Com 166 anos de tradição, a Patek, situada em Genebra, é uma das poucas manufaturas de relógios independentes. Isso significa que a marca responde pelo desenvolvimento de todas as etapas do processo da fabricação artesanal, do desenho à produção de mecanismos, passando pela montagem e manutenção dos componentes de seus relógios que levam, em média, seis meses para serem produzidos. Nesse ritmo de aliar com precisão o melhor da tecnologia suíça e a arte do feito à mão, a produção da Patek equivale a 1% da produção total da relojoaria suíça.
Thierry é a quarta geração de Charles Stern que comprou, em 1932, a manufatura fundada por Antoine de Patek e François Czapek, e se prepara para herdar o comando dos negócios da família. Depois de estudar na Escola de Comércio de Genebra, Escola de Relojoaria, também de Genebra, e de passar alguns anos morando na Alemanha e nos Estados Unidos, período em que teve chance de conhecer os mais variados aspectos da fabricação e comercialização de relógios, assumiu o departamento de desenvolvimento e criação da Patek, de 1998 a 2003, tornando-se em seguida vice-presidente da companhia.
A Patek tem uma história antiga com o Brasil. Foi aqui, mais precisamente no Rio de Janeiro, que o então relojoeiro Carlos Gondolo e seu sócio Paulo Laboriau, deram uma contribuição tão importante para o crescimento da marca na América Latina que acabaram emprestando o sobrenome para uma linha de relógios. De 1903 a 1914, Gondolo, que tinha sede na Rua do Ouvidor, desenvolveu uma estratégia de vendas absolutamente original: ele criou um clube de compradores, que tinha como princípio a compra por cotas semelhante ao que conhecemos hoje com o nome de consórcio. Os sócios reuniram 180 compradores e em menos de dois anos conseguiram a proeza de vender 180 relógios em cotas de 10 francos. Rapidamente a Gondolo & Laboriau se tornou o maior cliente da manufatura suíça, a ponto de estimular a empresa a produzir em larga escala as séries de cronômetros 12, 18, 20, 21 e 22, unicamente para ele. Hoje, a marca é representada em todo o Brasil, com exclusividade, pela joalheria H.Stern.
Patek Philippe lança quatro novos relógios com a H.Stern
Gondolo 5111
O novo modelo é inspirado no espírito Art Deco, numa referência ao período em que o artesanato tradicional e o design de vanguarda davam origem a peças de excepcional qualidade artística. O modelo demonstra o compromisso da marca de reinventar relógios de formas retangulares, criados nos anos 30 e 40. De estética atemporal, o modelo masculino combina elegância com design e tecnologia inovadores. Tem versões em ouro amarelo, rosa e branco.
Preço: R$ 47.600,00 (ouro amarelo)
Preço: R$ 51.800,00 (ouro branco/rosa)
Gondolo Calendário anual 5135
É o mais recente modelo complicado da Patek. Com calendário anual, o relógio só deve ser acertado em fevereiro (mês que identifica anos bissextos ou não). Nos demais meses o relógio se acerta sozinho quanto à questão dos 30 ou 31 dias e tem mostrador das fases da lua. Tem uma sofisticada tecnologia para um movimento mecânico mais eficiente e reserva de marcha e 45 horas.
Preço: R$ 100.000,00 (ouro amarelo)
Preço: R$ 109.000,00 (ouro branco)
New Golden Elipse 3738
A reinterpretação da linha clássica, criada em 1968, mantém o formato elíptico da caixa - exclusividade da marca -, sintetizando as formas matemáticas perfeitamente equilibradas do círculo e do retângulo. É uma verdadeira assinatura da Patek. Há versões com mostrador grafite e ouro branco e com mostrador chocolate com ouro rosa.
Preço: R$ 47.600,00 (ouro amarelo)
Preço: R$ 51.800,00 (ouro branco/rosa)
Aquanaut Luce
Uma reinvenção do estilo casual chic para mulheres modernas e ousadas, que compõe a extensão da coleção Aquanaut em aço com diamantes. O modelo mais esportivo, que levou dois anos para ser desenvolvido, tem caixa em formato octogonal com pulseira de borracha branca hipoalergênica e desenho em alto relevo, tanto na pulseira e no mostrador. O nome Luce, luz em italiano, faz alusão ao brilho das pedras. É resistente a água (60m).
Preço:R$ 33.400,00
Breve histórico Patek Philippe
Em 1839 dois exilados poloneses Antoine de Patek e François Czapek se associaram e fundaram sua empresa de relógios na Suíça. Juntos, produziram 1.120 relógios. Seis anos depois, Czapek deixou a sociedade para criar sua própria empresa e Patek se juntou ao francês Adrien Philippe, o inventor do sistema de corda para relógios de pulso que dispensavam o uso de chave. Philippe patenteou sua invenção, que é exatamente a mesma usada nos relógios de pulso, a corda, dos dias de hoje. Atualmente a Patek coleciona mais de 100 patentes e continua funcionando como um ateliê de relógios, exatamente como quando foi criada, produzindo poucas unidades por ano e fazendo-as uma a uma, artesanalmente. Enquanto isso, mesmo na Suíça, a maior parte dos fabricantes mundiais de relógios tornaram-se "montadoras", com produção de peças terceirizadas em diversas partes do mundo.
Clientes famosos
A Patek Philippe tem e teve muitos clientes famosos, normalmente reis e rainhas, presidentes e chefes de Estado. A empresa não divulga nomes de atuais clientes, mas sabemos quem foram alguns deles no passado. Albert Einstein, por exemplo, encomendou um modelo de bolso especial, com números reforçados (maiores do que o normal, como se estivessem "em negrito") para compensar sua deficiência visual. A rainha Vitória, o czar Alexandre II, os compositores Tchaikovsky e Wagner, o banqueiro John Rockfeller e o ator Clark Gable também usaram Patek.
Museu Patek Philippe
O museu Patek Philippe, aberto ao público desde junho de 2001, foi montado próximo à sede da empresa, em Genebra, na Suíça. Nele estão expostos diversas coleções de relógios antigos, incluindo a coleção pessoal de Philippe Stern, atual presidente da Patek, que dedicou sua vida à compra de exemplares de relógios nunca antes mostrados ao público. Não se sabe ao certo quantos exemplares conseguiu reunir, e o Museu até hoje mantém esse segredo como um atrativo adicional. São cerca de 1500 relógios raros que contam a história da relojoaria mundial.
|