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Christophe ClaretSoprano - um turbilhão musical

14 de março de 2013
Soprano - O turbilhão musical de Christophe Claret


Christophe Claret é um dos mais respeitados nomes da relojoaria atual, especialmente quando se trata de mecanismos altamente complicados. Sua grande especialidade é a repetição de minutos, uma complicação de grande beleza e dificílima execução. O novo modelo Soprano mais uma vez demonstra todo seu domínio da arte da "sonnerie".





A despeito de todo o reconhecimento pelo público e pela crítica, Christophe Claret continua sua busca pela excelência, tanto técnica como estética. Durante o SIAR 2012, na Cidade do México, ele apresentou o relógio Soprano, uma novidade que associa duas das mais belas complicações relojoeiras: um turbilhão de 60 segundos e uma repetição de minutos com carrilhão Westminster, dotado de 4 gongos e 4 martelos, utilizando pontes escalonadas inspiradas no estilo Carlos X. Este mecanismo excepcional é alojado no interior de uma caixa redonda que combina sutilmente metais preciosos e titânio. Neste modelo se unem tradição e modernidade, fieis às exigências da alta relojoaria desenvolvida pela manufatura.


A inspiração

Christophe Claret deve sua paixão pela relojoaria ao descobrimento dos relógios de bolso, os quais já reparava e restaurava antes de seu início na Escola de Relojoaria de Genebra. Com o passar do tempo, não deixou de colecionar estes maravilhosos mecanismos de outrora, centrando sua atenção nas repetições de minutos e em seu desenho tão particular. E se Christophe Claret é fascinado pela mecânica, também o é pela estética. Por esta razão se interessa pela época de Carlos X, o soberano que ocupou o trono da França durante apenas 6 anos, de 1824 a 1830. Um reinado curto, que não o impediu de exercer uma clara influência nas artes de sua época, entre elas a relojoaria.

"O que sempre me agradou no estilo Carlos X, de grande riqueza, foi o aspecto arquitetônico na construção dos movimentos. Já naquela época não se preocupava apenas com a perfeição técnica, mas também pela estética e o equilíbrio. Para mim ele é muito significativo. Para o relógio Soprano, que apresentamos agora, me inspirei em grande parte nas notáveis pontes escalonadas daquele período, reinterpretando-as com um toque contemporâneo", explica Christophe Claret. Um estilo que o relojoeiro já havia explorado em 1997, ano da criação, em novidade mundial, de um relógio turbilhão com platina e pontes de safira.


O movimento

Perfeição técnica e equilíbrio arquitetônico são também as exigências de Christophe Claret, refletidas claramente no movimento do Soprano. O relógio, de corda manual, obtém a energia de um tambor duplo que garante uma reserva de marcha de aproximadamente 72 horas e associa em uma magnífica perspectiva duas das mais belas complicações relojoeiras: o turbilhão e a repetição de minutos.

O turbilhão de 60 segundos (que dá uma volta por minuto) ocupa majestosamente a posição das 6 horas, suspenso por uma ponte escalonada e vazada no estilo Charles X. Trata-se de um clássico da Manufatura Claret, testado em laboratório há anos, cujo coração bate a uma frequência de 3 Hz (21.600 alternâncias/hora).

Quanto à repetição de minutos, trata-se de uma complicação que permite, no momento de sua ativação, "ler" a hora por meio de alavancas e cames e traduzi-la, em seguida, em sons, graças a martelos que golpeiam gongos de diferentes frequências. Ela pode ser considerada como a reprodução, na escala de um relógio de pulso, do dispositivo que aciona os sinos das igrejas. O movimento com repetição de minutos é considerado como uma das complicações mais exigentes da relojoaria, pois associa complexidade técnica e qualidade musical.

A repetição do Soprano é desenvolvida pela manufatura há mais de 10 anos, mas agora o conceito foi reinterpretado por completo. Ele resulta ainda mais complexo e responde ao desejo de Christophe Claret de sempre demonstrar inovação: "Na minha opinião, um novo relógio não tem interesse algum se não fizer avançar nossas pesquisas. Com o Soprano, buscamos obter a maior riqueza musical possível. Ele é capaz de fazer soar as 4 notas do famoso carrilhão", explica o mestre relojoeiro de Le Locle. Uma complicação adicional que supõe o montagem de 4 gongos catedral e 4 martelos, visíveis na parte frontal do relógio, dada a ausência do mostrador. A construção foi concebida deste modo para evitar qualquer obstáculo que pudesse interferir na difusão dos sons.

Dedicou-se dessa maneira um cuidado muito particular à qualidade sonora da peça, fruto dos 25 anos de experiência da manufatura neste âmbito. Para este modelo, assim como para as repetições de minutos anteriores, Christophe Claret pôs ênfase na fabricação dos gongos, de aço trefilado, na qualidade de sua montagem e afinação, no desenho da caixa, assim como na interconexão entre o movimento e a caixa.

"Com o objetivo de obter notas mais próximas de nosso universo sonoro, recorremos a um fabricante de pianos de Neuchâtel. Juntamente com ele trabalhamos em um software específico que permite determinar a frequência exata (5 hertz aproximadamente) de cada gongo no momento da afinação. Esta frequência é obtida limando-se a base do gongo ou ajustando seu comprimento", comenta Christophe Claret.

Os gongos do Soprano são do tipo catedral; circulares, dão duas vezes a volta no movimento. Eles se beneficiam de uma invenção, já patenteada pela manufatura, que evita vibrações demasiado prejudiciais e, portanto, ruídos parasitas.


A caixa e o flange

Com o objetivo de sempre fornecer ao Soprano um som grave e potente, o titânio foi o material escolhido para fabricar a lateral da caixa, de forma a permitir uma ressonância ideal. Outros elementos do relógio como, por exemplo, o aro, o fundo, as plaquetas das asas, a alavanca deslizante e a coroa, são feitos em ouro.

Apesar da dificuldade de fabricação e seu tamanho relativamente imponente (45 mm de diâmetro e 15,32 mm de espessura), a caixa do Soprano possui um estilo clássico. É redonda e segue o mesmo estilo dos modelos 21 Blackjack e Baccara. Sua grande abertura põe em destaque o movimento, que se encontra rodeado por um anel de safira fumê no qual estão impressos o nome Christophe Claret às 12 horas e o selo Swiss Made às 6 horas. Dada a ausência de mostrador, o flange de titânio antracito acolhe os índices e a logomarca na forma de brasão às 12 horas.

A transparência permite observar com profundidade o funcionamento de todos os órgãos vitais do relógio, como a reserva de marcha do tambor e o turbilhão, sem esquecer os martelos e os gongos e o regulador da repetição de minutos, visível às 9 horas graças a uma tampa de safira fumê. Entre os numerosos detalhes que contam e contribuem para conferir toda sua força à peça, pode-se apreciar a concordância cromática entre os ponteiros de safira, os parafusos, os rubis, o cabochão da coroa e os pespontos da pulseira de couro de aligátor.

O fundo do relógio, totalmente vazado, deixa campo livre ao balé das molas e trens de rodas, realçados por um anel gravado em forma de pentagrama musical, sobre o qual flutuam algumas notas. Deste modo, a mecânica relojoeira mais complexa se transforma em uma sinfonia poética em constante renovação.


Acabamento

A Manufatura Claret está entre as poucas marcas de alta relojoaria capazes de desenhar, desenvolver e produzir um relógio desde o primeiro até o último componente. Para tanto, dispõe de um parque de máquinas de tecnologia de ponta e, sobretudo, de uma equipe extremamente qualificada.

Mas a relojoaria não seria nada sem o trabalho do artesão. Em Le Locle, o savoir-faire faz a diferença. A mão do homem sempre intervém, por exemplo, nas minuciosas operações de acabamento. É tarefa do artesão chanfrar o metal com perfeição e suavizar as arestas vivas para a obtenção de sutis brilhos que jogam com a luz e os reflexos no interior do movimento. E, finalmente, antes que o relógio deixe definitivamente as oficinas para acabar no pulso de seu proprietário, ele é examinado, escutado e validado por Christophe Claret em pessoa.

Como no caso dos seus modelos anteriores, o Soprano deslumbra pela beleza estética e pela demonstração de completo domínio da construção das mais cobiçadas complicações relojoeiras por parte da manufatura Christophe Claret. Obra-prima para poucos privilegiados, o modelo será produzido em séries limitadas de 8 peças em ouro rosa e 8 peças em ouro branco.

O preço de venda ao público é a partir de 468.000 Francos Suíços, sem incluir os impostos.


Christophe Claret Soprano - Características técnicas


Movimento

Calibre TRD98, mecânico de corda manual

Dimensões: diâmetro de 27,60 mm, altura de 8,45 mm
450 componentes, 39 rubis. Reserva de marcha: 72 horas

Turbilhão
Escape de âncora Suíço, frequência de 3 Hz (21.600 aph)
Frequência de rotação do turbilhão: 1 rpm

Funções
Indicação das horas e minutos mediante ponteiros de safira
Repetição das horas, minutos e quartos quando solicitado
Gongos catedral
4 martelos visíveis que fazem soar juntos o carrilhão Westminster para marcar os quartos
Alavanca deslizante para acionar a função da repetição de minutos
Coroa de 2 posições. Puxada, ajuste da hora; pressionada, corda do movimento
Regulador da repetição de minutos visível através de um cristal de safira fumê

Estética
Pontes escalonadas e esqueletizadas no estilo Carlos X, tambor e "rochê" esqueletizados
Mostrador de safira fumê que permite observar os gongos

Caixa

Diâmetro de 45 mm, altura de 15,32 mm, estanque a 30 m (3 atm)

Modelo de ouro rosa/titânio

Ouro rosa 5N e titânio com PVD cinza antracito
Ponteiros de espinela preta e PVD cinza antracito
Índices das horas e dos minutos polidos
Coroa de ouro rosa 5N e titânio com PVD cinza antracito grau 5
Pulseira de ouro de aligátor preto e costura preta, fecho de ouro rosa e titânio

Modelo de ouro branco/titânio

Ouro branco e titânio com PVD cinza antracito
Ponteiros de rubi vermelho ou espinela azul e PVD preto
Índices das horas e dos minutos polidos
Coroa de ouro branco e titânio com PVD cinza antracito grau 5
Pulseira de couro de aligátor preto e costura vermelha ou azul, fecho de ouro branco e titânio



Artigo originalmente publicado na Revista Pulso ed. 84, Jan/Fev 2013
 

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