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FórumRelógios & Relógios

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Tópico: Parnis a la Hublot?
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17/01/13 - 14:54
  Quote  #21
Mensagem por Dicbetts
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Caro Dicbetts (Caro Eremita)

O Mini a que vc se refere é o Countryman, que é um modelo de 2012. Antes disso a BMW não tinha utilizado 4 portas em nenhuma plataforma do Mini. Talvez não estejamos falando do mesmo modelo. Estive na Europa pela última vez em 2010 e já tinha visto o modelo de quatro portas rodando por lá.

Só que, se não me engano, o Lifan 320 entrou em produção na China em 2008, já com 4 portas. (Nada como uma boa disfarçada para não parecer imitação)

E aí, quem copiou de quem? (Você sabe minha resposta)

Mesmo os Cooper Wagon ingleses dos anos 70 não tinham 4 portas, apenas 2 (pelo menos em todas as fotos que já vi). (Morei de 1977 a 1979 na Inglaterra, em Birmingham para ser mais exato. Como adolescente louco por carros, posso garantir que havia peruinhas Mini Cooper de quatro portas. Algumas com parte da carroeceria em madeira)

Ainda assim, se a Lifan copiou o design 4 portas desses "vintage", lá se vão mais de 40 anos da criação, e o desenho não é mais protegido. Não é o que pensa a BMW. Podiam ao menos fazer como a Chamonix por aqui, que paga ou pagava royalties à Porsche pela replica em fibra que faz dos modelos da década de 50. E como outras que pagam ao Carrol Shelby a reprodução do Cobra. Enfim, bons exemplos não faltam)

Quanto a uma marca tirar espaço da outra para alavancar as vendas, esse é o princípio da livre concorrência. Acho mais errado a Hyundai com suas "releituras" de modelos BMW recentes ainda em produção do que a Lifan copiar um carro de mais de meio século de lançamento. (Se a BMW não processou a Hyundai, é porque não entendeu assim. Ou porque não considerou algo tão descarado quanto o caso da Lifan. Ou porque teve medo de brigar com a Hyundai)

Continuo pensando assim: o inventor, o idealizador, o descobridor que se empenhou para lançar algo inédito merece auferir os lucros vindos de seus esforços. Tem que ser reconhecido e recompensado pelo que fez. Mas não eternamente. Não pode sentar em cima do resultado para sempre e pretender explorar isso para o resto de sua vida, de seus filhos, netos, bisnetos... (Bem, na literatura esse é um fato. A criação, o direito intelectual, é de usufruto dos sucessores. Além do mais, acredito que cada um deve responder pela sua própria competência. Se alguém chegou a alguma solução antes, deve ser remunerado por ela. Eternamente? Pode ser, talvez num a proporção que vá sendo reduzida à medida que os anos passem)

Por isso a limitação da proteção por um tempo suficiente para que se obtenha um bom retorno com a exclusividade é o ideal. Daí para frente a tecnologia é do mundo, porque com as diferentes abordagens é que surgem as evoluções. (A tecnologia, sim, é do mundo. Mas a atividade intelectual, não. Quer reproduzir, fazer igual ou parecido? Pague por isso. É um processo justo. Não podemos tomar ideias e adaptá-las aos nossos interesses como se tivessem surgido por geração espontânea)

Respeito quem pensa diferente. Tem gente que encara de um modo mais romântico, algo como o bem versus o mal. Mas digo uma coisa: no mundo empresarial, não tem ninguém bonzinho. Não sabemos dos bastidores, o quanto de sujeira uma marca tradicional precisou mexer para passar aquele ar de respeito e exclusividade que pretende vender. (A última coisa que existe nesta discussão é maniqueísmo. Que não há ninguém bonzinho, isso é sabido. Para tanto, a Lifan copiou e a BMW jogou seu peso em cima. Ou a Lifan era tão inocente que não sabia disso? Ou preferiu apostar numa "fraudezinha" e, enquanto a BMW não se manifestasse, ir gostosamente faturando? O mundo empresarial é uma briga de desonestos, ou de pouco honestos. Isso, porém, não invalida o fato de que, algumas vezes, alguém tem alguma razão.)

No fundo, no fundo, não existe esse negócio de homenagem. O que todas querem é, de uma forma ou de outra, ganhar dinheiro. O nosso dinheiro. E creio que, quanto menos monopólio, mais seremos beneficiados. (Enfim, concordamos. Não sou pelo monopólio, sou pela competência. Como diz o ditado: quem não tem competência, não se estabelece".)

Compete a nós a procura do maior grau de qualidade fornecida dentro das possibilidades de cada um. (Mais uma vez concordo.)

Se uma peça atende o que vc quer e ela não é produto de crime (lembrando que legalmente falsificação é algo diferente do que aqui discutimos), não vejo problema em adquiri-la. (Creio que, nesse caso, o crime não seja tão explícito quanto o produto de um roubo físico. O roubo intelectual é bem mais insidioso e menos perceptível, daí ser visto com certa naturalidade)

Abraço! (outro)
 
20/01/13 - 01:53
  Quote  #22
Mensagem por Igshum
Local: Rio de Janeiro
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Amigos, este Parnis não me lembra em nada os Hublot.

Minha opinião:

Sem preconceito, não compro mais relógios japoneses, asiáticos, chineses, etc..., mas respeito muito quem usa, hoje por opção só compro mecânicos e suíços!

Já usei tecnhos, seiko, Magnum, e acho inclusive muito bonito alguns modelos, e até acho interessante os modelos que lembram algumas jóias... rsrs

Repudio não somente peças falsas (não existem copias autenticas), mas principalmente as pessoas que as usam, é muito melhor comprar um Japonês verdadeiro (Orient por exemplo) do que um Japonês falso (Rolexiii, Breililinnggg...);

Concluindo, tipo, quem quiser algo próximo de um Hublot, pode optar pelo Audemars Piguet...
 
20/01/13 - 11:36
  Quote  #23
Mensagem por Dorotheo
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Igshum.

Repudiar pessoas?
Muito forte isso.
Respeito cabe em qualquer lugar.
Ha diversas pessoas que usam réplicas e homenagens por falta de informação, seu comentário na minha visão é preconceituoso.
Sou contra réplicas e homenagens, como vários tópicos por mim escritos, agora sempre deixo claro, a decisão é pessoal e deve ser respeitada.
Abs.
 
20/01/13 - 17:05
  Quote  #24
Mensagem por Igshum
Local: Rio de Janeiro
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Quote: Originalmente postado por Dorotheo em 20/01/2013 11:36:46
Igshum.

Repudiar pessoas?
Muito forte isso.
Respeito cabe em qualquer lugar.
Ha diversas pessoas que usam réplicas e homenagens por falta de informação, seu comentário na minha visão é preconceituoso.
Sou contra réplicas e homenagens, como vários tópicos por mim escritos, agora sempre deixo claro, a decisão é pessoal e deve ser respeitada.
Abs.





Caro Dorotheo,

Explico o pq da repudia:

Primeiro que quando a pessoa usa alguma coisa falsa, ela esta alimentando um mercado negro;

Segundo, acho que usar uma peça falsa é tentar parecer algo que não é! É mais honroso usar um orient, champion ou qualquer outro japonês Legal, do que uma "copia autentica";

Se réplicas fossem legais seriam vendidas nas joalheiras e relojoarias como os relógios, e ainda tem gente que acha uma replica por $1000,00 e acha que esta fazendo um excelente negocio...

Não vejo nenhum preconceito em repudiar este tipo de atitude, como você mesmo disse, a decisão, ou opinião, é pessoal.

E reafirmo que minha opção pessoal hoje, é pelos suíços, repito, opção pessoal!

Abs,


 
20/01/13 - 17:13
  Quote  #25
Mensagem por Dorotheo
Local: CZS
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Quote: Originalmente postado por Igshum em 20/01/2013 17:05:18
Quote: Originalmente postado por Dorotheo em 20/01/2013 11:36:46
Igshum.

Repudiar pessoas?
Muito forte isso.
Respeito cabe em qualquer lugar.
Ha diversas pessoas que usam réplicas e homenagens por falta de informação, seu comentário na minha visão é preconceituoso.
Sou contra réplicas e homenagens, como vários tópicos por mim escritos, agora sempre deixo claro, a decisão é pessoal e deve ser respeitada.
Abs.





Caro Dorotheo,

Explico o pq da repudia:

Primeiro que quando a pessoa usa alguma coisa falsa, ela esta alimentando um mercado negro;

Segundo, acho que usar uma peça falsa é tentar parecer algo que não é! É mais honroso usar um orient, champion ou qualquer outro japonês Legal, do que uma "copia autentica";

Se réplicas fossem legais seriam vendidas nas joalheiras e relojoarias como os relógios, e ainda tem gente que acha uma replica por $1000,00 e acha que esta fazendo um excelente negocio...

Não vejo nenhum preconceito em repudiar este tipo de atitude, como você mesmo disse, a decisão, ou opinião, é pessoal.

E reafirmo que minha opção pessoal hoje, é pelos suíços, repito, opção pessoal!

Abs,







Concordo com 98%. Só acho repudiar palavra forte demais.
Abs.
 
20/01/13 - 18:18
  Quote  #26
Mensagem por Eremita
Local: Santo André
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Caro Dicbetts:

Vou me policiar para parar com um costume meu, cada vez mais frequente, de abordar questões em um fórum de relógios que não dizem respeito propriamente a relógios. Me desculpo com os demais colegas e com o moderador por isso.

No que diz respeito sobre o Mini Countryman, dou o braço a torcer. Embora só tenha chegado aqui em 2012, ele já era produzido na Europa desde 2010. Mesmo assim o Lifan entrou em produção 2 anos antes.
Quanto aos Cooper Wagon, fiz uma pesquisa no Google e só retornaram modelos 2 portas. Mesmo as peruas com carroceria de madeira tinham uma moldura parecida com o contorno de uma porta, mas elas não existiam, não eram funcionais. Se você puder me dar mais detalhes do modelo, eu agradeço, porque adoro esses carros antigos, ainda mais raros assim.
De qualquer forma, temos que convir que há uma diferença entre as peruas e o modelo 4 portas da mesma forma que, por exemplo, uma Parati não é o mesmo que um Gol 4 portas.

Mas o ponto que eu gostaria mesmo de esclarecer é que parece haver uma confusão entre direito autoral e design industrial nas suas colocações.
Os royalties da Cobra ou da Chamonix tem relação com a marca, não com design. Essas empresas optaram por vender réplicas de mesmo nome dos originais. Como a marca é imprescritível, paga-se pelo uso do nome Shelby ou Porsche Spyder, não pelo design dos mesmos.
Agora, por mais que possamos achar que os relógios sejam uma obra de arte, a questão do direito autoral não tem relação com eles. A própria lei faz essa ressalva. Textos, pinturas, esculturas, etc. são protegidas por um tempo bem grande, passam inclusive para os sucessores antes de cair em domínio público, como você meso disse.
Já a produção em escala industrial, como é o caso dos relógios, tem um regime próprio. O desenho industrial (forma plástica ornamental), ou seja, a identidade visual das peças produzidas tem exclusividade de fabricação pelo prazo máximo de 25 anos. Isso é a lei que diz, não eu. É, inclusive, protegido por mais tempo do que a própria invenção, cuja patente dura por 20 anos.
Isso quer dizer que eu, se quiser produzir um carro igual á Ferrari Testarossa com motor de fusca em escala industrial aqui no Brasil, estarei dentro do meu direito e não deverei nada a ninguém. Mas posso chamar de Ferrari para vender? Não, aí é ilegal.
Essa é a regra no Brasil. Na China, não sei nem se existe. Na Europa pode ser diferente. O que eu posso afirmar é que, no Brasil, a Lifan não fez nada de ilegal (a não ser o péssimo serviço de pós-venda, pelo que li), logo não há "fraudezinha" para a BMW choramingar.
Por fim, tecnicamente, não há "roubo físico" do mesmo modo que não há "roubo intelectual", nem implícito, nem explícito. Não se trata de conteúdo puramente artístico para que se possa alegar plágio (novamente é a Lei 9279/96 quem diz) e se você respeita os prazos legais para utilizar-se do desenho industrial que cai no domínio público, não comete crime algum.
E tudo isso pode ser tranquilamente transposto para o mundo orológico.
Em suma, copiar o design (não a marca, ok?) de um modelo com mais de 25 anos de produção não é crime.
Mas, por outro lado, acusar alguém de um crime que na verdade não cometeu é que pode gerar um processo por calúnia (mas calma, isso dificilmente irá acontecer ).

Agradeço pela oportunidade do debate.

Abraço!
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