o que fosse mecânico, levaram-no a ingressar em 1985 num curso de relojoaria no ?Hackney Technical College?, nos arredores de Londres. Tinha nessa altura apenas 17 anos, mas rapidamente compreendeu que os seus conhecimentos e o gosto pela arte, mecânica e história, se refletiam nesta peculiar arte de construir relógios.
Dois anos depois recebia as suas credenciais do British Horological Institute. Mas a sede de absorver conhecimentos nesta área permanecia e nos anos seguintes freqüenta a famosa e conceituada escola de relojoaria WOSTEP em Neuchâtel, Suíça, onde estuda em 1987 e de novo em 1991, obtendo uma especialização em complicações.
De volta a Londres, e após ocupar alguns cargos como relojoeiro em diversas empresas conceituadas da área, conhece George Somlo, um conhecido antiquário londrino especializado em relógios e com estabelecimento nas arcadas de Piccadilly. George Somlo não demorou muito a perceber as raras qualidades de Peter Speake-Marin e pouco tempo depois este já chefiava um atelier de restauro especializado, que ele próprio concebera e desenvolvera. Ao longo dos próximos seis anos, Peter Speake-Marin familiariza-se com excepcionais peças de vários mestres e casas relojoeiras. Pelas suas mãos passam obras-primas da arte relojoeira, desde Breguet originais do início do século 19, passando por criações de John Arnold, George Graham até os primeiros exemplares da Patek, da Cartier, entre muitos outros. É aqui que uma profunda paixão por esta arte e a sua história se enraíza em Peter Speake-Marin, e lhe permitem não apenas desenvolver profundos conhecimentos sobre a relojoaria em geral, mas também sobre os meandros e as técnicas da sua concepção e manufatura. As exigências da difícil arte do restauro ao nível do entendimento da complicação de um movimento e da intensa pesquisa necessária à sua reconstituição desenvolveram nele capacidades difíceis de obter por via de uma formação estritamente clássica.
Em 1996 Peter tomou a decisão de dar o passo seguinte na sua carreira. Esse passo teria obrigatoriamente de passar pela Suíça, país onde atualmente se encontra concentrada a indústria e o conhecimento recolhido ao longo de vários séculos de história relojoeira do velho continente. Ingressa então nas fileiras da Renaud et Papi, a subsidiária da Audemars Piguet especializada em complicações, ocupando-se a tempo inteiro com movimentos ultra complicados. Inicia-se com turbilhões, especializa-se na difícil arte da regulação (reglage), e passa pela exigente seção de desenvolvimento de produtos. Esta experiência veio complementar os ensinamentos que o restauro lhe havia dado, permitindo a passagem para o nível seguinte, a concepção de um movimento próprio e original. No final da sua estadia na Renaud et Papi, Peter já havia iniciado o trabalho neste projeto, um relógio de bolso com turbilhão de um minuto e dois tambores de corda, onde investiu mais de 1500 horas de trabalho intensivo. A opção pelo turbilhão para esta primeira peça resultou da sua imensa paixão por esta complicação específica, inventada e patenteada por Abraham-Louis Breguet em 1801. Nascia assim uma obra-prima que viria a batizar de ?The Foundation Watch?.
A criação deste relógio foi a confirmação das suas capacidades e indispensável à decisão de fundar o seu próprio atelier. Em 2000, após uma carreira de 15 anos de estudo e pesquisa intensiva, abre a ?The Watch Workshop? junto ao Lac Leman na Suíça, entre Genebra e Lausanne. Aqui, Peter Speake-Marin viria a terminar o ?Foundation Watch? e iniciaria o desenvolvimento da linha de relógios a que chamou de ?Piccaddily?, em homenagem aos anos que passara no atelier de George Somlo. A primeira peça a ser concluída após o relógio de bolso foi um turbilhão com repetição de minutos. Esta peça, produzida por encomenda para diversas marcas de renome, acabou por influenciar e definir a orientação estética que viria a seguir nos seus modelos posteriores, e que seria responsável pelo reconhecimento internacional que desde então lhe é atribuído.
O ingresso de Peter Speake-Marin na AHCI, a prestigiada Academia dos Relojoeiros Criadores Independentes, acontece pela mão do mestre Philippe Dufour, que ao ver o ?Foundation Watch? não hesitou em convidá-lo para membro desta associação. Conseqüentemente, é no stand da AHCI, durante o salão da Basiléia de 2003, que é apresentada pela primeira vez, e com sucesso imediato, uma coleção de 10 relógios Speake-Marin, dando origem a uma visibilidade e a uma série de contatos difíceis de obter de outra forma. No salão de 2005, a Harry Winston apresenta uma peça executada em parceria com Peter Speake-Marin, o Excenter Tourbillon, de corda manual e com dupla indicação de corda restante e 110 horas de autonomia. No ano seguinte, a parceria repete-se, e além de apresentar os seus próprios modelos, Peter cria um segundo relógio para a Harry Winston, um turbilhão automático com uma caixa de 44 mm executada numa liga especial chamada Zalium®, batizada de ?Project Z3?. Esta colaboração com a Harry Winston Rare Timepieces viria mais tarde a dar origem à participação de Peter Speake-Marin na concepção do HM nº1 da MB&F de Max Büsser. A colaboração substancial de Speake-Marin neste invulgar projeto é por si só um exemplo de excelência das suas capacidades como mestre relojoeiro e um vislumbre do seu potencial futuro.
Cada um dos relógios Speake-Marin tem o seu próprio caráter e nível de complicação, mas todos comungam de uma aparência clássica contemporânea, que os tornam diferentes das coleções apresentadas por outras marcas.
Desde os modelos mais simples ao ?Serpent Calendar?, passando pelo ?Quantième Perpétuel? e pelo ?Vintage Tourbillon?, todos comungam do mesmo DNA e são instantaneamente reconhecíveis como obras de Peter Speake-Marin. A este fato não é alheia a influência que os antigos mestres exerceram no seu percurso profissional. A forma facilmente associada aos antigos cronômetros marítimos, os mostradores em esmalte de difícil execução e típicos dos relógios de bolso dos séculos 18 e 19, a forma trabalhada dos ponteiros ou os diversos trabalhos de gravação ornamental, vulgo ?guilloché?, que adornam diversos modelos, são apenas alguns exemplos do que realmente o inspira.
Uma das mais recentes peças únicas de Speake-Marin é o extraordinário ?Fighting Time?. O conceito por detrás desta peça é a nossa constante batalha contra o tempo e pelo tempo, e a base encontrada para ilustrá-lo tomou a forma de dois dragões perseguindo-se mutuamente no espaço, para toda a eternidade. A gravação em ouro branco foi executada pelo mestre gravador Kees Engelbarts, e assenta sobre um mostrador em base de ?Mokume-gane? executado de forma circular, de maneira a transmitir uma percepção de movimento. A difícil arte do ?Mokume-gane? é praticada no Japão desde o século 17 e era majoritariamente empregue na concepção das espadas dos antigos Samurais, através da ?dobragem? e fusão consecutiva dos metais.
Sempre que temos a oportunidade de observar uma peça deste mestre relojoeiro, invade-nos um sentimento especial. O mesmo sentimento que nos preenche quando presenciamos uma peça original de Breguet, Tompion ou Earnshaw. A obra não é anônima, e sabendo que eles próprios trabalharam naqueles mecanismos com as suas próprias mãos, sabemos também que dessa forma transferiram para eles uma parte da sua própria alma.
Atualmente Peter Speake-Marin desenvolve um novo calibre totalmente original. Uma nova base para um futuro brilhante baseado num conceito e filosofia que tem orientado o seu trabalho desde o início: ?Eu quero que os meus relógios me ultrapassem em longevidade, e que no futuro, relojoeiros especializados em peças antigas olhem para os meus relógios com a mesma admiração como eu olho para algumas peças de grandes mestres do passado em que trabalhei?.
Em todo o caso, aqui o mestre não assina embaixo, mas diretamente no mostrador!
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