Mestres RelojoeirosOs Grandes Gênios da Relojoaria
Ferdinand Berthoud (1727 - 1807)
Durante o século 17 e início do século 18, as grandes potências mundiais que conquistavam e exploravam o mundo por via de grandes expedições marítimas e terrestres, travavam uma batalha por uma supremacia comercial e política, não apenas em terra, mas principalmente no mar. À medida que a necessidade de controlar as rotas marítimas se impunha como uma necessidade estratégica de ordem militar e comercial, tornou-se essencial a obtenção de conhecimentos sobre um método para achar a longitude no mar, assim como as posições exatas dos navios de forma a se manterem dominantes na corrida que as nações disputavam entre si.
Diversos governos ofereceram incentivos monetários de maneira a encorajar o desenvolvimento de um método preciso e confiável de calcular a longitude no mar, entre eles os da Espanha, a França e posteriormente o da Inglaterra.
Na França, dois relojoeiros disputavam entre si a construção dos melhores cronômetros marítimos capazes de medir o tempo no mar de uma forma precisa, naquilo que era um ambiente adverso a qualquer relógio da época.
Filho de um arquiteto, Ferdinand Berthoud nasceu em Plancemont, na Suíça, em 1727. Em 1741 inicia uma aprendizagem de três anos como relojoeiro junto do seu irmão, Jean-Henri. Muda-se posteriormente para Paris, onde se crê que estuda a arte sob a proteção do grande Julien Le Roy.
Em 1752, Berthoud é convidado a apresentar à Academia das Ciências de Paris um relógio que tinha construído e que possuía um calendário perpétuo, além de indicar o tempo médio e o tempo solar. A apresentação foi um enorme sucesso. Berthoud constrói o seu primeiro cronômetro marítimo em 1754, o qual foi submetido aos primeiros ensaios no mar em 1761. Em 1764 foi nomeado ?Horloger Mécanicien de sa Majesté? et de la Marine ayant l'inspection de la construction des horloges Marines?.
Berthoud sempre nutriu uma grande preferência pela investigação da ciência da construção de cronômetros marítimos, à ?normal? construção de relógios convencionais de bolso, mesa ou coluna. Nesta área era considerado um dos melhores do seu tempo. Os seus relógios eram extraordinariamente precisos para a época, mas igualmente delicados e frágeis, o que dificultava o seu transporte e manuseio. A evolução e o desenvolvimento da sua obra passaram posteriormente pelo seu sobrinho, Louis Berthoud, que construiu o seu próprio lugar na história da relojoaria mundial, graças às idéias do seu tio, que lhe serviram de plataforma para as suas próprias criações.
Com o cronômetro marítimo ganhando o lugar de instrumento mais preciso para o cálculo da distância entre dois locais distintos, o trabalho de Ferdinand Berthoud ganhou relevância, sendo atualmente considerado como um dos pais da cronometria moderna. Os seus relógios eram construídos de forma a que pudessem funcionar sem problemas quando sujeitos a diversos movimentos ou em qualquer posição, inclusivamente totalmente invertidos. Berthoud não foi apenas o criador de numerosas peças complexas e de qualidade superior, mas foi também um escritor profícuo, tendo publicado mais de 4000 páginas sobre a temática e a ciência da relojoaria. Foi um grande inovador entre cujas invenções mais notáveis se incluem o balanço de compensação bimetálico e um escape de ?detent?. Os seus relógios foram descritos de forma merecida como sendo dos mais avançados do seu tempo, e fazem atualmente parte da história da relojoaria.
Diversos governos ofereceram incentivos monetários de maneira a encorajar o desenvolvimento de um método preciso e confiável de calcular a longitude no mar, entre eles os da Espanha, a França e posteriormente o da Inglaterra.
Na França, dois relojoeiros disputavam entre si a construção dos melhores cronômetros marítimos capazes de medir o tempo no mar de uma forma precisa, naquilo que era um ambiente adverso a qualquer relógio da época.
Filho de um arquiteto, Ferdinand Berthoud nasceu em Plancemont, na Suíça, em 1727. Em 1741 inicia uma aprendizagem de três anos como relojoeiro junto do seu irmão, Jean-Henri. Muda-se posteriormente para Paris, onde se crê que estuda a arte sob a proteção do grande Julien Le Roy.
Em 1752, Berthoud é convidado a apresentar à Academia das Ciências de Paris um relógio que tinha construído e que possuía um calendário perpétuo, além de indicar o tempo médio e o tempo solar. A apresentação foi um enorme sucesso. Berthoud constrói o seu primeiro cronômetro marítimo em 1754, o qual foi submetido aos primeiros ensaios no mar em 1761. Em 1764 foi nomeado ?Horloger Mécanicien de sa Majesté? et de la Marine ayant l'inspection de la construction des horloges Marines?.
Berthoud sempre nutriu uma grande preferência pela investigação da ciência da construção de cronômetros marítimos, à ?normal? construção de relógios convencionais de bolso, mesa ou coluna. Nesta área era considerado um dos melhores do seu tempo. Os seus relógios eram extraordinariamente precisos para a época, mas igualmente delicados e frágeis, o que dificultava o seu transporte e manuseio. A evolução e o desenvolvimento da sua obra passaram posteriormente pelo seu sobrinho, Louis Berthoud, que construiu o seu próprio lugar na história da relojoaria mundial, graças às idéias do seu tio, que lhe serviram de plataforma para as suas próprias criações.
Com o cronômetro marítimo ganhando o lugar de instrumento mais preciso para o cálculo da distância entre dois locais distintos, o trabalho de Ferdinand Berthoud ganhou relevância, sendo atualmente considerado como um dos pais da cronometria moderna. Os seus relógios eram construídos de forma a que pudessem funcionar sem problemas quando sujeitos a diversos movimentos ou em qualquer posição, inclusivamente totalmente invertidos. Berthoud não foi apenas o criador de numerosas peças complexas e de qualidade superior, mas foi também um escritor profícuo, tendo publicado mais de 4000 páginas sobre a temática e a ciência da relojoaria. Foi um grande inovador entre cujas invenções mais notáveis se incluem o balanço de compensação bimetálico e um escape de ?detent?. Os seus relógios foram descritos de forma merecida como sendo dos mais avançados do seu tempo, e fazem atualmente parte da história da relojoaria.
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