O Minute Repeater Resonance da Armin Strom é o primeiro relógio de pulso do mundo com um movimento que reúne sonnerie e ressonância!
O novo modelo, que a Armin Strom considera como sua segunda obra-prima, reúne duas refinadas complicações: a ressonância e a repetição de minutos. São dois movimentos independentes dispostos na posição vertical, com duas formas de ressonância (osciladores e propagação do som) e duas molas principais em um único tambor. Tudo isto desenvolvido por duas equipes de especialistas, a da Armin Strom (ressonância) e a da Le Cercle des Horlogers (repetição).
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O Minute Repeater Resonance foi inspirado no relógio centenário da Torre do Relógio de Berna, e foi produzido em série limitada de apenas 10 peças para celebrar o 10º aniversário da manufatura Armin Strom. A “Masterpiece 2” põe em grande destaque o fenômeno da ressonância e o mecanismo da repetição, mostrando toda a ação na parte frontal do mostrador.
Acionados por uma alavanca deslizante no lado esquerdo da caixa, dois martelos polidos à mão, dispostos às 11 e à 1 hora, tocam as horas e os minutos golpeando dois gongos curvos tridimensionais que rodeiam o submostrador de horas e minutos. Os martelos são harmonizados visual e tecnicamente por dois reguladores independentes, um para cada um dos dois movimentos, às 5 e às 7 horas.
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Com seus 47,7 mm de diâmetro, a caixa é suficientemente volumosa para permitir a propagação ideal do som. A escolha do titânio grau 5 contribui para uma ótima transmissão do som e máximo conforto de uso. Em outro recurso para melhorar o desempenho da repetição de minutos, os gongos são fixados diretamente à caixa.
Um sistema de segurança especialmente desenvolvido garante uma maior facilidade de utilização, protegendo o mecanismo de repetição de minutos dos danos acidentais que poderiam ser produzidos pelo bloqueio da operação ao se ajustar a hora ou dar corda ao relógio.
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Bem visível entre os dois órgãos reguladores está a mola de acoplamento da ressonância patenteada pela Armin Strom, peça fundamental do mecanismo de ressonância e resultado de três anos de intenso trabalho de pesquisa e desenvolvimento.
Sob um mostrador de safira praticamente invisível, os dois balanços que oscilam de forma sincronizada e os dois martelos que tocam a hora fazem do Minute Repeater Resonance um espetáculo inédito e incomparável da arte relojoeira, tanto para a visão como para os ouvidos.
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O exclusivo modelo é oferecido em uma edição limitada de 10 peças em titânio grau 5 que celebra o 10º aniversário da manufatura. Não serão produzidas mais edições no futuro.
A inspiração para o Minute Repeater Resonance
Para celebrar o 10° aniversário de sua manufatura completamente integrada, a Armin Strom decidiu criar uma obra-prima única no mundo que destacasse todo o savoir-faire da marca. Dominando o campo da ressonância, certificada pelo laboratório da marca, a escolha parecia óbvia, mas Claude Greisler, relojoeiro chefe da Armin Strom, queria algo mais: um relógio de grande complicação.
A inspiração para a repetição de minutos surgiu de uma fonte incomum: um relógio do século XVI montado sobre um campanário. A Armin Strom tem sua sede na cidade de Bienne, no cantão suíço de Berna, e Claude Greisler desejava homenagear esta região. A Torre do Relógio de Berna (Zytglogge) do século XIII é conhecida em toda a área: o relógio deste campanário não apenas foi o relógio principal da cidade durante mais de 500 anos, como também serviu como ponto de referência para medir as horas de marcha indicadas sobre marcos de pedra ao longo dos principais caminhos do cantão.
[center][/center] Foto Mike Lehmann, Mike Switzerland, via Wikimedia Commons
Supostamente, este campanário teria ajudado Albert Einstein a aperfeiçoar sua Teoria da Relatividade enquanto trabalhava no escritório de patentes de Berna.
O impressionante relógio da torre é animado por vários autômatos: quatro minutos antes da hora em ponto, um galo canta, um urso (o símbolo de Berna) dá voltas e um bobo da corte toma a liberdade de anunciar a hora com antecedência. Na hora em ponto (e nos quartos de hora), os carrilhões soam para que todos possam ouvi-los.
O desenvolvimento do Minute Repeater Resonance
A Armin Strom, como especialista em movimentos de ressonância, desejava colaborar com especialistas em sonnerie, e Claude Greisler conhecia a pessoa e a equipe perfeitas: seu velho amigo Alain Schiesser, fundador do Le Cercle des Horlogers (O Círculo dos Relojoeiros), com quem já havia trabalhado na Christophe Claret. Nos bastidores, Le Cercle des Horlogers já desenvolveu quase a metade das repetições de minutos lançadas por prestigiosas marcas relojoeiras Suíças nos últimos anos.
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A princípio previu-se que o mecanismo de repetição ocuparia sua posição tradicional na parte posterior do relógio, mas a equipe decidiu que ele merecia ser exibido no lado do mostrador juntamente com os reguladores ressonantes para que pudesse ser apreciado por todos, o que levou a numerosos desafios do ponto de vista técnico. Os movimentos tiveram que ser invertidos, com os pinhões de acionamento dos martelos das horas e minutos atravessando os dois calibres dispostos em posição vertical.
Devido às limitações de espaço, não havia lugar suficiente para alojar dois grandes tambores para as molas principais de cada um dos dois movimentos. Por isso, a Armin Strom criou um inovador tambor individual que leva em seu interior duas molas principais independentes, cada uma delas acionando seu próprio movimento.
A grande visibilidade das complicações também exigiu um cuidado especial por parte dos relojoeiros durante a montagem e regulação do relógio, já que um mínimo arranhão ou marca sobre as superfícies com belo acabamento manual ficaria à vista de todos. As pontes e as platinas esqueletizadas (uma especialidade da Armin Strom) permitem ver em profundidade o movimento, através do cristal de safira.
Embora a grande maioria das peças tenha sido produzida na manufatura Armin Strom, os gongos foram fabricados pela Le Cercle des Horlogers mediante um complexo procedimento que compreende mais de 30 passos diferentes, incluídos vários tratamentos térmicos. O processo exato é um segredo zelosamente guardado, mas diz-se que é muito similar ao que é utilizado para a produção dos gongos da Patek Philippe.
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Todos os componentes possuem um acabamento do mais alto nível, mas a nota especial é a gravação à mão com a técnica de “tremblage” das duas grandes pontes (galos) de ouro que suspendem os balanços.
Foi escolhido o titânio porque é o material perfeito para a transmissão do som e para assegurar que o relógio fosse relativamente leve e confortável ao usá-lo. Contudo, por tratar-se de um metal “frio”, esta frieza foi contrabalançada com o calor do ouro rosa em componentes do movimento e do mostrador.
A Ressonância
Buscando a acuracidade, a precisão e a estabilidade de marcha dos relógios, o uso da ressonância geralmente implica em utilizar dois movimentos independentes conectados entre si para permitir o ajuste preciso da distância entre os dois reguladores. A mola de acoplamento de ressonância da Armin Strom elimina a necessidade de um ajuste preciso da distância, garantindo, desta forma, um sistema ressonante muito mais fiável e eficiente, cuja sincronização não leva mais que 10 minutos. A ideia da ressonância manteve-se durante três séculos por uma boa razão, mas isto não significava que não fosse possível aperfeiçoa-la.
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A mola de acoplamento de ressonância patenteada pela Armin Strom é uma forma inovadora de atualizar um antigo conceito que, no final de contas, é a razão de ser da relojoaria: melhorar precisão e acuracidade.
Vale notar que o CSEM (Centro Suíço de Eletrônica e Microtécnica) certificou oficialmente o sistema de ressonância da Armin Strom, baseado na mola de acoplamento, como um autêntico sistema ressonante.
Mas o que é a ressonância, afinal?
Todo corpo em movimento transmite vibrações aos seus arredores. Quando outro corpo, com uma frequência de ressonância natural similar à do primeiro, recebe essas vibrações, absorve a energia daquele e começa a vibrar na mesma frequência por “simpatia”. Isto ocorre, por exemplo, quando um cantor profissional sustenta uma nota que faz vibrar um diapasão afinado na mesma frequência.
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Na relojoaria, o fenômeno do movimento sincronizado fascina os relojoeiros desde os tempos de Christiaan Huygens (1629-1695). Huygens, o inventor do relógio de pêndulo, foi o primeiro a descobrir a ressonância de dois relógios de pêndulo independentes. Presumia, pensando logicamente, que cada um deles acabaria indicando uma hora diferente. Contudo, quando os relógios estavam pendurados na mesma viga de madeira, seus pêndulos se sincronizavam. Pesquisas posteriores confirmaram que a viga comum de madeira acoplava as vibrações e produzia a ressonância. Os dois pêndulos funcionavam sincronizados, como se fossem um só. No século XVIII, Abraham-Louis Breguet demonstrou seu domínio da física ao criar um relógio de ressonância de duplo pêndulo.
Um impacto externo que reduz a velocidade de um dos pêndulos aumenta a velocidade do outro na mesma proporção; contudo, ambos tendem a pôr-se novamente em ressonância, compensando e reduzindo os efeitos da influência externa e recuperando seu ritmo. O que valia para os relógios de Huygens e Breguet ainda vale para o relógio de pulso da Armin Strom.
A ressonância oferece três vantagens:
1) tem um efeito estabilizador sobre a medição do tempo (maior precisão);
2) conserva a energia (como um ciclista profissional que corre “no vácuo” de outro que vai à frente);
3) reduz os efeitos negativos sobre a precisão da cronometria causados por perturbações externas (como um impacto sobre o eixo do balanço), e isto por sua vez estabiliza a marcha e aumenta a precisão.
Embora as vantagens da ressonância sejam conhecidas há séculos, muito poucos relojoeiros utilizaram com êxito este fenômeno para criar seus relógios, entre eles, Antide Janvier, Abraham-Louis Breguet e François-Paul Journe. E, agora, a Armin Strom.
Sobre a Armin Strom: a sociedade de Serge Michel e Claude Greisler
Serge Michel e Claude Greisler nasceram no mesmo ano e foram criados na pequena Burgdorf (15.000 habitantes), onde Armin Strom, famoso por seu domínio da técnica de esqueletizado, tinha sua oficina e relojoaria.
[center][img]http://www.relogioserelogios.com.br/images/noticias/3648/ArminStrom_RR_6.jpg[/img][/center] Serge Michel e Claude Greisler
Enquanto Serge estudou marketing, Claude estudou relojoaria em Solothurn e Le Locle. Em 2007 criaram a marca Armin Strom, com o objetivo de perpetuar o legado do relojoeiro. A empresa passou da produção exclusiva de relógios esqueletizados à mão ao desenvolvimento da manufatura que existe atualmente.
A Armin Strom é uma manufatura relojoeira completamente integrada verticalmente, onde é produzida a grande maioria dos componentes do movimento, com exceção do escape e da espiral.
Movimento de manufatura a corda manual calibre Armin Strom ARR18, criado em colaboração com Le Cercle des Horlogers
Sistema regulador com dois órgãos reguladores independentes conectados por uma mola de acoplamento de ressonância patenteada
Pontes dos balanços em ouro rosa
Reserva de marcha: 96 horas
Dimensões: 39,40 x 11,35 mm
Frequência: 25.200 aph (3,5 Hz)
408 componentes, 51 rubis
Indicação de horas e minutos descentrados, repetição de minutos
Caixa
Em titânio grau 5
Diâmetro: 47,7 mm
Altura: 16,10 mm
Estanqueidade: 3 atm (30 metros)
Cristal de safira e fundo da caixa com tratamento antirreflexos
Alavanca deslizante de acionamento da repetição no lado esquerdo
Mostrador
Transparente com efeito fumê
Ponteiros e índices em ouro rosa polido
Pulseira
Em couro de aligátor cinza-escuro com fecho de báscula de aço inoxidável
Preço
380.000 Francos Suíços, sem impostos
Artigo originalmente publicado na Revista Pulso ed. 124, Set/Out 2019