Em 4 de Outubro de 2007, a Jaeger-LeCoultre inaugurou sua Galeria Heritage. No coração da moderna Manufatura, no mesmo lugar onde o fundador da empresa Antoine LeCoultre estabeleceu sua primeira oficina, em 1833, uma inovadora cenografia destaca 500 soberbos objetos horológicos. Todos eles desenvolvidos e produzidos pela marca. Estão incluídas obras-primas tecnológicas, ícones e centenas de diferentes movimentos mecânicos.
Em uma noite intimista, a Jaeger-LeCoultre recebeu amigos com um caloroso discurso de Jérôme Lambert, CEO da Jaeger-LeCoultre, seguido por um show de luzes e imagens da Manufatura desde sua fundação, projetados na fachada do prédio histórico. Então, a atriz francesa Carole Bouquet elegantemente cortou a cortou a faixa inaugural e juntou-se aos convidados. Os presentes foram então convidados a visitar a Galeria Heritage.
O cantor alemão Ute Lemper conferiu ainda mais glamour à noite com uma “performance” especial durante o jantar de gala realizado nos pátios da Manufatura, entre as oficinas históricas e modernas da Grande Maison.
A Manufatura não perdeu a oportunidade de revelar suas últimas criações. O evento foi a “premiere” mundial de uma edição limitada, o Jaeger-LeCoultre Master Grand Tourbillon, apresentado com um momento em pedra recuperada durante o trabalho de renovação da oficina de Antoine LeCoultre para a Galeria Heritage.
A coleção única da Galeria Heritage é exibida pela Jaeger-LeCoultre em vitrinas que evocam um movimento de relógio, em vidro e couro. Os visitantes ficarão fascinados pela visão de uma imponente parede curva de vidro medindo 5,4 metros de largura por 4,7 metros de altura. Esta parede transparente contém uma extraordinária coleção de movimentos com 300 diferentes calibres que emergiram das oficinas da Manufatura de 1833 até hoje.
O segundo setor da Galeria Heritage abrigará diversas exposições temporárias por ano, dedicadas às últimas criações da marca. Mas, para marcar a inauguração da Galeria, a primeira exposição focará os documentos que relacionam a fundação da Jaeger-LeCoultre ao contexto histórico do Vallée de Joux. A partir de um documento de 1559 que registra o estabelecimento do primeiro LeCoultre no Vallée de Joux ao nascimento da Manufatura, a exibição destacará o extraordinário destino relojoeiro deste vale remoto com invernos intermináveis, no qual o espírito de invenção tem sido sempre o pré-requisito básico para a sobrevivência.
Algumas estrelas da Galeria Heritage
O relógio de bolso Grande Complicação (1928)
A partir de 1870, a Manufatura especializou-se em calibres complicados. Nos trinta anos seguintes, seus relojoeiros criaram 99 diferentes calibres repetidores e 128 diferentes cronógrafos, incluindo 32 equipados com mecanismos “split-seconds” e 42 com contadores. Os primeiros modelos Grandes Complicações datam dos anos 1890.
Os visitantes da Galeria ficarão especialmente fascinados por uma excepcional peça feita em1928. A caixa em ouro amarelo 18 K com lateral em esmalte azul emoldura um mostrador com aberturas que revelam o Calibre LeCoultre 17JCSMCCRVQ. Este espetacular feito da micro-mecânica apresenta um repetidor de minutos, um cronógrafo com contador e “split-seconds”, um calendário perpétuo indicando o dia, a fase e idade da lua e o ciclo de anos bissextos. Seu número de inventário é 161.
Reverso retratando uma mulher indiana (1936)
Em 1931, com a sua caixa que gira, o Reverso foi uma resposta de sucesso ao desafio proposto por oficiais do exército britânico na Índia, que desejavam um relógio capaz de suportar os choques de uma partida de pólo.
Provando ser muito mais que um mero relógio esportivo, ele logo ganhou uma clientela refinada e cosmopolita e tornou-se um clássico Art Deco. Hoje, ele ainda expressa os valores essenciais deste movimento artístico, incluindo pureza estética, arte com trabalho manual e perfeição técnica dedicada ao prazer de seu usuário.
Entre os muitos Reverso exibidos na Galeria Heritage, os visitantes poderão admirar o mais antigo Reverso conhecido, personalizado com uma miniatura esmaltada em seu verso. A lenda conta que este relógio único foi encomendado por um marajá e que a miniatura retrata uma linda mulher cuja identidade permanece desconhecida até os dias de hoje.
Características: pintura em esmalte no fundo. Calibre Jaeger-LeCoultre 410, caixa em ouro amarelo 18K. Número de inventário 23.
Joaillerie 101 (1938)
Em 1929, a “Grande Maison” do Vallée de Joux inventou o menor movimento de relógio do mundo, o Calibre 101. Medindo meros 14 x 4,8 x 3,4 mm, ele compreendia 74 peças e mal pesava um grama.
Produzido em séries bastante limitadas desde sua criação, o Calibre 101 atravessou décadas sem que seu recorde fosse quebrado. Ele atualmente abriga 98 peças que apenas um pequeno grupo de relojoeiros é capaz de montar e ajustar.
A Galeria Heritage apresentará diversos relógios equipados com o Calibre 101, desde a sua origem até os dias de hoje, incluindo uma obra-prima de 1938 que associa a beleza de diamantes com uma virtuosa exibição de horologia.
Características: O menor movimento mecânico do mundo. Calibre Jaeger-LeCoultre 101, ouro branco 18K, decorado nas laterais. 63 diamantes baguetes, totalizando aprox. 12,34 quilates. Número de inventário 1222.
Relógio de bolso Lépine com o mais fino calibre do mundo (1907)
A marca Jaeger-LeCoultre nasceu do encontro de dois homens. Em 1903, o relojoeiro parisiense Edmond Jaeger convidou manufatureiros suíços a produzir uma pequena série de movimentos ultrafinos que ele tinha inventado.
Determinado a responder ao desafio, Jacques-David LeCoultre, neto do fundador da LeCoultre & Cie, apaixonou-se por este projeto. A subseqüente cooperação entre eles gerou uma impressionante coleção de movimento ultrafinos simples e complicados.
Entre eles estava o Calibre LeCoultre 145, desde 1907 o mais fino em sua categoria com apenas 1,38 mm de espessura. Ele foi produzido em uma pequena quantidade por mais de meio século.
Características: O mais fino relógio de bolso do mundo. A caixa foi chamada de “faca”. Calibre LeCoultre 145. Ouro amarelo 18K. Número de inventário 314.
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