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Delegados à conferência de Washington, de 1884. Cruls deve ser o quarto a contar da direita, na primeira fila
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Luiz Cruls
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Representação da passagem do Meridiano de Greenwich, no Real Observatório de Greenwich
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O Brasil na Conferência de Washington de 1884

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O Brasil na Conferência de Washington, de 1884, e as questões do Meridiano Zero e dos Fusos Horários – I

Por Fernando Correia de Oliveira*

As redes de estradas de ferro e telegráficas, surgidas quase ao mesmo tempo, a partir da segunda metade do século XIX, “encurtaram” o Tempo e obrigaram à sua coordenação, primeiro em escala nacional, depois continental, por último em âmbito mundial.

Qualquer ponto no globo pode ser localizado através de duas coordenadas. A latitude é uma delas – é objetiva, mede-se através da grandeza do ângulo que o local faz em relação ao Equador (ao Norte ou ao Sul dele). Já a longitude, será sempre uma convenção, contada a partir de uma linha imaginária, traçada de polo a polo. Fica assim a saber-se onde começa o Ocidente, ou o Oriente.

Houve vários meridianos de referência ao longo da história, e os Portugueses, sendo os que cavalgaram os primeiros e decisivos passos da globalização geográfica, usaram nos seus mapas uma linha que passava a leste da Ilha do Ferro. Com a ascensão do poder marítimo britânico, e com o peso científico do Observatório de Greenwich, a norte de Londres, a linha meridiana que passa por ele começou a ser usada por quase todo o mundo. A França, rival eterna dos ingleses, quis impor o Meridiano de Paris como zero de longitude, mas fracassou. Ligada à questão da longitude esteve sempre a da hora (o meio-dia solar médio de um país era o do seu meridiano de referência, o meridiano nacional).

Com a necessidade de coordenação de tempos, especialmente devido às redes continentais e transnacionais de trens, surgiu a um canadense a ideia de dividir o globo em 24 gomos, correspondendo a cada um uma hora e os equivalentes 15 graus. A leste do meridiano de Greenwich, cada gomo ou fuso deveria acrescentar uma hora. A Oeste, deveria diminuir uma. Mas muita discussão ocorreu até que o sistema de fusos horários, que nos rege atualmente, tivesse entrado em vigor.

Há 126 anos, ocorria uma Conferência Internacional, em Washington. Em Outubro de 1884, astrônomos e diplomatas das várias potências políticas e marítimas reuniam-se, com o objetivo de fixar um meridiano de referência e um Dia Universal. Portugal, convidado, não se fez representar, mas o Brasil, além de estar presente, até foi eleito Secretário dos trabalhos.

Os delegados à Conferência, mediante convite enviado pelo Governo dos Estados Unidos a todos os países com quem mantinha relações diplomáticas, iam procurar fixar um meridiano comum, a ser empregue como zero de longitude e como padrão de tempo para todo o globo.

A conferência teve início a 1º de Outubro de 1884, do Salão Diplomático do Departamento de Estado.

Estavam presentes representantes do Império Austro-Húngaro, Colômbia, Costa Rica, França, Alemanha, Grã-Bretanha (incluindo a Índia e o Canadá), Guatemala, Hawaí, Itália, Japão, México, Paraguai, Rússia, São Domingos (República Dominicana), Salvador (El Salvador), Espanha, Suécia, Suíça, Estados Unidos, Venezuela e Brasil. Tinham confirmado a presença, mas não estiveram na primeira sessão, os representantes do Chile, Dinamarca, Libéria, Holanda e Turquia.

Na sua maioria, os delegados presentes estavam ligados aos respectivos Observatórios Astronômicos, como era o caso do Brasil – Luiz Cruls, Diretor do Observatório Astronômico Imperial do Rio de Janeiro.

Estava também presente, incluído na representação norte-americana, aquele que era considerado como o pai da ideia dos Fusos Horários e de um meridiano zero de referência universal, o canadense Sanford Fleming, que falava em nome do domínio do Canadá.

Uma das primeiras tarefas foi eleger um Presidente da Conferência. A escolha unânime recaiu sobre o Contra-Almirante C. R. P. Rodgers. Disse ele aos conferencistas que os Estados Unidos estavam particularmente interessados na questão do meridiano de referência, já que o país cobria 100 graus de longitude, estendendo-se desde 67 graus e 52 minutos a Oeste de Greenwich até 166 graus e 13 minutos a Leste dessa linha, no limite extremo do Alasca, e sem contar com as ilhas Aleutas. “Atravessado, como é, por linhas de estradas de ferro e telegráficas, e dotado de observatórios; dotado de uma linha de costa com 12 mil milhas; com vasto comércio interno e externo, a sua delegação à Conferência não tem qualquer desejo de pressionar para que um meridiano de referência seja achado dentro das suas fronteiras”.

Pouco mais se adiantou nesse primeiro dia, a não ser que os trabalhos seriam transcritos em duas línguas – Inglês e Francês.

A 2 de Outubro, com a presença dos mesmos delegados, foram eleitos como Secretários da Conferência os delegados da Grã-Bretanha, General Strachey; da França, O Sr. Janssen, Diretor do Observatório de Física de Paris; e do Brasil, Luiz Cruls.

Numa das primeiras das muitas votações que ocorreram na Conferência, o delegado da França, Sr. Lefaivre, embaixador em Washington, opôs-se a uma posição defendida pelos Estados Unidos, a de que peritos convidados pudessem falar aos delegados, influenciando assim as suas decisões.

O Brasil toma desde cedo uma posição de alinhamento face à posição francesa, atitude que mantém durante toda a conferência.

Numa das raras intervenções que fez, Cruls esclarece nesse dia que o seu Governo o tinha autorizado a tomar parte nas discussões, mas que não estava de modo nenhum autorizado a comprometer o seu Governo na adoção de qualquer proposta em particular quanto ao Meridiano de referência e ao Tempo padrão.

A 6 de Outubro ocorre a terceira sessão, de novo com a presença de Luiz Cruls, que aliás não faltará um único dia.

Numa importante intervenção, o delegado da Grã-Bretanha, Sir F. J. O. Evans, da Marinha Real, faz notar que havia, nessa altura, quatro grandes observatórios astronômicos no mundo – os de Paris, Berlim, Greenwich e Washington, podendo o Meridiano Zero passar por qualquer um deles.

A partir daí, as várias intervenções que se seguiram dos delegados da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos passaram a defender Greenwich como a melhor opção. Um argumento de peso é lançado: mais de 70 por cento de toda a navegação marítima mundial já então usava nas suas cartas esse meridiano como linha de referência.

Recorda-se depois que, ao longo dos séculos, os vários países tinham decretado os seus próprios meridianos zero – Portugal foi certamente um dos primeiros, pois a saga dos Descobrimentos obrigou à produção de portulanos e outras cartas de navegação, onde a longitude se marcava a partir de uma linha que passava pela ponta mais oriental da Ilha do Ferro, depois adotado pela Espanha, França ou Holanda. “Os próprios Estados Unidos também cederam a essa tentação nacionalista de decretar um meridiano zero a cair dentro das suas fronteiras, fizemos isso há 35 anos”, reconheceu o delegado norte-americano.

Mas, se para efeitos de navegação, 70 por cento do tráfego marítimo usava cartas com Greenwich como meridiano zero, já as tábuas astronômicas usadas pela maioria dos astrônomos eram francesas, usando o meridiano de Paris como referência, faziam notar os delegados franceses.

Fazendo valer a primazia da França na padronização mundial de pesos e medidas (o metro, o quilo, etc.), achavam os franceses e seus aliados, Brasil incluído, que também aqui deveria prevalecer, para cálculo de longitude e para referência de Tempo universal, o meridiano que passava pela capital francesa.

Outras soluções de compromisso – como um meridiano zero que passasse no arquipélago dos Açores ou no Estreito de Bering – foram sendo apresentadas, na tentativa vã de se achar um “meridiano neutro”, mas as posições concentraram-se cada vez mais entre os adeptos de Paris e os de Greenwich. Até porque, num ponto, todos estavam de acordo – o meridiano de referência, fosse ele qual fosse, deveria passar por um Observatório Astronômico de reconhecidos méritos.

A 13 de Outubro ocorre o 4º dia da sessão de trabalhos.

Sandford Fleming, o homem que tinha reformulado o tempo coordenado nas estradas de ferro canadenses, primeiro, e norteamericanas, depois; e que tinha a ideia de dividir o mundo em 24 faixas de 15 graus cada, correspondendo cada uma a uma hora igual, convencionada, faz então mais uma importante intervenção.

Mostra dados referentes às marinhas mercantes. Um total de 37.663 navios, com o equivalente a 14,6 milhões de toneladas (65 por cento do total de navios e 72 por cento da tonelagem), usavam o meridiano de Greenwich. Seguia-se o de Paris, com 5.914 navios e 1,7 milhões de toneladas (10 por cento dos navios, 8 por cento da tonelagem); Cádiz (Espanha), Nápoles, (Itália); Cristiania (Dinamarca); Ferro (Canárias); Pulkova (Rússia), Estocolmo (Suécia); Lisboa (491 navios, 164 mil toneladas); Copenhague (Dinamarca); Rio de Janeiro (253 navios, 97 mil toneladas) e outros seguiam-se por ordem decrescente de grandeza.

“O Meridiano de Greenwich é usado por 72 por cento do comércio marítimo mundial, com os restantes 28 por cento a serem divididos entre outros dez diferentes meridianos nacionais”, faz notar Sandford Fleming. O canadense propõe que futuros mapas sejam feitos com o meridiano zero a ser o ante-meridiano de Greenwich, que passa pelo Pacífico, passando assim a ser “neutro”. Mas a hipótese é desde logo descartada, pois a ser aprovado, esse meridiano faria com que a mudança de dia e data passasse a ser no coração da Europa…

É então que Cruls faz a sua grande intervenção em toda a Conferência. Diz ele:

“Meus senhores. Desde o início desta discussão que vozes mais autorizadas do que a minha – entre elas a do honorável Sr. Sandford Fleming, Delegado da Grã-Bretanha, que acaba de expressar a sua opinião sobre a questão – têm sido ouvidas sobre o importante assunto que agora estamos a debater, e para o qual deveríamos encontrar uma solução plena e final. Os vários aspectos da projetada reforma – isto é, a unificação da longitude, que muitos interesses internacionais recomendaram à nossa atenção – parecem-me terem sido examinados, e isso liberta-me da tarefa de voltar a pegar em pormenor na questão, permitindo-me resumir em muito as considerações que julgo ser meu dever apresentar, a fim de explicar o meu voto. Até o momento presente concordamos num ponto, cavalheiros, e ele é de grande importância; ou seja, na necessidade de se adotar um meridiano de referência comum. Este ponto tem obtido o apoio de todos os Delegados presentes na Conferência. Sendo reconhecida esta necessidade, é apropriado dar outro passo em direção à solução do problema que se nos apresenta, e decidir que meridiano deverá ser esse. É esta escolha, cavalheiros, que neste momento preenche as nossas discussões, e sobre a qual temos que decidir.

O meu honorável colega, Sr. Rutherfurd, o Delegados dos Estados Unidos, apresentou uma moção propondo a adoção do meridiano de Greenwich, uma moção que é apresentada de novo, tendo sido retirada temporariamente da nossa discussão, com o consentimento do proponente. A moção que foi apresentada na última sessão, e que constituiu o tema de muitas discussões interessantes, é feita pelo meu honorável colega, Sr. Janssen, Delegado da França, que propõe que o meridiano adotado deva ter um caráter neutro, e não deverá atravessar quaisquer dos grandes continentes da Europa e da América. Esta proposta, cavalheiros, teve a forte resistência dos Delegados da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos, e foi fortemente defendida pelos Delegados da França, e os debates que se seguiram deram-nos a oportunidade de estar presentes num debate científico de grande interesse. Os oradores que tivemos a honra de escutar parecem-me ter esgotado todos os argumentos a favor e contra, e no atual estádio da discussão, presumo, estes debates permitiram a cada um de nós formar, com total conhecimento de causa, uma opinião sobre a questão a que somos chamados a votar.

Pela minha parte, cavalheiros, desejo declarar claramente qual a atitude que o Brasil, em minha opinião, deve tomar nesta Conferência. Essa atitude deverá ser de absoluta neutralidade, sendo que a questão é a de se escolher um meridiano nacional, o que pode provocar em certas nações algumas rivalidades bem legítimas. Do ponto de vista dos interesses do Brasil, a escolha de um meridiano em detrimento de qualquer outro não me suscita qualquer tipo de consideração. Os nossos mapas locais estão desenhados de acordo com o meridiano mais próximo, o do observatório do Rio de Janeiro, que é o ponto de partida das operações geodésicas ou hidrográficas em curso no Brasil, e que estão todas ligadas ao mesmo meridiano. As cartas marítimas de costa mais em uso são resultado dos trabalhos hidrográficos executados pelo Comandante Mouchez, agora almirante e diretor do observatório de Paris. Quanto à determinação telegráfica da longitude do observatório do Rio, devemo-la à Comissão Americana, dirigida pelo Comandante Green, da Marinha dos Estados Unidos. Agora, cavalheiros, até o dia em que esta Conferência se reuniu pela primeira vez, tinha a esperança de que estas discussões se fizessem sob influência de uma rivalidade generosa, e tendo como único objetivo o estabelecimento de uma medida, a necessidade da qual é fortemente sentida por muitos interesses de natureza diversa, e que isso levaria a uma solução completa e final do problema. Infelizmente, e lamento ter que dizê-lo, as divergências de opinião que se manifestaram neste Congresso permitem apenas uma vaga esperança de que tal aconteça. Pela minha parte, cavalheiros, não posso perder de vista o fato de que é indispensável que a questão pela qual este Congresso está reunido deva produzir um acordo completo; senão, o propósito do Congresso não será atingido. Dado que os Delegados da França manifestaram desde o início da nossa discussão a sua oposição à adoção de qualquer meridiano que tenha um caráter nacional, o que levou à moção apresentada pelo Sr. Janssen, segue-se que qualquer medida votada pelo Congresso, tendente à adoção de um meridiano nacional, será, pelo simples fato da abstenção da França, uma medida incompleta, e que não responderá ao propósito da Conferência. Devo acrescentar, a fim de evitar interpretações erradas das minhas palavras, que seria o mesmo se, por exemplo, o meridiano de Paris fosse proposto, e qualquer grande nação marítima, como a Inglaterra, os Estados Unidos, ou qualquer outra, se abstivesse de votar a sua adoção. Nesse caso, também, a medida adotada seria incompleta, e nesse caso, também, a minha linha de conduta seria a mesma.

Resumindo, diria que os grandes benefícios que todo o mundo receberá da adoção de um meridiano de referência comum não se produzirão completamente a menos que a medida seja unanimemente aceita por todas as nações marítimas mais importantes. Em qualquer outro caso, estou, do meu lado, absolutamente convencido de que a medida adotada será parcialmente ineficaz, não sendo a sua aprovação geral, e tudo terá que ser de novo feito num futuro não distante. As discussões a que temos assistido provam-me abundantemente que sempre será assim, desde que o meridiano de uma grande nação seja proposto. Em face desta dificuldade, que me parece intransponível, a única solução que, pela sua natureza intrínseca, não levantará questões excitadas de orgulho nacional, é a de um meridiano que tenha um caráter absolutamente neutro. Se a adoção de tal meridiano for admitida em princípio, estou certo de que uma discussão baseada em ciência pura, e seguindo as melhores condições que se possam imaginar, nos conduzirá rapidamente a um acordo prático quanto à questão.

Em tal discussão o argumento que deveria prevalecer seria, antes de tudo, o delineado pela ciência, a única fonte de verdade, que só ela nos pode iluminar, e que nos permite formar um juízo sólido, e decidir apenas segundo as considerações de natureza puramente científica.

Acrescentando a estas considerações, não ignoro que há outras. Refiro-me às questões da economia, que devem ser tomadas em consideração. Quanto aos interesses políticos, se é que há alguns, os nossos iminentes colegas que representam com tanto denodo o elemento diplomático nesta assembleia verão que eles têm o peso que devem ter, e, graças a esta assembleia de homens distintos, uns em ciência outros em diplomacia, há todas as razões para ter esperança de que uma solução prática final da questão que estamos a procurar resolver não estará longe de se tornar clara a todos nós através das discussões que se seguem.

Além disso, esta solução prática parece-me já seguir aquilo que o nosso honorável colega, Sr. Janssen, nos disse sobre o assunto. O princípio do meridiano neutro, uma vez adotado, levará em seguida à discussão das condições em que ele preencheria totalmente a sua missão, e à determinação da sua localização. Duas coisas devem ser consideradas – ou o meridiano passará totalmente sobre o mar, e então, pela sua própria natureza, será neutro, ou ele cortará alguma ilha, e nesse caso nada impediria uma convenção diplomática internacional, tornando neutro o pedaço de terra no qual desejavelmente seria construído um observatório, o que na realidade seria um pormenor de somenos. Destas duas soluções, ambas satisfazendo as condições que um meridiano deve preencher no seu caráter de neutralidade e obedecendo aos requisitos da ciência, eu prefiro a segunda. Desejo apenas sugerir com aquilo que disse que será possível chegar a uma solução prática da questão, dado que agora estou apenas a falar da adoção do princípio de neutralidade do meridiano.

Concluo, cavalheiros, declarando que votarei a favor da adoção de um meridiano com caráter de absoluta neutralidade, e faço-o na esperança de contribuir com a minha parte para dar às nossas resoluções um tal caráter de independência necessário para as tornar geralmente aceitáveis no futuro, e unir em seu apoio, agora, homens de ciência sem distinção de nacionalidade, que aguardam agora a nossa decisão”.

Seguiu-se uma intervenção do Professor Janssen, onde este frisou que o seu colega brasileiro, astrônomo como ele, tinha resumido bem a sua posição.

Seguiu-se a votação sobre “um meridiano inicial com caráter de absoluta neutralidade”, que não passasse nem na Europa nem na América.

Apenas a França, o Brasil e São Domingos (República Dominicana) votaram a favor. As outras 21 delegações presentes votaram contra.

Quem era Luiz Cruls? Como acabou o Congresso de Washington? E quando é que o Brasil adotou o meridiano de Greenwich e o sistema de fusos horários? Estes são temas que ficam para a próxima crônica.



*Jornalista e investigador do Tempo, da Relojoaria e da evolução das mentalidades a eles ligadas (http://sites.google.com/site/fernandocorreiadeoliveira)
 
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