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FórumRelógios & Relógios

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Tópico: Os relógios novos valem o que os construtores pedem?
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01/06/11 - 17:21
  Quote  #41
Mensagem por Silva Mendes
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Adorei o Filme, muito obrigado sr. Carlos Pereira.

Caro sr. Torres, espero que sim, que eu vá mudando de opinião ao longo do tempo.

No entanto, eu referi que com isto não quero dizer que os movimentos feitos em série não sejam bons, e como disse muitos andam cá á muitos anos, o que faz com que a máquina esteja muito bem testada e além do mais, existem mais pessoas com formação para as arranjar, o que também dá jeito a quem as compra, pois a assistência poderá ser mais breve, do que um movimento que só na casa é que possa ser arranjado. Eu também sei ver os benefícios dos movimentos em série.

Mas eu penso um pouco como no filme, um relógio tem alma, história, se for feito na casa, se a máquina já vem de uma fábrica externa, feita em série, pode deitar muito a baixo a parte da alma e história. Com isto não quero dizer que um mecanismo feito em série com máquinas, sem ser à mão como vimos no filme, não tenha também a sua alma, pois afinal de contas, cresceu "em casa".

Depois como é óbvio e incontornável, temos os materiais usados, se for em ouro, é óbvio que será mais caro do que aço, se for um vidro especial, também terá o seu preço.

Mas sinceramente, por vezes vejo relógios com máquinas de série, em aço e com preços que eu acho que só o valor da marca os podem explicar, e não o produto em si.

Mas como em todas as indútrias isto acontece, não é exclusivo dos relógios...
 
01/06/11 - 19:58
  Quote  #42
Mensagem por pereirabraga
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Não confunda o "em série" com o "artesanal usando ferramentas". Em série é como no vídeo "as pessoas querem mais quantidade e mais rápido" (more and faster), ou seja, apenas em pequenas partes do processo envolve o toque humano. Ao contrário deste artesanal que o tempo envolvido não interessa desde que o produto final fique perfeito. Não vamos chegar ao ponto de esculpir uma caixa a partir de um bloco sólido de ouro ou aço. Neste processo que se diz "artesanal" a peça mal sai das mãos do mestre... Envolve muito mais sentimentalismo e união que as máquinas em série produzidas em larga escala...
Ai sonho... Bem dizia o Torres...

Melhores cumprimentos

Domingos Pereira
 
01/06/11 - 20:00
  Quote  #43
Mensagem por pereirabraga
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(ah, não é Carlos Pereira, é Domingos Pereira) confusão com Carlos Torres, suspeito
 
02/06/11 - 12:48
  Quote  #44
Mensagem por Silva Mendes
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Peço desculpas...
 
02/06/11 - 20:58
  Quote  #45
Mensagem por carper
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Devo confessar que o Vosso debate é de altíssimo nível,e constitui uma mais valia para este foro.Quase todas as marcas reputadas,ao apresentarem novos modelos,têm uma versão em aço (mais económica
e outra(s) em ouro.As enormes diferenças em preço,referem-se ao valor do ouro,visto que,em geral a máquina é a mesma.Em períodos de
instabilidade,como o que infelizmente vivemos,o bom negócio será mesmo o ouro.que,sendo mais caro,se valoriza significativamente.
Além disso há marcas,com modelos de pequena produção,que podem caír no goto do público,e dar lucros elevados.Mas esses por norma
só se adquirem a particulares,e tão depressa aparecem como desapa-
recem.
Cumprimentos a todos,c.
 
03/06/11 - 22:36
  Quote  #46
Mensagem por helio
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Eu vivo num mercado diferente, mas vou colocar meu penssamento simplista:

Os suissos andam exagerando em suas ediçoes especiais, tem fabricante que lança o mesmo relógio maqueado todo ano com o titulo de série especial, tem muito relógio Vintage que teve produção mais restrita que muito comemorativo comtemporaneo, as vezes mudando apenas um detalhe na tampa traseira. Muitas marcas andam a valorar em excesso seus produtos, vendendo coisas chulas como se raras fossem; mas tomando emprestado o penssamento do Douglas Gravina (um dos maiores colecionadores que temos por aqui): Vale o que pagam, dai somos também responssaveis por estes abusos. O ouro suisso é com certeza o mais caro do mundo, quantas gramas tem uma caixa de relógio? 15g !? (tem caixa com menos de 6g, justifica a diferença em seu preço inicial); tem muita coisa realmente bacana feita em aço, aqui no Brasil um Rolex misto não vale muito mais que um em aço no mecado de semi-novos, as vezes vale o mesmo. A variação para baixo citada por um colega neste tópico no mercado de alto luxo foi mais fruto da ultima crise americana (que inflou muitos relógios de maneira inssana) que da razão, não sei se quando os norte americanos se recuperarem estas distorçoes não aparecerão novamente.

Por fim acredito que não são séries especiais que agregam valor a um determinado bem, mas o momento histórico ou o T que desperta. Acredito ser interessante o 145.022 com back escrito que foi lançado imediatamente após a alunisagem (foram apenas 6 meses antes de adotar aquele back padrão utilizado até hoje; se bem que o que conhecemos por Moon nunca alunizou, no maximo participou de missões orbitais), o FlightMaster 911 que tem o apelo de ter participado da Apolo-Soyos (pelo apelo politico&historico vignte na época a guerra fria, se bem que o 910 se bem conservado é mais raro e bonito que seu sucessor), os 321 como o 145.012 ou o 105.003/0012 pela dificuldade de encontra-los em bom estado nos dias corrente (e por terem sido eles os verdadeiros Moon Watch), o PHC3019 (Movado&Zenith El Primero, na época eram do mesmo grupo) por ter sido um dos primeiros cronografos automáticos (e diga-se que projeto revolucionário para época) como seu contemporaneo Leonidas cal.11 (Breitling-Debua&Dupras-Heuer-Buen) numa corrida memoravel (tem também um Seiko - 6139, mas acho ele sem graça), qualquer valjoux 72 (se for o 72C ainda com carinho mais especial) pela excelencia do projeto, os Universsal Tri-Compax dos anos 40&50 que acredito ser algo do que de melhor foi feito no seculo XX, e tantos outros com soluções inovadoras ou exóticas como ao Aquastar Regata dos anos 60 que fez um contador a partir de um FELSA 4000N (foram eles que inventaram as polinas que apagam atrás do mostrador, e venderam na época também como Heuer e Tissot). Na area do T que despertam não existe muito sentido, porque um Tudor Monte Carlo, um Valjoux 7733 (na minha opnião um dos piores 77xx da familia em função de seu acionamento extremamente pesado) assume valores irreais, ou porque o desgaste a luz ultra violeta transforma alguns relógios em raridades (tropical dial),...

Tem muita coisa legal que foi cara no passado e por total desconhecimento hoje passa desapercibida (poderia citar o Hamilton GMT Count-Down que foi feito para enfrentar os Omega Flight Master, ficaram tão caros que micaram, e jura que ao vivo eles são muito interessantes), dai para concluir vou citar outro amigo meu (Luiz Felipe Lobo - que me introduzio neste meio): O que é BOM não vai virar ruim, o que é caro não vai obrigatóriamente sustentar seu preço, e o que é ruim nunca vai virar raro (ou bom).

[]s
 
21/06/11 - 23:24
  Quote  #47
Mensagem por tintasuja
Local: Não fornecido
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Esta questão entra num departamento que são os valores intangíveis da marca. Porque pagamos tanto por uma Louis Vouiton ou por uma Montblanc? Para além de toda a qualidade, estamos a pagar uma marca.
Para além de um certo valor, o objecto em si mesmo deixa de ser o importante para determinar o valor de venda. O que determina o valor do que quer que seja é o que o mercado está disposto a pagar por ele e não o custo de produção mais a margem.
 
26/06/11 - 10:12
  Quote  #48
Mensagem por Silva Mendes
Local: Não fornecido
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Posts: 101
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Olá Tintasuja,

Pela sua resposta vejo o conhecimento de marketeer, mas nem sempre a resposta certa será aquela que reside unicamente numa fonte de conhecimento. Claro que todos os maketeers dariam a sua resposta, o preço é colocado pelo consumidor final.

Mas existe aqui um problema de moral, será que se produzir um, produto que lhe custa na produção 5 euros, irá vendê-lo a 500 ou 5000 euros, apenas porque os clientes dariam esse valor por ele ?

E se os clientes soubessem que o seu custo de produção seria de 5 euros, acha que estariam dispostos a dar os valores anteriores pelo seu produto ?

Penso que aqui a moral não deve ser colocada de lado.

E Vejo uma empresa a colocar isso na prática, com uma excelente relação preço/ qualidade, e com vários mecanismos feitos pela rpórpia casa (os mais caros, como seria óbvio) e os que não são feitos pela casa, mais baratos (como seria óbvio) e os movimentos quartz a terem os valores mais baixos.

Esta é uma empresa com boas práticas comerciais (que é aquilo a que me refiro).

http://www.frederique-constant.com/en/index.php


Poderia também dár-lhe aqui vários exemplos de marcas mais fortes do que esta, onde os movimentos são ETA, e com os seus consumidores a comprar relógios convencidos que são movimentos feitos in house e a pagar como se assim fosse.
Essa não me parece ser uma boa prática comercial por parte dessas empresas e mais cedo ou mais tarde, poderão vir a ter problemas, quando os seus clientes que confiaram nessas marcas verificarem que afinal não era como eles pensavem.

Para Resumir:

Faça um estudo de mercado com uma marca forte, pergunte aos clientes quantos é que estão dispostos a pagar pelo relógio.

Depois arrange outro estudo, onde explique às pessoas o custo de produção e se os movimentos são feitons em casa, ou não, em suma, explique bem o produto, sem esconder e verá que secalhar os preços não serão tão elevados (para o consumidor) em certos produtos.

Boas práticas comerciais é aquilo que me refiro.

Se é para vender uma vez (como diria a minha professora de publicidade) aí vale tudo !
 
11/07/11 - 07:46
  Quote  #49
Mensagem por Girão
Local: Lisboa
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Caros Membros

Debates interessantes devo confessar... Diversos pontos de vista e algums com muito conhecimento à mistura.

Obrigado por partilharem e dialogarem...

Bem hajam
Paulo Girão
 
02/08/11 - 17:42
  Quote  #50
Mensagem por Nuno Santos
Local: Porto
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Boas a todos

Já venho atrasado, mas penso que a tempo

De facto é um assunto bastante interessante pois são vistos varios pontos de vista os quais acabam por estar ligados com um fim unico...o consumidor final.

Penso que não vou voltar a repetir, algo que ja se tenha dito, mas há que pensar que muitas vezes o proprio nome de uma determinada marca impoe a mistica de que pode ou não ser bom, podemos ter esse certeza como poderemos estar simplesmente iludidos

dando um exemplo de outro produto de grande consumo e desejo... os automoveis .

muitos são levados pelo pensamento e afirmação que determinada marca é mais fiavel que a outra, embora ate tenham componentes exactamente iguais fabricados pelas mesmas empresas.

EXEMPLO: a Ford e a citroen/peugeot fabricam motores que equipam 6 marcas em que duas delas são marcas PREMIUM, onde se paga caro pelo mesmo motor mas com chapa diferente e material interior diferente e alguma tecnologia diferente.
não justifica que exista uma diferenca de quase 23.000€ entre um automovel de marca barata (citroen/peugeot) e um automovel de marca mais cara (Volvo e MINI) note-se que tem precisamente o mesmo motor

OUTRO EXEMPLO.

ROLLS ROYCE
-Construido manualmente
-preço proibitivo
-garantia vitalicia
-materiais nobres
(neste caso os materiais são de qualidade muito elevada, quanto a motores, até deram alguns problemas)

Lá está a diferença do (EM SERIE) e do (MANUFACTURADO)

Isto caros amigos é precisamente o que se passa nas marcas de relogios, o mercado assim faz com que se dertermine preço em função do status, procura e poder de compra

Como disse o amigo Girão, existe uma diferença abismal entre duas marcas com maquinas/movimentos exactamente iguais., valerá a pena investir tal diferença somente pelo status da marca mais cara?...bem quem for conhecedor dirá que não...penso eu

O facto de se encontrarem pormenores...e repito pormenores diferentes de marca para marca uns mais relevantes que outros, levam na maioria das vezes a sobrevalorizarem os preços em função da sua origem, historia, e posição no mercado.

existem tambem peças muito raras e manufacturadas que terão um elevado valor e claro terá que ser justo face ao trabalho que existiu.

Talvez o mercado assim o obrigue...talvez

Só lamento que o pobre relojoeiro que dá vida ás peças de precisão, que as trata com carinho, que lhes devolve o movimento pelo qual todos nos regemos e não dispensamos em momento algum, é que seja o que menos ganhe com isso, ca em portugal claro.

Quando digo pobre relojoeiro...refiro-me a verdadeiros mestres relojoeiros e não sapateiros.

Peço desculpa por esta minha simples opinião e comentário, não entrando muito pela parte mais tecnico-comparativa da relojoaria para não complicar
E desculpas ainda pelos exemplos automoveis, pois foi a area que conheci bastante bem Marketing/vendas

Nesta altura decidi-me mesmo pela Relojoaria pois aí sim faço o que gosto com muita paixão

Grande abraço

 
11/08/11 - 07:20
  Quote  #51
Mensagem por josephus
Local: porto-portugal
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e não se esquecem do custo da publicidade a actores desportistas...publicidade em provas desportivas e outros eventos.........custos bem elevados ..diga-se em abono da verdade.........o cliente paga tudo isso tambem
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