Cartier - SIHH 2012Relógio de Bolso Grande Complicação Esqueleto
06 de fevereiro de 2012
Relógio de Bolso Grande Complicação Esqueleto calibre 9436 MC: uma ode à transparência
Um dos grandes destaques da Cartier no encontro do Fine Watchmaking Club em Nova Iorque foi a apresentação do espetacular Relógio de Bolso Grande Complicação Esqueleto, modelo que agora foi exibido ao público durante o SIHH 2012.
O relógio destina-se àqueles que atrevem-se a ser diferentes de uma forma refinada e que também podem se dar ao luxo de deixar de lado as conveniências. Para um homem de hoje, levar um relógio de bolso como o Cartier Grande Complicação Esqueleto certamente reflete uma filosofia de vida onde a estética do gesto está intimamente ligada à relação que mantém com o tempo e os objetos destinados a transmiti-lo.
Trata-se de um convite destinado a todos os apaixonados pela relojoaria, para quem olhar para o passado é um meio de buscar inspiração para o presente e, quem sabe, também escrever o futuro...
Quem decide levar consigo um relógio preso a uma corrente tem uma relação com o tempo distinta de seus contemporâneos. Pois, para muitos apaixonados pela arte da medição do tempo, esta modalidade de porte, que foi utilizada durante vários séculos, definitivamente faz parte de um passado muito distante.
Mas, sem nenhuma dúvida, o relógio de bolso oferece uma alternativa à padronização do comportamento e permite a todos os apaixonados, cansados da rotina, redescobrirem uma espécie de cerimônia destinada, por que não, a dar uma imagem de si mesmo destacada do restante da multidão.
O mistério do invisível...
Para um apaixonado por relógios, observar uma corrente pendurada em uma casa de botão é frequentemente uma fonte de tortura intelectual. Pois, para aquele que deseja saber o modelo utilizado por outro conhecedor, um ar tentador de mistério emana do final deste acessório muitas vezes precioso.
Ele é, portanto, obrigado a esperar até que o proprietário finalmente o remova do seu esconderijo, com um gesto que é sempre cerimonioso, para obter um vislumbre passageiro de sua aparência. A Cartier, ciente do potencial deste tipo de relógio em causar surpresa entre os conhecedores, relembra uma longa tradição herdada das suas origens e expressada com talento durante o período Art Déco.
O relógio de bolso Grande Complicação Esqueleto possui por sua vez o caráter eterno das grandes referências relojoeiras da Cartier e a força singular de seu estilo, que sempre proporciona a suas criações um avanço frente a seu tempo.
...revelado com toda sua transparência
Bastante equilibrado, este relógio de bolso revela toda sua beleza através de seus generosos 59,2 mm de diâmetro. Firmemente seguro na mão de seu dono, esta pura maravilha possui proporções que lembram as peças excepcionais criadas pela Cartier para alguns de seus clientes privilegiados em finais do século XIX.
Seu volume excepcional permite realçar um majestoso calibre inserido na projeção aérea dos numerais romanos vazados e cinzelados na massa da caixa de ouro branco.
Uma proeza da técnica que nos faz esquecer que, para extrair estes doze numerais romanos do bloco de ouro maciço de sua origem, foram exigidas não menos que 100 horas de um trabalho de grande precisão, dedicadas também ao acabamento e à decoração de cada numeral. Uma prova de paciência e rigor, quando sabemos que existem 300 ângulos entrantes, angulados à mão.
Este movimento mecânico a corda manual de manufatura, denominado como Calibre 9436 MC, visível através das duas faces deste relógio com perfil arredondado, aproveita a presença dos dois cristais de safira delicadamente perfilados para jogar com as transparências finamente elaboradas de sua platina, suas pontes e suas engrenagens, revelando assim o essencial do que é materialmente possível ver de sua complexidade mecânica.
Para revelar o engenho de artistas anônimos
Sempre se diz que os relojoeiros e artesãos dedicados à fabricação de relógios são os aristocratas das artes e ofícios. Com esta obra protagonizada pela transparência, eles colocaram todas as suas habilidades em ação para revelar alguns dos segredos deste coração mecânico a corda manual, regulado por um turbilhão voador e equipado com duas úteis complicações entre as mais admiradas entre os aficionados.
De fato, além de apresentar a hora com precisão graças a seu turbilhão clássico, apoiado em uma ponte que utiliza a forma do "C" da Cartier, esta maravilha está dotada de um mecanismo de cronógrafo de botão único. Esta função de medição de tempos intermédios é ativada, parada e reiniciada mediante um botão integrado à coroa, adornada por um cabochão de safira.
Este movimento compreende também a complicação do calendário perpétuo: um sistema refinado que permite indicar precisa e automaticamente no mostrador todos os dados do calendário até 2100. Dessa forma, podem ser lidos nos contadores do mostrador, na ponta dos ponteiros azulados termicamente, a data às 12 horas, o dia às 3 e o mês às 9.
Este dispositivo de alta precisão técnica leva em conta o dia que deve ser adicionado ao final do mês de fevereiro uma vez a cada 4 anos, e o indica em uma janela situada às 10 horas. Com o propósito de preservar durante o maior tempo possível a exatidão dos dados do calendário, este movimento bastante complicado oferece uma reserva de marcha de oito dias.
Este calibre de exceção soma cerca de 457 peças, todas acabadas à mão individualmente. São necessárias mais de 200 horas para executar o processo de esqueletização, que envolve peças delicadas e frágeis. O angulado requer a intervenção de artesãos especialistas, e as peças mais complexas exigem até 10 horas de trabalho por componente. A montagem e a regulação deste tipo de movimento necessitam mais de 200 horas de trabalho adicionais.
Uma peça excepcional que a Cartier tem o prazer de oferecer à nossa admiração sobre uma base de cristal de rocha e obsidiana. O jogo de contrastes de materias e cores, transparências e reflexos, resulta em uma criação de grande elegância e charme, uma fonte de prazer para seu dono e para os demais.
Brilhante demonstração do engenho humano, esta obra-prima da mecânica é uma notável expressão do nível de exigência da Cartier no campo da Alta Relojoaria. Oferecido em edição limitada e numerada de 10 peças em ouro branco e 5 peças em ouro branco engastado com diamantes baguete e brilhantes, esta combinação de complicações simboliza todo o espírito relojoeiro da Maison Cartier.
Características técnicas
Caixa
Em ouro branco 18 quilates com diâmetro de 59 mm, coroa perlada em ouro branco com um cabochão de safira, cristal e fundo em safira, estanque a 30 metros / 3 atm, flange em ouro com decoração "sunray". Corrente em ouro branco 18 quilates. Base em cristal de rocha e obsidiana.
Mostrador
Mostrador em ouro, contadores espiralados, ponteiros das horas e minutos em aço azulado estilo Breguet, ponteiros dos pequenos contadores na forma de martelo.
Mecanismo
Movimento mecânico de manufatura a corda manual, calibre 9436 MC, esqueleto com turbilhão, cronógrafo de botão único e calendário perpétuo. Diâmetro de encaixe de 15 linhas (33,8 mm), diâmetro total de 34,6 mm, espessura de 10,25 mm.
457 peças, 37 rubis, balanço com frequência de 21.600 alternâncias por hora, reserva de marcha de aproximadamente 8 dias, mecanismo numerado individualmente.
O Relógio de Bolso Grande Complicação Esqueleto terá suas primeiras unidades entregues a partir do mês do Abril, a um preço de 450.000 Euros.
Fine Watchmaking Club
A reunião do Cartier Fine Watchmaking Club, à qual esteve presente Relógios & Relógios, na pessoa de seu Editor, César Rovel, teve lugar no belo The Chatwal Hotel, em Nova Iorque, no dia 5 de Dezembro.
Na ocasião, Thierry Lamouroux, Diretor de Marketing da Cartier, e Carole Forestier-Kasapi, responsável pela criação dos mecanismos Cartier, nos brindaram com uma apresentação dos novos modelos da coleção de Alta Relojoaria da Maison.