O México ama os relógios de luxo e os últimos números e rankings atestam: o México é o segundo maior mercado da América, o 16º. do mundo e o quarto em termos de crescimento.
A crise econômica mundial não se fez sentir no setor da alta relojoaria. Muito pelo contrário. As vendas dos relógios suíços topo de gama produzidos em 2007 foram espetaculares. E dos relatórios fornecidos pela Federação da Indústria Relojoeira Suíça, vê-se que a situação é ainda mais promissora em 2008. Naturalmente, o México não é uma exceção a essa tendência.
Internacionalmente, a indústria relojoeira suíça registrou um aumento de 16,2% em 2007 sobre o ano anterior, gerando vendas no valor de 16 bilhões de francos suíços. Números que confirmaram o que muitos analistas previam no ano passado: um período de recordes e crescimento sem paralelos. Maio de 2007 foi o único mês que não registrou crescimento de dois dígitos e Janeiro foi o único mês em que as exportações não superaram 1 bilhão de francos suíços. Este período de efervescência sem precedentes quebrou diversos recordes de vendas mensais e taxas de crescimento.
No topo destes números brilhantes, os prospectos para este ano não poderiam ser mais auspiciosos. Entre Janeiro e Julho de 2008, as exportações de relógios suíços cresceram 13,8%. Se compararmos ao mesmo período entre 2006 e 2008, a porcentagem sobe para 33,7%. Está claro que o mercado para relógios de alta qualidade não tem sido afetado pela quebra do crédito global ou pela crise do mercado imobiliário.
México, um jogador-chave entre os mercados emergentes
Mercados de diferentes países e regiões mostram tendências distintas. Hong Kong já superou os EUA como o principal mercado para as exportações de relógios suíços com um aumento de 20,4% de Janeiro a Julho de 2008, gerando negócios no valor de 1.570 milhões de francos suíços. Um aumento substancial com relação ao mercado americano que registrou um reduzido aumento de 2,6% com um valor de 1.412 milhões de francos suíços.
O México, com vendas de 128,6 milhões de francos suíços de Janeiro a Julho deste ano, está ranqueado como o 16º. maior comprador de relógios e a segunda maior presença na América. Entre 2006 e 2007 o México estava posicionado como o quarto maior mercado em termos de crescimento, tendo registrado um aumento de 27,7%. Números que colocam o México entre os mais importantes mercados emergentes para a indústria suíça de relógios. As taxas de crescimento entre nações emergentes colocam a Rússia como a líder (com aumento de 57,4% entre 2006 e 2007), seguida por China (43%), Emirados Árabes Unidos (36,6%), e México e Hong Kong (25%).
Em níveis regionais, o continente asiático mantém a dianteira em termos de vendas com 4,370 bilhões de francos suíços entre Janeiro e Julho de 2008. Uma liderança expressiva sobre a Europa – incluindo países pertencentes ao antigo bloco soviético -, que gerou vendas de 2,982 bilhões de francos suíços. Os números da América (1,803 bilhões de francos suíços) são dignos de nota se levarmos em conta que o continente abriga apenas 14% da população mundial, comparados aos 60% da Ásia e 11% da Europa.
Estes números positivos fornecem um contexto extremamente favorável ao II Salón Internacional de Alta Relojería México 2008. Um ponto de encontro para marcas, distribuidores, clientes e aficionados por relógios suíços. E é exatamente este o motivo da participação de muitas das maiores marcas de relógios do mundo no evento em que exibirão suas últimas criações, de 23 a 25 de Setembro, no Hotel Four Seasons na Cidade do México. Os participantes serão: A. Lange & Sohne, Audemars Piguet, Blancpain, Breguet, Cartier, Concord, Daniel Roth, De Grisogono, F.P. Journe, Franc Vila, Gerald Genta, Glashütte, Harry Winston, IWC, Jaeger-LeCoultre, Jaquet Droz, Montblanc, Villeret e Rieussec, Omega, Porsche Design, Roger Dubuis, Rolex, Tag Heuer e Tudor.
Segunda edição de um evento que reúne as mais prestigiosas marcas do mundo da alta relojoaria, em um importante centro do mercado latino-americano de luxo, o Salón fornece uma fabulosa oportunidade para se admirar os relógios em exibição, aprender mais sobre eles e mesmo para se adquirir um. As estrelas nunca estiveram tão auspiciosamente alinhadas.
O evento é organizado por Carlos Alonso, que também publica a revista especializada Tiempo de Relojes. O Sr. Alonso, um espanhol radicado no México, é uma figura respeitada no mercado, com peso suficiente para atrair pessoas como Giulio Papi, Gerald Roden, Jérôme Lambert e Stefano Macaluso para o próximo Salón.
A realização de um evento de tal magnitude no México, um país de população e economia semelhantes ao Brasil, nos faz refletir sobre a triste situação de nosso país com relação à sua absurda carga tributária. Um mercado que poderia ter pujança mundial, na verdade está relegado a um segundo plano.
Em um setor onde praticamente não há concorrência nacional, nossos impostos são um incentivo à aquisição, pelos mais abonados, de relógios de luxo no exterior. Com uma política fiscal mais sensata, as vendas internas seriam estimuladas, com um maior recolhimento de impostos e maior geração de empregos. Poderíamos então sonhar com a realização de eventos do nível do II Salón Internacional de Alta Relojería México 2008 em território brasileiro.
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