Jean-François Mojon e a equipe de criação da Chronode
O criador do Opus X e modelos em plástico das suas engrenagens planetárias
Clique nas imagens para visualizar as ampliações
Harry Winston Opus X
segunda-feira, 12 de julho de 2010
No ano de 2001, a Harry Winston Timepieces apresentou a magnífica Série Opus – uma iniciativa criativa então inédita na indústria relojoeira, com o objetivo de reconstruir e redesenhar a medição do tempo. Desde então, o novo modelo Opus é sempre é uma das mais aguardadas criações no Salão Baselworld, na Suíça.
Ao estabelecer parcerias com os mais reverenciados relojoeiros independentes da indústria, cada modelo Opus reflete uma jornada de colaboração e inovação sem precedentes, resultando em um relógio absolutamente original, que nenhum dos parceiros poderia ter imaginado sozinho.
Fiel ao DNA da Harry Winston Timepieces, a inovação técnica é impecavelmente retrabalhada e refinada em cada peça. Com a utilização dos mais finos materiais, as tecnologias relojoeiras são exploradas ao extremo para criar uma expressão do tempo inovadora e abstrata.
A forma do tempo
Com o Opus X, apresentado em Baselwoorld 2010, a coleção completa 10 anos de contínua inovação.
Inspirado pelos movimentos planetários e o “continuum” espaço-tempo, o Opus X captura a forma e a dimensionalidade do tempo através da rotação síncrona de módulos circulares.
Substituindo um mostrador fixo tradicional e os ponteiros dos relógios, a hora é exibida em um sistema de indicadores rotativos montados sobre uma moldura rotatória. Com este sistema foi apresentado um novo desafio técnico, pois, como a moldura está em permanente rotação, os mostradores de cada indicador devem girar na direção oposta, assegurando que a orientação dos mesmos permaneça constante em qualquer posição.
Lembrando a mecânica celeste do sistema solar, o movimento a corda manual funciona com um trem de engrenagens planetárias, consistindo de uma roda solar, rodas-satélite e a moldura. Os indicadores de horas, minutos, segundos, bem como o segundo fuso horário, ficam sobre as rodas-satélite individuais, que orbitam ao redor da roda “solar” central.
Cada indicador possui uma leve inclinação, permitindo que os mostradores sigam a curvatura da caixa, ao mesmo tempo assegurando a fluidez da rotação. A moldura é conduzida separadamente de modo a completar uma rotação completa em 24 horas.
Buscando a coerência de todo o design, o indicador das 72 horas de reserva de marcha opera com um trem de engrenagens planetário especial, no qual o diâmetro da roda satélite é igual ao raio da roda da coroa, resultando em uma indicação linear. A regulação do balanço de duplo apoio e as pontes chanfradas aumentam a estabilidade e a funcionalidade da reserva de marcha. Um fundo transparente exibe toda a precisão geométrica e a beleza do acabamento do movimento.
Moderna e pura, a caixa de 46 mm de diâmetro em ouro branco foi desenhada sem um aro, o que adicionou mais luz e transparência ao design. Fixado diretamente à caixa, o cristal de safira arredondado amplia e visibilidade geral do dinâmico mostrador.
Dentro da tradição colaborativa da coleção Opus, os nomes de ambos os parceiros – Harry Winston e o engenheiro relojoeiro Jean-François Mojon – estão gravados sobre o fundo da caixa. Ampliando os extremos da inovação e desafiando a percepção do tempo, o design resultante é uma realização totalmente original que é a essência da Série Opus.
A colaboração com Jean-Francois Mojon
Fascinado pela engenharia desde muito cedo, Jean-François foi introduzido à relojoaria através de seu pai, que trabalhava na área técnica do ramo relojoeiro.
Após receber seu diploma em engenharia e microtecnologia em Le Locle. Mojon entrou para a indústria trabalhando em pesquisa e desenvolvimento de movimentos e novas complicações para diversas marcas relojoeiras internacionais, incluindo Swatch Group e IWC.
Em 2005, ele estabeleceu sua própria empresa, a Chronode SA. Especializada no desenvolvimento de movimentos complicados, a empresa está baseada em Le Locle, na Suíça. O coração histórico da relojoaria Suíça, este epicentro industrial constitui uma encruzilhada da tradição relojoeira e da moderna inovação – o lugar perfeito para dar continuidade à experiência Opus.
Com o Opus X, Jean-Francois Mojon se une a um seleto grupo de relojoeiros, do qual fazem parte nomes como François Paul Journe, Antoine Preziuso, Vianney Halter, Christophe Claret, Felix Baumgartner, Greubel Forsey, Andreas Strehler, Frederic Garinaud, Jean Marc Wiederrecht & Eric Giroud.
Nomes que fazem da Série Opus uma das mais aclamadas coleções da alta relojoaria moderna.
Opus X – Características técnicas
O Opus X possui um movimento mecânico com corda manual constituído de 472 peças, cujas funções são as indicações do tempo através de módulos para horas, minutos e segundos, montados sobre uma plataforma.
Esta plataforma apresenta um movimento contínuo e completa uma rotação a cada 24 horas.
A indicação de um segundo fuso horário se dá por uma seta amarela, na periferia do mostrador; no fundo da caixa existe um indicador linear de reserva de marcha de 72 horas.
A caixa de ouro branco possui um diâmetro de 46 mm e é resistente à água a 30 metros.
O modelo, a ser editado em uma série de 100 peças, é complementado por uma pulseira de couro de jacaré preto com fecho de ouro branco.
Publicado originalmente na Revista Pulso no. 68, Maio/2010