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Tópico: Jaeger-LeCoultre - Vencedora do Concurso Internacional de Cronometria
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08/12/09 - 16:09
  Quote  #1
Mensagem por Torres
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Jaeger-LeCoultre Master Tourbillon - calibre 978
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Jaeger-LeCoultre Reverso Gyrotourbillon - calibre 174
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Calibre Papillon de Rene Addor

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Vence Concurso Internacional de Cronometria

quinta-feira, 3 de Dezembro de 2009

A Jaeger-LeCoultre sagrou-se ontem como a grande vencedora do Concurso Internacional de Cronometria organizada pela SSC -Société Suisse de Chronométrie, com seu modelo Master Tourbillon (calibre 978, 30 mm de diâmetro, 28.000 alternâncias por hora), posicionando-se em primeiro lugar, com 909 pontos. O segundo lugar foi também para a Jaeger-LeCoultre com o seu Reverso Gyrotourbillon (calibre 174).


Depois de uma longa espera, desde o anúncio do Concurso Internacional de Cronometria, em Setembro de 2008 (o primeiro em mais de 30 anos) pela SSC-Sociedade Suíça de Cronometria em La Chaux-de-Fonds, foi finalmente a Jaeger LeCoultre a sagrar-se vencedora deste prémio de precisão da relojoaria, entre 13 candidatos, que apresentaram 16 modelos diferentes.

Após o advento do quartzo, o famoso concurso de Cronometria, que teve o mérito de destacar o ofício de regulador, não tinha tido qualquer continuidade. O promissor ressurgimento deste concurso, numa altura em que a precisão efectiva dos relógios é um tema cada vez mais importante, e apesar da presença de poucos candidatos, decorreu sob os auspícios do Museu d'Horlogerie du Locle (Château des Monts) como parte das comemorações do seu 50º aniversário.

O júri, presidido pelo Dr. Michel Mayor, astrofísico do Observatório de Genebra, reuniu-se a 16 de Outubro de 2009. Entre os seus membros, Laurent-Guy Bernier, do METAS - Serviço Federal de Metrologia, Jonathan Betts do National Maritime Museum, em Greenwich, Ramunni Girolamo, Professor de História da Ciência e Tecnologia do Centro Nacional para as Artes e Ofícios de Paris, Philippe Bloechlinger, Director Geral da Witschi Electronic AG Büren e Aare Raymond Besson, professor na Universidade de Besançon, um especialista em relógios atómicos e, finalmente, Anne-Marie Jacot-Oesch, advogada em Le Locle. Foi esta última a responsável por acompanhar as peças durante as suas viagens de um Instituto para o outro, de maneira a garantir que todas as condições de privacidade e vigilância fossem cumpridas.

Para os participantes independentes, o prémio foi atribuído a Rene Addor com o seu Calibre Papillon, com reserva de marcha para 11 dias, 28.000 alternâncias por hora, e um tamanho razoável de 37,20 milímetros de diâmetro; 795 pontos, um grande feito!
&
 
08/12/09 - 15:12
  Quote  #2
Mensagem por Torres
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Decidi lançar esta noticia no Forum, porque gostaria de saber da parte de todos como encaram actualmente o aspecto da precisão num relógio mecânico. Qual a vossa opinião?

Carlos Torres
 
11/12/09 - 08:50
  Quote  #3
Mensagem por Duarte
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Olá Carlos,

a gente aqui na Suíça seguimos naturalemente o Concurso com muita atenção.
Muita gente acha pena de não terem comunicado a classificação géral do concurso.

Vê-se sobre muitos sites que o primeiro e o segundo lugar foi ganho pela Jaeger mas no comunicado oficial nada esta indicado quém ficou em segundo lugar.

Não sei se viste a tabela com os résultados de todas as peças mas é muito interessante os resultados do terceiro classificado que não ficou muito longe dos dois primeiros.

Para mim a peça que ficou em terceiro lugar é quase melhor que as duas primeiras porque quando se vê as variações entre os diferentes resultados dos três tests é a peça mais estavél.

Gostaria de saber a opinião de cada um!

Um abraço

Duarte
 
11/12/09 - 10:27
  Quote  #4
Mensagem por Torres
Local: Lisboa
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Olá Duarte, curiosamente não tive ainda acesso á tabela de resultados completa. Sabes onde posso aceder-lhe?

Um Abraço,

Carlos Torres
 
11/12/09 - 10:46
  Quote  #5
Mensagem por Duarte
Local: Genebra
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Olá Carlos,
vou te enviar o comunicado para o teu mail pessoal.

Um Abraço

João Paulo

 
11/12/09 - 20:50
  Quote  #6
Mensagem por JMata
Local: Lisboa
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Pergunta o Carlos Torres como encaramos a precisão num relógio mecânico.
Ao optar por um relógio mecânico estou a optar por um objecto que, em termos mecânicos, é uma verdadeira obra de arte miniaturizada. É mesmo, muitas vezes, uma peça de artesanato em oposição aos relógios de quartzo que podem ser encarados como resultado de uma produção industrial em massa.
No entanto, para mim, e porque estamos a falar de instrumentos de medição (do tempo) a precisão é uma factor fundamental pelo que saúdo o renascer dos concursos de cronometria, como forma de fomentar o incremento da precisão.
Há cerca de dois anos cansei-me dos relógios de quartzo e resolvi adquirir um mecânico. A dada altura, dentro do limite de preço que coloquei e do meu gosto pessoal, tinha duas alternativas sendo que, a menos bonita, correspondia a um relógio certificado como "Cronómetro" pelo COSC. Não hesitei e foi esse que escolhi. Para mim a precisão é factor determinante.
Falando de "cronómetros". O COSC atribui tal designação a relógios que ao longo de um conjunto longo de provas apresentem uma variação diária entre -4 e + 6 segundos, limites estes estabelecidos há algumas décadas. Penso que com o avanço da técnica tais limites deveriam ser mais restritivos. Tal tornaria a designação "Cronómetro" ainda mais apelativa.
Quanto ao Concurso de Cronometria... ficou demonstrada a superioridade dos Turbilhões. Mas se nos lembrar-mos que um Turbilhão custa cerca de 10 vezes mais que qualquer outro relógio da mesma marca, não seria mais justo o concurso ser separado em duas classes (Turbilhão e não Turbilhão)?

João Mata

 
14/12/09 - 12:12
  Quote  #7
Mensagem por Torres
Local: Lisboa
Cadastro: 05/09/06
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O facto de no concurso de cronometria ter ganho um turbilhão, é sem dúvida um ponto positivo para este género de complicação cuja relevancia práctica tem estado nos últimos anos a ser questionada. No entanto penso que o mérito será mais dos relojoeiros que regularam as peças, num trabalho que determina uma atenção individual a que as peças de produção corrente não estão sujeitas. Estranhei o facto de o modelo "Observatoire" do Kari Voutilainen não se ter destacado. Afinal o modelo inclui um calibre antigo de observatório. Mesmo a participação de F.P.Journe não brilhou. Seja como for, o facto é que em circunstâncias alegadamente similares, o turbilhão da Jaeger se destacou dos restantes, mesmo que tenha sido por muito pouco. O próprio João Paulo, que me enviou mais alguns detalhes sobre os resultados deste concurso, opinou mesmo que considera os resultados do terceiro classificado mais positivos, por aspectos que talvez ele queira aqui expôr. Quanto á actual relevância do COSC, sem dúvida que carece de uma actualização. Bastará basearmo-nos nos critérios de precisão defenidos pelo novo selo de qualidade da Patek Philiippe (PP) para depararmos com valores bastante mais baixo e precisos do que os determinados actualmente pelo COSC. Separar as categorias seria como criar modalidades do género feminino - masculino, como no desporto. Certamente a partir de determinada altura passaria a ser necessário a criação de categorias adicionais. Nestes concursos, como noutros no passado como Kiew ou Neuchatel, devem concorrer todos, e dúvido, se tudo correr bem, que mais cedo ou mais tarde não venham a surgir modelos vencedores com orgãos reguladores ditos convencionais!

Um Abraço

Carlos Torres
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