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FórumRelógios & Relógios

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Tópico: Revisões
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24/04/06 - 13:05
  Quote  #1
Mensagem por Daniel
Local: Curitiba
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queria colocar aqui no fórum um assunto, que com certeza, daria um livro para escrver. Revisões em relógios mecanicos !! em manuais de fábrica sempre a recomendação é a mais severa possível (3 em 3 anos e já li de até de 2 em 2 anos), para se fazer manutenção (limpeza e lubrificação). bem, agora vejamos o seguinte, eu tenho um Seiko calibre 6119 comprado e fabricado no exato ano de 1.970, meu avo o comprou e veio a falecer em 1.987, portanto 17 anos sem revisão alguma. Só ocoreu a revisão em 1.989, porque o acrílico rachou. e Desde então até hoje em 36 anos este relógio só foi revisado 1 vez e o funcionamento é perfeito!!! claro que o calibre ajuda muito, é um clássico da Seiko !! então chego a uma conclusão de que a revisão só é necessária, quando o relógio apresentar problema ? será que este pensamento é correto ?? tenho outro modelo da Bucherer calibre ETA 2783, que também já faz 5 anos e continua perfeito. qual a opinião dos colegas ??
 
24/04/06 - 14:47
  Quote  #2
Mensagem por Alberto Ferreira
Local: São Paulo
Cadastro: 23/01/06
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Salve!

Pois é, Daniel.
O que você ilustrou, no caso do Seiko, é algo bastante comum.

Mas isso não quer dizer que as recomendações dos fabricantes no sentido de efetuarmos revisões mais freqüentes estejam erradas ou mesmo que elas sejam totalmente exageradas.

Falando de forma bem genérica, eu diria que basicamente temos dois tipos de manutenção a ser eventualmente feita em qualquer tipo de máquina, desde um relógio de pulso até um "ônibus espacial".
As chamadas manutenções preventivas e as corretivas.

As primeiras visam que (teoricamente) não tenhamos que fazer as segundas, que podem ser muito mais caras, inviáveis ou até de conseqüências catastróficas.
A troca das tais pastilhas do isolamento térmico do ônibus espacial é um bom exemplo.

Sem essa "dramaticidade" toda, e guardadas as devidas proporções, o mesmo ocorre com o movimento de um relógio.

Se deixarmos passar ou negligenciarmos o período adequado de revisão, para limpeza (remoção do lubrificante velho e dos resíduos provenientes dos desgastes naturais) e reajuste do movimento, poderemos estar iniciando um processo irreversível de destruição que para ser reparado teria que envolver a substituição de algumas peças, por vezes caras ou até mesmo difíceis de encontrar ou não mais fabricadas.

No caso de um movimento "robusto", barato e super popular como, por exemplo, um Seiko 6119, tudo bem...
Mas fazer isso com (exagerando, é claro!) um Patek, nem pensar! Não é mesmo?

A questão nem seria tanto se o Patek "agüentaria" o mau trato ou não (é até possível que sim), mas pura e simplesmente que os custos que poderiam ser posteriormente envolvidos provavelmente seriam fora de cogitações. Ou seja, ninguém, em sã consciência, arriscaria.

Nos relógios regularmente usados[/] eu, pessoalmente, prefiro manter as revisões em intervalos de 3 a 5 anos. Mas isso vai depender do tipo de vedação da caixa e do padrão de uso.
Naqueles "de coleção" (de uso esporádico) eu até me permitiria intervalos um pouco maiores.

Mas, isso é um critério meramente pessoal e conservador.
E cada cabeça, bem que poderá ter uma outra "sentença".

Abraços,
 
24/04/06 - 14:55
  Quote  #3
Mensagem por Alberto Ferreira
Local: São Paulo
Cadastro: 23/01/06
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Corrigindo os últimos parágrafos.

Nos relógios regularmente usados eu, particularmente, prefiro manter as revisões em intervalos de 3 a 5 anos. Mas isso vai depender do tipo de vedação da caixa e do padrão de uso.

Naqueles "de coleção" (de uso esporádico) eu até me permitiria intervalos um pouco maiores.

Mas, estes são critérios meramente pessoais e conservadores.
E cada cabeça, bem que poderá ter uma outra "sentença".

Abraços,
 
24/04/06 - 19:35
  Quote  #4
Mensagem por sat
Local: Campo Grande
Cadastro: 24/01/06
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Esta é uma dúvida que eu sempre tive.
Quando eu tinha apenas um relógio mecânico, no caso, meu omega martelo, calibre 355, tudo bem.
Mas depois eu comprei o Lemania 1341.
Agora, nas duas últimas semanas, comprei mais quatro relógios: dois Seikos, um 6119 e um 6106, este último ainda na revisão, um Leroy, máquina FHF76, a corda manual e tinha comprado um Technos, ETA 2472, que acabei trocando por um Tissot, 27-b1, a corda manual, que aliás, precisa de uma revisão, sem troca de peças, o que farei mais adiante.
Procuro manter funcionando os manuais, e alterno os relógios, como todos os que colecionam, mas agora que possuo seis mecânicos, qual o intervalo correto para revisões?

Abraços,

SANDRO
 
25/04/06 - 08:05
  Quote  #5
Mensagem por Daniel
Local: Curitiba
Cadastro: 17/04/06
Posts: 74
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Caro Sandro a resposta do nosso colega Alberto ilustra bem esta sua dúvida, vai da consciência de cada um, no meu modo de entender acredito que devemos respeitar o tempo de intervalo que as fábricas sempre disseram sobre revisões, mas como nosso colega ilustrou vai da cabeça de cada um, e concordo com ele que é preferível gastar com uma revisão periodica do que depois ter que trocar peças, ainda mais no seu caso, com relógios antigos. Posso te dizer de "carteirinha" que a dificuldade para se encontrar peças para estes relógios é um pouco grande, não valendo o risco, e pense bem a cada dia que passa peças se tornam mais difíçeis. Portanto acredito que vamos seguir o conselho do nosso colega !!!
 
25/04/06 - 09:15
  Quote  #6
Mensagem por Alberto Ferreira
Local: São Paulo
Cadastro: 23/01/06
Posts: 100
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Salve amigos!

Eu gostaria de aproveitar a oportunidade para me estender um pouquinho em mais uma outra consideração que julgo importante.

Trata-se da questão dos cuidados com chamados "vintages" ou, em outras palavras, daqueles relógios antigos e/ou de coleção.
Muitos, como eu, os usam normalmente. Com uma certa "parcimônia" e cuidados, é bem verdade, mas uso!

Além dos aspectos já ressaltados, ou seja, a dificuldade de encontrar peças, etc...
Considerem o seguinte.

Pelos anos de uso, pelas naturais e sucessivas aberturas e fechamentos da caixa, pelas pequenas corrosões e desgastes nas bordas da tampa/caixa, pelos eventuais novos banhos que a caixa tenha recebido, pela falta do(s) retentor(es) original(is), etc..., é de se esperar que a vedação não seja mais a mesma de quando o relógio era novo, certo?

Portanto, além daqueles "cuidados básicos":
- Não usá-los nos dias muito úmidos (chuvosos).
- Evitar o uso em dias muito quentes (suor).
- Mantê-los longe de ambientes "agressivos" (poeira, gases, vapores), etc...

Nós deveríamos também considerar um encurtamento do prazo estipulado para a revisão preventiva.
Naquela faixa que eu citei, eu ficaria (no máximo) no limite inferior dos 3 anos.
Mas, repito, tudo vai depender de como, e com que constância o relógio é usado.

A questão da vedação é crucial.
Num relógio de mergulho, se usado como tal, ela é óbvia e deve ser verificada com a máxima freqüência. Os profissionais sabem disso.
E se ela falhar, revisão imediata! Não dá para esperar!

Mas, mesmo num relógio "comum", ela também é muito importante.
Numa caixa mal (ou apenas parcialmente) vedada, as naturais variações de temperatura, simplesmente permitem que uma certa quantidade de ar possa entrar e sair da caixa.
O resultado disso seria um ressecamento mais acelerado dos lubrificantes e até, eventualmente a penetração de partículas estranhas (pó).
Daí, o problema ser maior nos "vintage".

Abraços,

Alberto
 
25/04/06 - 09:19
  Quote  #7
Mensagem por JHENRIQUE
Local: São Paulo
Cadastro: 12/04/06
Posts: 34
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Caro Alberto,

Concordo plenamente com seus argumentos, podemos até fazer um paralelo com os automóveis, salvadas algumas considerações.

Tanto na indústria relojoeira como automobilística, nos deparamos com nichos de mercado. Por exemplo: a Volkswagen, Fiat, GM e outros são voltadas para a fabricação de veículos "populares" com um custo benefício apropriado para boa parcela da população. Já a Jaguar, Ferrari, Aston Martin dedicam-se a fabricação de veículos especiais, com um esmero que beira quase a perfeição, entretanto não é por isso que seu proprietária deixa de fazer as revisões periódicas.

Não estou com isso desmerecendo qualquer marca de relógio, mesmo porque pelo relato do Daniel sobre seu Seiko, constatamos tratar-se de um excelente relógio, mas se tivesse sido encaminhado à manutenção preventiva, será que não apresentaria uma performance ainda maior?

A questão é polemica, pois há alguns dias atrás eu adquiri um Amsterdam Sauer Atol e o próprio vendedor disse-me: que não era necessário realizar a manutenção, desde que o relogio estivesse funcionado corretamente. Na hora não quis discutir, mas achei essa afirmação no mínimo "ousada" para não dizer irresponsável.

Voltando à comparação com os automóveis, talvez o que nos incomode, pelo menos para mim é uma preocupação, é o fato de levarmos nossos carros às concessionárias para revisões peródicas e acabamos descobrindo problemas que não existiam antes.

Eu acredito que passa a ser muito importante, a confiança que a assitência técnica da marca do relógio ou relógios que possuímos nos transmite na realização dos serviços de manutenção.

Minha proposta é a de divulgar as marcas que possuem as melhores assitências técnicas no país, como também, os relojoeiros independentes e competentes que atuam no país.

Abraços,

Henrique
São Paulo
 
25/04/06 - 11:16
  Quote  #8
Mensagem por Alberto Ferreira
Local: São Paulo
Cadastro: 23/01/06
Posts: 100
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Salve!

Tem razão, Henrique.
E no que tange à lubrificação, o exemplo dos automóveis também é "emblemático".
Eu sou engenheiro mecânico, com formação em automóveis e, portanto, falo aqui como um técnico.

Abram, por favor, parêntesis.

Vejam,

Existem os óleos automotivos básicos (de base mineral e com o mínimo imprescindível de aditivos (são os antioxidantes, antiespumantes, estabilizantes, etc...) e os mais "sofisticados" (como, por exemplo, os de base sintética, com uma carga muito maior de aditivos, etc...).

E o que fazem os fabricantes? O que eles recomendam em seus "manuais do proprietário"?
Em geral eles recomendam um óleo pelas suas características básicas, ou seja, pelas faixas de viscosidade, de temperaturas, pelo o padrão de uso, etc...

E o intervalo entre as trocas?
Geralmente as recomendações são "conservadoras" e tendem a indicar intervalos mais "curtos".

Mas, por que?
Uma coisa que por vezes escapa a um leigo é o fato de que um dos motivos, talvez o principal, de uma troca de óleo é pura e simplesmente a remoção do óleo velho e (muito importante!) junto com ele, também os resíduos provenientes da queima do combustível, dos desgastes das peças, etc, etc...

Assim, aquela célebre conta que muitas vezes um proprietário faz, calculando o "custo x benefício" de, por exemplo, usar um óleo sintético muito mais caro e "indicado" para 10 ou 15 mil km ou um mineral, para 3 ou 5 mil, deve ser feita com muita ponderação e critério.

Eu não estou criticando os óleos sintéticos. Longe disso! Eles são fantásticos, resultado de muita pesquisa, etc... São imbatíveis em muitos quesitos, dentre eles a estabilidade.
Mas, além do óleo ser estável e manter ao longo da sua vida útil a suas capacidades de lubrificação e dissipação de calor, não podemos esquecer de que ele também é um "veículo" de circulação dos tais resíduos de que falei.

Fechemos os parêntesis.

Nos relógios, grosso modo, acontece o mesmo.
E um lubrificante oxidado e contaminado, pode com o tempo virar uma verdadeira "pasta de esmeril".
E acabar fazendo exatamente o contrário do que devia.

Pensem nisso!

Abraços,
 
25/04/06 - 12:45
  Quote  #9
Mensagem por Daniel
Local: Curitiba
Cadastro: 17/04/06
Posts: 74
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Revisão de relógios, para finalizar podemos usar o seguinte slogan :

" a cada 3 anos, pague e não se incomde !!"
 
26/04/06 - 02:19
  Quote  #10
Mensagem por Alberto Ferreira
Local: São Paulo
Cadastro: 23/01/06
Posts: 100
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Ou,...

Não faça da falta de revisão uma arma. A vítima poderá ser você! rs,rs,rs

Alberto
 
29/06/10 - 10:56
  Quote  #11
Mensagem por Tom
Local: São Paulo
Cadastro: 22/03/10
Posts: 23
Usuário nível:



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Amigos, uma pergunta que creio que seja pertinente. Se faz necessário e recomendável que se mande diretamente o relógio à assistência técnica autorizada de cada marca, ou há lugares confiáveis e mais em conta? Tenho um speedmaster que já tem seus 15 anos e nunca fora feita qualquer revisão. Apesar de usá-lo bem esporádicamente, 4 ou 5 vezes ao ano, creio estar na hora! Abraço a todos!
 
29/06/10 - 20:43
  Quote  #12
Mensagem por dudu oliveira
Local: guarulhos
Cadastro: 15/05/10
Posts: 39
Usuário nível:



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Amigos a minha opiniao se a caixa tiver uma vedaçao boa se na revisao foi usado oleo e graxa de boa qualidade ( suiço ) e 3 a5 anos para fazer outra revisao se o oleo perder as propriedades de lubrificar vai ocorrer um disgaste ,o relogio nao vai trabalhar com boa precisao .
 
28/08/10 - 20:31
  Quote  #13
Mensagem por Pandolfi
Local: Interior - SP
Cadastro: 28/08/08
Posts: 174
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Ola amigos, revisão de relógio é igual a revisão de carro, alguém faz a revisão de 50.000 km na concessionária? Eu não.
Então cada um tem a sua concepção, mas eu acho que não é necessária a revisão de 3 em 3 anos depois da garantia se o relógio está bem.
Aliá, estão na revisão esses Seikos, junto de outros 12:

Abração.
Pandolfi
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