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Técnica de Relógios e Relógios pretende trazer artigos voltados aos aspectos técnicos dos relógios, para aqueles que pretendam conhecer um pouco mais sobre esses complexos mecanismos.

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Audemars Piguet apresenta um novo escapamento
Por audemarspiguet.com
Para assistir a um vídeo de apresentação do Escapamento Audemars Piguet, clique no botão "Play" abaixo (clipe de alta qualidade; por favor, aguarde o carregamento):



Para a peça no. 5 de sua coleção Tradição de Excelência, lançada em uma edição limitada de 20 relógios em platina, a Audemars Piguet inova ao oferecer, em uma caixa oval Millenary, um calendário perpétuo de leitura linear equipado com um novíssimo escapamento de alta performance que dispensa lubrificação.



Representando um componente essencial do relógio - já que sua função é manter e "contar" as oscilações do órgão regulador (conjunto de balanço e mola espiral) - o escapamento sempre estimulou a inventividade dos relojoeiros. Um dos principais objetivos é reduzir a perda de energia a um mínimo e garantir uma ótima operação mesmo quando sujeito a impactos e mudanças de posição. Antes que o escapamento de âncora suíço atingisse sua atual posição dominante, os maiores gênios da horologia exploraram diversas soluções: o escapamento roda-de-coroa (crown-wheel), o escapamento de Graham (dead-beat), de 1718, o escapamento "detent" de Leroy (1748), o escapamento de âncora de Mudge (1759), etc. Em 1791, Robert Robin (1742-1799), antigo relojoeiro real oficial, inventou um novo tipo que combinava as vantagens do "detent" (alta eficiência) com aquelas do escapamento de âncora (operação mais segura). Apesar do princípio extremamente engenhoso, o escapamento de Robin não teve o futuro que merecia. Certos detalhes de sua geometria o faziam muito sensível a choques; de manufatura complexa, ele também exigia um nível de precisão na produção que em sua época não era tecnicamente possível.



Inspirada pelo mecanismo proposto por Robin, a manufatura Audemars Piguet desenvolveu um novo sistema de escapamento de impulso direto com numerosas vantagens. Diferentemente do escapamento de Robin, o sistema da AP é completamente resistente a choques. Para conseguir isto, os relojoeiros da manufatura desenvolveram um novo batente ("guard-pin") desenhado para prevenir quaisquer movimentos acidentais do "garfo".

Pelo seu conceito inovador e por sua excepcional performance, este novo escapamento representa uma mini-revolução no campo da mecânica horológica. Ele anuncia a nova geração dos movimentos da Audemars Piguet.



Comparado ao escapamento clássico de âncora suíça, o novo sistema da AP apresenta características técnicas superiores:

Dispensa lubrificação: isto é possível graças a sua distintiva geometria, o que facilita a sua manutenção e evita que o mecanismo seja "travado" pela graxa que resta após a evaporação do óleo.

Escapamento de batida única ("single-beat"): um único impulso corresponde a duas vibrações, derrubando as perturbações na marcha e aumentando em muito a eficiência.

Impulsão direta: a energia é transmitida diretamente do escapamento para o balanço, sem a necessidade de uma âncora, com isto reduzindo as perdas de energia.

Alta eficiência: em um movimento com escapamento de âncora suíço, este absorve 65% da energia. No novo sistema, isto é reduzido para 48%.

Excelente resistência a choques: o formato cuidadosamente projetado das diversas peças e seu estampado ultra-preciso garantem ótima segurança contra saltos acidentais ("tripping"(1)) ou "encavalamento" ("overbanking"(2)) do escapamento.

Ótima estabilidade a longo prazo: testes conduzidos nos últimos cinco anos demonstraram excelente estabilidade operacional.

Cronometria melhorada: o isocronismo do conjunto balanço-espiral pode ser ajustado movendo-se o ponto/ângulo de travamento em relação ao impulso transmitido ao balanço: a redução de perturbações mecânicas ao escapamento leva à melhoria da precisão do movimento.

(1) "Tripping": Significa o que ocorre quando há um salto acidental de dois dentes na movimentação da roda de escape. Isto faria com que a marcha fosse afetada naquele instante.
(2) "Bank" são os pinos (ou dependendo do desenho, as paredes) que limitam o movimento da âncora. Ou seja, ela deve oscilar entre eles.
"Overbanking" seria, portanto, quando por alguma razão há uma espécie de "encavalamento", ficando a âncora (ou aqui o próprio escapamento) momentaneamente “presa", travada.

Fonte: Audemars Piguet
Tradução: César Rovel - colaborou Alberto Ferreira
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