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FórumRelógios & Relógios

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Tópico: Valem o que pedem???
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01/11/12 - 10:24
  Quote  #21
Mensagem por anton
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Quote: Originalmente postado por Eremita em 01/11/2012 03:02:28
A relação da Orient aqui no Brasil com a matriz japonesa é uma coisa de doido, muito embaralhada.
Fato: a Seiko não liga muito para o mercado brasileiro. Tanto é que a marca aqui, até pouco tempo atrás, estava nas mãos da Technos.
No Japão, a Seiko cansou de concorrer com a Orient e adquiriu a marca. As relações lá se dão de modo que não haja canibalização no mercado. Há inovações, modelos de luxo, de entrada, mas a Seiko deixa claro que é a dona do pedaço.
No Brasil, pelo digamos "descaso" da Seiko, a Orient tem uma certa autonomia, lastreada em bastante tradição e por uma boa fatia do mercado.
Temos que admitir que, dado esses fatores, é praticamente tirar leite de pedra. Mas eu diria que é um leite tipo A, longa vida e de ótima qualidade.
O carro chefe dos automáticos é o movimento 469, que é um trator e completou 40 anos recentemente.
O acabamento é em muitos casos primoroso e o design impressiona até no exterior. Tá aí o Posseidon que não me deixa mentir.
Falta um crono automático e o desenvolvimento de Orients Star nacionais, mais isso não está nos planos de liberação da Seiko.
Nos quartz, ou são usados movimentos da Seiko, caros para o mercado nacional, ou apela-se ao bom e velho myiota, mas que estão longe da qualidade fornecida aos chinocas de baciada.
Concluo 2 coisas: 1 - Temos sorte da Orient nacional, mesmo defasada tecnologicamente, se empenhar tanto na qualidade do produto. 2 - A estagnação, embora ninguém admita, é forçada pela Seiko que tem medo de um avanço da filial brasileira sobre o mercado internacional.

Abraço!





Colega, se me permite a pergunta, de onde você tirou essas informações?

1° lugar: o 469 e o 487 são tratores sim. Os mais antigos e defasados da marca. No exterior eles já fazem a tempos calibres com Hack e corda pela corôa para a linha de entrada (os mecanismos de 22 rubis, que a gente nem sonha aqui), além de continuarem a fazer calibres com complicações como indicador de reserva de marcha, função GMT independente e outras frescuradas bem legais, que por aqui são apenas uma miragem. Aliás, fora do JP nas subsidiárias eles não fabricam o calibre, apenas montam com as peças que são fabricadas na matriz japonesa. Pra ver como o mercado brasileiro é a parte do quintal pra onde se manda o resto.

2° lugar: a Seiko no JP adquiriu 51 por cento das ações da Orient, mas as duas fábricas tem plantas de produção independente, tanto que os calibres utilizados são completamente diferentes numa e noutra marca (o único calibre igual é o do crono automático).

3° lugar: Orient Star nunca vai ser produzido no Brasil, na Russia, ou em outra subsidiária do exterior pois é só feito na matriz japonesa e comercializado no Japão. A orient daqui consegue trazer alguns sob esquema de importação. Nem o crono mecânico que só é feito na matriz japonesa.

4° lugar: o acabamento melhorou, mas no todo do conjunto ainda fica muito a dever ao que se faz lá fora. No exterior eles estão fazendo o diver M-force, com cristal de safira, indicador de reserva de marcha e com acabamento primoroso. Aqui a gente se contenta com o posseidon, que não chega nem perto.

Abs.
anton
 
01/11/12 - 11:54
  Quote  #22
Mensagem por Oryon
Local: Salvador
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Saudações senhores,

O nível do tópico está excelente, e já iluminou alguns pontos turvos da função "qualidade x preço", em parte, provocados pelas distorções nos preços praticados aqui no Brasil.

Faz tempo que "namoro" um T.H. Carrera nas vitrines da H. Stern, alguns modelos entre R$ 10.000 a R$ 14.000. Por conta desses valores, sempre tive em mente que tais máquinas seriam excepcionais - já mudei de ideia. Há propósito, um Carrera vale tudo isso?

Infelizmente, importar é um caminho muito complicado para mim. Primeiramente pelos entraves do idioma, moeda diferente, confiabilidade da loja, (re)direcionamento, alfândega, correios e extravios...

São tantos itens envolvidos na importação que prefiro pagar mais caro pela comodidade de retirar o produto na loja. Mesmo ciente que estou sendo, literalmente, saqueado.

Fazer uma viagem internacional, dentre outros motivos, para comprar seria o melhor dos mundos. Contudo há entraves nesse sentido, também. Por isso já estou começando a arrefecer os ânimos na compra de relógios mais requintados.

Cordialmente,
 
01/11/12 - 18:40
  Quote  #23
Mensagem por Alexandre-CGR
Local: Campo Grande
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Caros,

Tendo em vista os excelentes comentários acima, creio que há um fator a ser adicionado nessa equação: o resultado esperado pelas marcas.

Tomando a Orient como exemplo, se ela se utiliza de movimentos com 40 anos e não pensa em renová-los é porque não está tendo prejuízo. Diria mais, está tendo o lucro esperado. E, se com esse movimento mais velho do que eu eles tem o lucro esperado (ou acima do esperado, o que é plausível) não há a necessidade de investimentos e inovações.
Fazendo uma comparação extrapolada para o mundo automobilístico: se não fossem as leis e a concorrência até hoje utilizaríamos as "carroças" que o Collor disse. Sem catalisador, injeção eletrônica, ABS ou airbag.
O fato é que com o advento do celular, o número de pessoas que ainda utilizam relógios diminui. E dos que sobraram, a maioria só pensa no preço.
Assim sendo, nós que gostamos e prezamos por peças de qualidade ficamos prejudicados. Sem opções no mercado nacional e morrendo num imposto de exportação abusivo (e que em tese serviria para proteger essa "indústria").


abraços
 
06/11/12 - 03:05
  Quote  #24
Mensagem por Eremita
Local: Santo André
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Caro Anton:

Quais informações você se refere? Elas são de domínio público, estão em vários lugares...
Muito do que você mesmo escreveu corrobora o que eu disse, não?
No tocante à relação Seiko - Orient, concordamos que uma é dona da outra.
São empresas de capital aberto, e a relação se dá pela participação acionária, como bem colocado.
Aliás, não é propriamente a Seiko que é dona do Orient, mas sim a corporação Seiko-Epson, cuja atuação vai muito além dos relógios. São plantas diferentes sim, porque a aquisição foi posterior à existência das 2 marcas, mas com o controle acionário de uma pela outra, as decisões acabam centradas na Epson. (Creio que os acionistas tanto de uma quanto da outra não iriam ficar muito contentes se o Minoru Usui, presidente da corporação, incentivasse a concorrência entre as marcas ao invés de focar nas outras concorrentes).
Quanto ao mercado brasileiro não ser prioridade da Seiko, o fato da marca não ter representação própria demonstra isso. "Em 2000, após passar por uma reestruturação, a Seiko no Brasil passou a ser representada pela Technos da Amazônia Ltda". (Fonte: Relógios e Relógios)
Talvez com a melhora da economia aqui alguma reestruturação futura isso mude, mas por enquanto não vi informações sobre isso. O que pode mudar é que, desde depois da crise de 2008, a Epson passou a dar mais atenção ao mercado brasileiro. Em 2009 a subsidiária brasileira passou a ser a principal divisão da América Latina. Porém, na parte de relógios, ainda não se tem nada de concreto, que eu saiba. (Essas informações estão em revistas de economia e afins. Se buscar na internet sobre os efeitos do tsunami do Japão e o crescimento do mercado brasileiro, algumas matérias retornarão essa informação certamente).
Quanto ao fato da relação ser "enrolada", é no mínimo muito estranho que empresas pertencentes ao mesmo grupo tenham relações tão distantes aqui. Nem a representação a Seiko deixou para a Orient, que tem uma rede muito melhor que a da Technos. A única relação mais direta que eu pude apurar é que nos quartz alguns movimentos são fornecidos pela Seiko, como no caso do Seatech (informação obtida em outro fórum), mas por serem caros (pô, a Seiko nem para fazer um precinho camarada no movimento!) a Orient usa mais myiotas mesmo (mas o foco da empresa são os automáticos in house, “os verdadeiros relógios” como diz o site da marca). Pelo menos a Orient aqui no Brasil não acabou nas mãos da Technos, como a própria Seiko.
No que diz respeito à tradição e mercado, a Orient do Brasil foi a primeira a poder montar os relógios da marca fora do Japão, com profissionais treinados diretamente lá. Não contesto que desde então, como você bem informou, a defasagem tecnológica vem ocorrendo, mas não é voluntária. Porém o fato dos movimentos serem antigos não implica em dizer que são ruins. Se por um lado não inovam, por outro são extremamente confiáveis. Aliás, a maioria dos ebauches das marcas mundiais são baseados em calibres muito antigos. O desenvolvimento de movimentos requer muito investimento e geralmente partem de calibres antigos, com uma ou outra inovação e acréscimos de complicações, mas as bases geralmente são de movimentos do século passado.
Acho que podemos dizer que não discordamos que há um “abandono” entre filial e matriz, o que corrobora com o que eu disse: A Orient do Brasil tira leite de pedra. A marca se vira como pode e, mesmo não tendo acesso ao melhor do desenvolvimento japonês, não faz feio com o que consegue por no mercado. Ou há alguma dúvida se entre Orient, Technos, Magnum e outras presentes na ZFM, qual é a melhor ultimamente? Claro que comparado ao exterior aqui estamos bem aquém, mas no padrão brasileiro se destaca numa faixa de preço que eu considero justa. O Posseidon é um relógio de $200, $300, mesmo com o famigerado custo Brasil. Já ouvi relatos de relojoeiros comparando a qualidade aos melhores divers brutos do exterior...
No mais, quando eu disse que faltavam linhas melhores, o que eu quis dizer é que com todas essas adversidades, entendo que a filial brasileira teria plenas condições de desenvolver uma linha de crono automático ou mesmo montar algo no padrão da Orient Star, e não que isso estava pautado pela fábrica ou que em algum momento isso iria se concretizar.
Quanto as 2 conclusões, essas são de minha autoria, baseadas nesses fatos que expus. Posso estar errado, mas em suma é isso, acho que se a Orient brasileira tivesse condições de produzir produtos de ponta com os preços aqui praticados sem a taxação, teria muito mercado externo mas, por algum motivo, as matrizes não acham isso interessante.

Abraço!
 
06/11/12 - 09:44
  Quote  #25
Mensagem por falecomvieira
Local: Não fornecido
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Quote: Originalmente postado por Alexandre-CGR em 01/11/2012 18:40:07
Caros,

Tendo em vista os excelentes comentários acima, creio que há um fator a ser adicionado nessa equação: o resultado esperado pelas marcas.

Tomando a Orient como exemplo, se ela se utiliza de movimentos com 40 anos e não pensa em renová-los é porque não está tendo prejuízo. Diria mais, está tendo o lucro esperado. E, se com esse movimento mais velho do que eu eles tem o lucro esperado (ou acima do esperado, o que é plausível) não há a necessidade de investimentos e inovações.
Fazendo uma comparação extrapolada para o mundo automobilístico: se não fossem as leis e a concorrência até hoje utilizaríamos as "carroças" que o Collor disse. Sem catalisador, injeção eletrônica, ABS ou airbag.
O fato é que com o advento do celular, o número de pessoas que ainda utilizam relógios diminui. E dos que sobraram, a maioria só pensa no preço.
Assim sendo, nós que gostamos e prezamos por peças de qualidade ficamos prejudicados. Sem opções no mercado nacional e morrendo num imposto de exportação abusivo (e que em tese serviria para proteger essa "indústria").


abraços





Concordo. A verdade é que falta concorrência no mercado nacional, então eles podem se dar o luxo de vender produtos defasados.
 
06/11/12 - 12:49
  Quote  #26
Mensagem por Dicbetts
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Prezados,

Antes de mais nada, agradeço aos colegas Anton e Eremita, que deram verdadeira aula sobre relógios japoneses.

Digo isso por questões particulares: comprei, semana passada, dois Seikos, depois de anos dando importância somente a exemplares suíços (embora tenha um modelo Sea Lion, do começo da década de 60, recém-recuperado).

Os obtive em loja física, que, geralmente, não tem pessoal instruído para dar mais informações sobre as peças que se quer. A pobre vendedora não sabia a diferença entre quartzo e automático.

Comprei um cronógrafo a quartzo e um Seiko 5 Sports automático. Foram amores à primeira vista. Me parece muito bem acabados e com um padrão de qualidade que justifica a importância da marca.

Por não ser um conhecedor das manhas que envolvem a Seiko aqui no Brasil, calculo que as duas peças que obtive sejam montadas na ZFM.

Em relação àquilo que disse o companheiro Oryon, creio que a questão envolvendo os Tag é que estejam extremamente valorizados por conta de um marketing eficiente.

Como a Tag, outras marcas gozam da mesma condição, mesmo sem apresentar produtos que sejam altamente diferenciados.

E é bom ressaltar: não há marketing eficiente que não se sustente na realidade. Ou seja, Tag e outras marcas valem o que entregam.

Abraços a todos,
 
07/11/12 - 11:56
  Quote  #27
Mensagem por Willsil
Local: Salvador
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Eremita, parabéns pelas palavras. vc disse tudo!
 
07/11/12 - 16:50
  Quote  #28
Mensagem por anton
Local: Não fornecido
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Eremita,

Nós não sabemos qual o grau de indepência da Orient daqui para a matriz japonesa.
Não sabemos se o que a Orient daqui apresenta é o que é "liberado pela matriz" ou o que ela elege de acordo com as "necessidades de mercado", na maioria das vezes um puro eufemismo que significa o que de fato interessa para a empresa. Não sabemos se os 487 e 469 "basicos" ou "peladinhos" que a Orient coloca aqui são os únicos mecanismos que a matriz japonesa libera para a filial brazuca, ou o que a filial brazuca elege para apresentar ao mercado nacional. Só como curiosidade, a Orient daqui trouxe mecanismos high-end para equipar a linha LE (limited edition) que foi lançada com estardalhaço há alguns anos (infelizmente os técnicos nacionaisi, devidamente "preparados no Japão" não souberam montar bem os mecanismos e vários exemplares deram problema. Se bem me lembro, um dos modelos teve quase todos os seus exemplares vendidos retornados a fabrica por apresentar defeito - acho que era o modelo GMT com indicador de reserva da marcha e subsegundeiro...).
Dá pra começar a crer que a Orient daqui elege o que oferecer de acordo com as ditas "necessidades de mercado"...


A figura da empresa nacional heróica que luta contra montanhas de dificuldades para brindar o consumidor brasileiro com um produto de qualidade se aplica mais aos pequenos e médios empresários que, em geral, matam um ou vários leões ao dia.
No caso aqui a Orient, ao oferecer um diver como o posseidon por "módicas" 300 doletas, recebe, na produção deste relógio,várias isenções fiscais (se localiza na ZFM que dá isenção de impostos na esfera federal, estadual e municipal), sendo que até os mecanismos que ela importa recebem zero por cento de taxação.... barbada, né?
Nos EUA, onde nenhum Orient é produzido e todos os modelos da marca são importados, se consegue um Orient com mecanismo com complicações e acabamento bem melhor pelo mesmo preço.
O Orient Posseidon que quando foi produzido recebeu as isenções fiscais possíveis e impossíveis custa quase o mesmo que um diver Seiko vendido nas relojoarias com imposto de importação e outras taxações.
Fica dificil acreditar que a Orient daqui "tira leite de pedra"...


O Marcelo Melgaço, em outro tópico, indicou o Canal do Otário do You tube onde se fala sobre a indústria automobilistica nacional. Dá pra se fazer alguns paralelos com o restante das indústrias de grande porte no BR: não se tira leite de pedra e sim, se mama na teta.

Abs.
anton


 
08/11/12 - 00:02
  Quote  #29
Mensagem por Eremita
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Anton:

Acho que estamos travando uma discussão sobre se o copo está meio cheio ou meio vazio!
Quando se pergunta se valem o quanto pedem, é impossível responder sem levar em conta as características do país. Não é só com relação aos carros que há desigualdades no mercado. Estamos acostumados a olhar de dentro para fora, sem levar em conta que há uma recíproca nisso. Um par de Havaianas vale 40 euros? Era o que custava na Europa a uns anos atrás, antes da oficialização da exportação pela fábrica brasileira e da invasão das cópias chinesas... (Agora caiu para uns 10 euros, eu acho).
Uma banana Inglaterra é quase o preço de uma refeição no Brasil. A caixa de bombom Garoto é o olho da cara lá. E os chocolates disputados a tapa são aqueles com recheio de frutas, que aqui no Brasil sempre sobram no fundo da caixa porque ninguém come...
Tudo depende da oferta e procura.
Por isso não vejo a Orient como uma empresa heróica, mas acho que ela não cedeu para o caminho mais fácil. O nicho de mercado que ela ocupa se fixou em um patamar que, para nossa sorte, não descambou para algo como a Champion. Se as “necessidades de mercado” tivessem sido o foco e ditado totalmente as regras, os antigos “relógios de pedreiro” ou como você bem lembrou “os varejeiras” teriam sido substituídos aqui no Brasil por modelos similares aos de grife, relógios da moda, mas com uma qualidade que iria de um pouco superior aos Atlantis até uma equivalente aos Technos.
Mas não foi o que aconteceu. Na questão de conjunto, sinto falta do vidro de safira, que no Brasil encarece muito o resultado final. No que tange ao design, se o formato é um tanto conservador, há linhas em que o dial tem uma riqueza de detalhe que impressiona.
Um ponto que poucos tocam é a qualidade e dureza do aço. Tenho um relógio que tem o mesmo tempo de uso de um Omega SpeedMaster e está com bem menos riscos na pulseira. E olha que o Orient já teve um encontro acidental com uma quina de parede e a parede foi que m levou a pior...
Quanto ao 469, um participante de outro Fórum, que é relojoeiro e faz parte do centro de referência do Swatch Group do Brasil, fez vários testes de marcha e concluiu que, obviamente, não se compara a um COSC, mas, numa máquina desta categoria, ele nunca viu resultados tão próximos.
No comentário, acabou usando expressões como “desempenho espetacular”, “ajuste perfeito” e “muito, mas muito bom mesmo”.
Vale lembrar que, se por um lado os técnicos da Orient do Brasil não tem intimidade com o desenvolvimento e montagem de novos calibres, dos 40 anos do 469, 34 foram passados sendo montados e regulados na fábrica brasileira. Daí a fama de relógios perfeitamente regulados constatada pelo especialista em ajuste de máquinas suíças, que rendeu os elogios acima.
Assim, eu prefiro encará-lo mais como um clássico muito confiável do que como algo puramente defasado, mesmo porque Makos ou mesmo alguns Stars ainda usam o movimento, inclusive no mercado japonês.
Por isso eu continuo achando que a Orient tira leite de pedra, e baseio isso no que já tinha dito: dos nacionais e nacionalizados, os relógios da Orient, por faixa de preço, são os que mais entregam pelo que cobram. Ressalvo dessa conclusão apenas os “eletrônicos” como a Citizen, já que me refiro aqui mais aos automáticos e analógicos propriamente ditos.
Eu paguei cerca de R$600 no meu Poseidon. E, sinceramente, não consegui achar nenhum diver automático de 300m da Seiko nessa faixa de preço em nenhuma relojoaria. O que mais se aproximaram foram os Seiko 5 Sport, de 100m, por R$620 a R$800 na minha região. Um kinect ou um automatic de 200m não saem por menos de R$ 900 a R$1000. Um Monster eu achei por R$930 em uma loja física.
Preços equivalentes ao Orient encontrei só no ML, mas que quase 90% das vezes são produtos de descaminho, que ou vem sem caixa, sem manual, sem nota fiscal, garantia ou sem tudo isso junto.
Quanto aos impostos, a ZFM foi criada para desenvolver a especificamente Região de Manaus, isolada no meio do nada. As isenções e compensações barateiam sim a produção, atraindo as empresas para lá, mas as operações subsequentes, como a circulação para o consumidor de outras regiões são taxadas, encarecendo o produto final em outros Estados. Ou seja, o relógio que saiu da ZFM nasce sem imposto, tem melhores condições de brigar por mercado, mas ele chega até você, de outra região, sofrendo várias outras incidências.
Agora, se a produção for destinada ao mercado externo, há mais incentivos fiscais ainda, como a isenção de IPI e ICMS, PIS e COFINS, tudo para estimular a exportação. E é aí que fica a minha dúvida: por que as matrizes não estimulam a fabricação dos melhores produtos aqui para atingirem, como um trampolim, os mercados da América Latina, por exemplo?
Não há dúvida que, por via reflexa, essa melhora acabaria por influenciar também os produtos destinados ao mercado interno.
Daí minha conclusão que, repito é pessoal e pode estar errada: se o know-how dos high ends for passado às filiais, em pouco tempo elas estariam tirando mercado das matrizes com preços mais atraentes.
A comparação com carros é válida, mas eu acho que a situação se assemelha mais ao que ocorre com os cigarros, que são exportados com tantos incentivos que conseguiriam voltar ao mercado nacional, cumprindo todas as obrigações fiscais, com preços inferiores aos praticados aqui.
Por isso cigarros exportados tem etiquetas diferentes e não podem ser legalmente repatriados ao Brasil, mesmo se fosse pago o imposto de importação.
Vou parar por aqui porque o post está enorme, cansativo e aqui não é um fórum de economia . Ainda por cima devo estar irritando o Rovel e chateando os demais colegas com tanto blá-blá-blá.

Mas valeu pelo debate!

Cordiais abraços!
 
08/11/12 - 18:43
  Quote  #30
Mensagem por anton
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Eremita,

Esse debate já tá começando a parecer aos outros foristas uma "guerra de beleza" entre nós dois, com resultado um tanto estéreis...
Mas não se trata de saber se o copo está "meio cheio" ou "meio vazio". Se trata de ver se "valem o que pedem", como o tópico diz.

Evocar lei da oferta e da procura? no BR se vendem mais relógios mecânicos do que quartzos? por isto este preço inflacionado? e isso é que faz com que um Orient que recebe todas as isenções nos chegue a 352 reais, que é o preço MSRP do site da Orient (um modelo daqueles mais simples, de "peão", que no exterior chamam de "Orient Tree Stars"), enquanto um Orient do mesmo tipo com o mesmo mecanismo pelado no UK sai por 58 libras (metade do preço do BR). Sendo que lá o relógio é totalmente importado do exterior?
Lei da oferta e da procura? até a Limited Edition que era especialíssima e tinha tiragem de quinhentas e poucas peças, se me lembro bem, ficou um tanto "encalhada". Há um ano atrás no site de uma relojoaria carioca havia dois modelos da LE à venda (site da 56jóias).

A Orient do BR manteve uma linha de mecânicos para um público cativo. Não que esta linha tenha sido sua prioridade. Dá pra ver pelo desenho dos relógios quartzo que são muito mais interessantes. Os mecânicos foram alvo de um pouco de investimento da Orient de uns anos pra cá, quando algumas coisas fora da linha "peão" ou varejeira foram lançadas, chegando aos divers atuais.
Qualidade e dureza do aço? não é o aço 316L (miragem pra um relógio nacional) que é mais resistente a corrosão e os dois Orient nacionais que tenho riscam tanto quanto qualquer outro relógio.
Desempenho? pergunte ao Adriano do FRM como é o Isocronismo dos calibres 469 e 487 e quanto tempo (com uso diário) a boa regulagem deles dura se comparados ao 2824 mais pé de boi. Ou se coloque eles vários dias seguidos num Timegrapher como eu fiz e se veja as diferenças enormes nos desvios de marcha de um dia para outro.
No mercado nacional os Orient são os que entregam mais pelo que cobram, mas se a gente deixar de olhar para o umbigo vai ver que cobram demasiado pelo que entregam. Como a gente viu quando o mercado foi aberto as importações e nós nos demos conta do que eram em verdade os nossos automóveis e o valor que nós pagávamos por eles
Impostos fora da ZFM é que deixam o relógio neste valor? 17 por cento de ICMS é o que inflaciona tanto o valor do Orient? Normalmente os preços da Orient são indicados (uma indicação apenas) pela própria marca. Dá pra ver no site (aliás no fórum FRM antigo, não o novo, certa vez um membro comentou que esteve na loja que fica junto a fábrica da Orient e lá os preços eram praticamente iguais aos de SP. Isso sem sair da ZFM. Dá até pra perguntar no FRM se algum membro atual já foi na tal loja de fábrica).
Não sei se a Orient daqui tem a licença da matriz para exportar seus produtos, mas se tivesse, qual seria a competitividade deles no mercado externo?. Não se culpe a falta de incentivo, por que na ZFM o que mais há é isso para a empresas. Como eu falei acima, no Reino Unido, um Orient deste é totalmente importado e sai pela metade do preço que nós pagamos pelo mesmo Orient montado aqui e com toda isenção de impostos. De novo, qual é a competitividade do produto nacional, que está recebendo todas as benesses fiscais possíveis e ainda é colocado no mercado por este preço?

Vamos falar sério...



Abraços,
anton

 
09/11/12 - 00:48
  Quote  #31
Mensagem por SYD
Local: SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
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Quote: Originalmente postado por anton em 01/11/2012 10:24:29
Quote: Originalmente postado por Eremita em 01/11/2012 03:02:28
A relação da Orient aqui no Brasil com a matriz japonesa é uma coisa de doido, muito embaralhada.
Fato: a Seiko não liga muito para o mercado brasileiro. Tanto é que a marca aqui, até pouco tempo atrás, estava nas mãos da Technos.
No Japão, a Seiko cansou de concorrer com a Orient e adquiriu a marca. As relações lá se dão de modo que não haja canibalização no mercado. Há inovações, modelos de luxo, de entrada, mas a Seiko deixa claro que é a dona do pedaço.
No Brasil, pelo digamos "descaso" da Seiko, a Orient tem uma certa autonomia, lastreada em bastante tradição e por uma boa fatia do mercado.
Temos que admitir que, dado esses fatores, é praticamente tirar leite de pedra. Mas eu diria que é um leite tipo A, longa vida e de ótima qualidade.
O carro chefe dos automáticos é o movimento 469, que é um trator e completou 40 anos recentemente.
O acabamento é em muitos casos primoroso e o design impressiona até no exterior. Tá aí o Posseidon que não me deixa mentir.
Falta um crono automático e o desenvolvimento de Orients Star nacionais, mais isso não está nos planos de liberação da Seiko.
Nos quartz, ou são usados movimentos da Seiko, caros para o mercado nacional, ou apela-se ao bom e velho myiota, mas que estão longe da qualidade fornecida aos chinocas de baciada.
Concluo 2 coisas: 1 - Temos sorte da Orient nacional, mesmo defasada tecnologicamente, se empenhar tanto na qualidade do produto. 2 - A estagnação, embora ninguém admita, é forçada pela Seiko que tem medo de um avanço da filial brasileira sobre o mercado internacional.

Abraço!





Colega, se me permite a pergunta, de onde você tirou essas informações?

1° lugar: o 469 e o 487 são tratores sim. Os mais antigos e defasados da marca. No exterior eles já fazem a tempos calibres com Hack e corda pela corôa para a linha de entrada (os mecanismos de 22 rubis, que a gente nem sonha aqui), além de continuarem a fazer calibres com complicações como indicador de reserva de marcha, função GMT independente e outras frescuradas bem legais, que por aqui são apenas uma miragem. Aliás, fora do JP nas subsidiárias eles não fabricam o calibre, apenas montam com as peças que são fabricadas na matriz japonesa. Pra ver como o mercado brasileiro é a parte do quintal pra onde se manda o resto.

2° lugar: a Seiko no JP adquiriu 51 por cento das ações da Orient, mas as duas fábricas tem plantas de produção independente, tanto que os calibres utilizados são completamente diferentes numa e noutra marca (o único calibre igual é o do crono automático).

3° lugar: Orient Star nunca vai ser produzido no Brasil, na Russia, ou em outra subsidiária do exterior pois é só feito na matriz japonesa e comercializado no Japão. A orient daqui consegue trazer alguns sob esquema de importação. Nem o crono mecânico que só é feito na matriz japonesa.

4° lugar: o acabamento melhorou, mas no todo do conjunto ainda fica muito a dever ao que se faz lá fora. No exterior eles estão fazendo o diver M-force, com cristal de safira, indicador de reserva de marcha e com acabamento primoroso. Aqui a gente se contenta com o posseidon, que não chega nem perto.

Abs.
anton





Alguns Orient fabricados aqui, parecem que as peças e mostrador são de plástico.... realmente temos muito que melhorar...
 
09/11/12 - 02:11
  Quote  #32
Mensagem por Wssdev
Local: Vitória
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Nada a reclamar do meu poseidon....belissima peça.....
 
09/11/12 - 10:08
  Quote  #33
Mensagem por SmOk3r!!!
Local: Campinas
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Quote: Originalmente postado por Wssdev em 09/11/2012 02:11:50
Nada a reclamar do meu poseidon....belissima peça.....




Posso dizer o mesmo, nada a reclamar do meu laranjão.
 
09/11/12 - 10:30
  Quote  #34
Mensagem por Sifion
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Esse tópico está ficando bem interessante de ler.

Parabéns todos, em especial aos amigos Eremita e Anton.

Eu não acho que você esteja chateando ninguém não Eremita, esses debates são bons quando não se fica apenas no "isso é bom, Isso não e pronto".

Eu não sei dizer se a Orient, em geral, vale o que pede. Até o momento eu vejo todos os donos do Poseidon falando muito bem dos seus relógios.

Concordo também com o levantado que a Orient mantém os automáticos para um público um tanto quanto cativo.

Eu vejo a maioria dos Orients no pulso de pessoas mais velhas, que usam sem dó e querem realmente um trator. Nenhum deles quer ter que se preocupar com revisões ou polimentos. Já vi meu avô falando muito bem da marca, "isso é que é um relógio".

Um outro exemplo é o pai da minha namorada, que possui um Orient. Ouvi ele falando que o relógio deu problema apenas 1 vez, onde teve que trocar uma peça e só. Ele tem o relógio há mais de 20 anos se não me engano...

Difícil e tentar fazer uma marca melhorar apenas por melhorar. Se ela já é a que tem um melhor Custo x Benefício e tem as vendas dentro do seu objetivo porque tentar inovar?
Apenas uma reflexão aqui....
 
09/11/12 - 12:38
  Quote  #35
Mensagem por sandrozc
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Como neófito, simples observador que sou, estou curtindo demais este tópico aqui.

Agradecendo ao Anton e ao Eremita, por suas colocações. Aprendemos muito.

Eu sinceramente gosto dos Orient que tenho: 1Posseidon laranja e 1 Diver 469SS022 (que eu chamo de ORISent).

Estou para comprar 1 MAKO Xxl, e assim terminar as compras desta marca, pois teria adquirido todos os modelos que gostei (divers, essencialmente).

Justamente aí, entra uma situação discutida aqui: acabam-se as novidades para o consumidor, e as oportunidades para a industria vender mais...

Porque não lançar a linha M-force no Brasil?????
 
09/11/12 - 13:30
  Quote  #36
Mensagem por naio21
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Quote: Originalmente postado por sandrozc em 09/11/2012 12:38:47
Porque não lançar a linha M-force no Brasil?????



Engraçado é que não fabricam, mas o modelo consta no site brasileiro (entre outros da gringa, até da linha Star):

http://www.orientnet.com.br/popup_detalhe.asp?prd_ukey=40870133222WV2X0O7&map_ukey=378131101217B0L79H
 
09/11/12 - 17:04
  Quote  #37
Mensagem por SmOk3r!!!
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Quote: Originalmente postado por naio21 em 09/11/2012 13:30:10
Quote: Originalmente postado por sandrozc em 09/11/2012 12:38:47
Porque não lançar a linha M-force no Brasil?????



Engraçado é que não fabricam, mas o modelo consta no site brasileiro (entre outros da gringa, até da linha Star):

http://www.orientnet.com.br/popup_detalhe.asp?prd_ukey=40870133222WV2X0O7&map_ukey=378131101217B0L79H





Eu ja vi relogios da linha M-Force para vender em relojoarias que são revendedoras oficiais da marca aqui no Brasil.
 
10/11/12 - 23:14
  Quote  #38
Mensagem por anton
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Quote: Originalmente postado por naio21 em 09/11/2012 13:30:10
Quote: Originalmente postado por sandrozc em 09/11/2012 12:38:47
Porque não lançar a linha M-force no Brasil?????



Engraçado é que não fabricam, mas o modelo consta no site brasileiro (entre outros da gringa, até da linha Star):

http://www.orientnet.com.br/popup_detalhe.asp?prd_ukey=40870133222WV2X0O7&map_ukey=378131101217B0L79H





Se a linha M-Force fosse montada aqui seria bem mais cara do que aquele valor indicado para o M-Force importado.

Abs.
anton
 
13/11/12 - 05:43
  Quote  #39
Mensagem por Wssdev
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Amigos ...orient automatico parece ser unanimidade no quesito custo x beneficio...

Mas para os ignorantes no assunto .....

Só esta marca q serve ????

Abs
 
13/11/12 - 11:14
  Quote  #40
Mensagem por sandrozc
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Acho que os Casio Digitais, especificamente a liha G-Shock, são um ótimo custo x benefício. Tudo dependerá do gosto pelos modelos existentes.

E chegando um custo um pouco mais para cima, onde o benefício se faz igual, ou mesmo maior, toda linha automática de divers da Seiko (Seiko 5 Sports, e Seiko Superior). Gasta-se mais, mas são produtos para uso em longo tempo.

Idem para os Divers Citizen Eco-Drive, tem bons preços para o que oferecem. (Ecozilla é o relógio que eu gastei menos de R$ 1.300,00 e que me deu mais sentimento de satisfação. Sinceramente creio piamente que ele será herdado pelo filho do meu filho, pois é um tanque de guerra, e creio que nunca o abrirei, talvez um dia para dar uma lubrificada nos componentes mecânicos).

Já os Invictas, são parrudos (tenho 3 - Venon Reserve, Russian Diver e Sea Hunter), mas não creio que viverão mais de 10 anos.

Festina, tenho 3 (um deles com mais de 12 anos de uso continuo diário) nada tenho a reclamar e preços justos; pena serem chronografos.

Daí para frente o céu (e o bolso) é o limite.

Na verdade, meus relógios todos tem preços unitários que não passaram de +/- R$ 2.000,00, e na minha opnião valem o que foi pago para cada qual. Não tenho a reclamar dos mesmos.

Um ou outro, (Casio Edifice, Seiko Daytona, e Citizen Chrono-Alarm) hoje eu não compraria pelo motivo do design, e não pelo "conjunto da obra", pois são relógios eficientes. Mas minha preferência pelos Divers é bem maior que por chronografios.

Só não acho que valha a pena investir em relógios alemães (Tauchmaster?) e semelhantes. E claro estas réplicas que existem por aí.
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