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Livro da manufatura, com registro do "Escapamento Colombo"
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Cronômetros de Marinha Zenith
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Jean-Louis Etienne, embaixador Zenith, e Jean-Frederic Dufour, CEO Zenith, no Meridiano Zero, em Greenwich
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Festa de lançamento do Zenith Cristóvão Colombo, na Queens' House, em Greenwich
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O Real Observatório de Greenwich
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O Meridiano Zero, em Greenwich

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Zenith Cristóvão Colombo

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Com este sofisticado modelo, em homenagem a Cristóvão Colombo, o audaz explorador que foi o primeiro capaz de enfrentar o oceano a mar aberto ao invés de margear os litorais, a Manufatura Zenith apresenta com orgulho um dos seus maiores feitos relojoeiros, resultado de mais de cinco anos de intenso desenvolvimento.




A decisão de dar a este relógio o nome de Cristóvão Colombo está na natureza deste modelo ultracomplexo, que intenta resolver um dos principais desafios que enfrentou este intrépido marinheiro e que segue obcecando a indústria relojoeira atual: conseguir realizar medições precisas com instrumentos sujeitos a um movimento constante que prejudica a sua exatidão.

Com a intenção de alcançar Cathay (China), o intrépido navegante Cristóvão Colombo se pôs rumo a Oeste (ao invés de rumo a Leste, como faziam todos seus contemporâneos), não imaginando que sua viagem o levaria ao inesperado descobrimento do Novo Mundo.

O nome com o qual batizou o relógio não é apenas uma homenagem a um dos maiores aventureiros da história: é também uma herança histórica, já que a Zenith criou um movimento de cronômetro Lépine em princípios do século XX, com um escape que chamou de “Escape Colombo”. Este cronômetro de 20 ½’’’ foi premiado pelo Observatório de Neuchâtel, que lhe concedeu 3 primeiros prêmios, e pelo Observatório de Kew Teddigton, do qual recebeu um “Class A certificate especially good”.


Manter a precisão apesar de todas as dificuldades

Aproximadamente um século após as arriscadas proezas de Cristóvão Colombo, a navegação marítima melhorou de forma substancial graças à invenção de uma bússola de bordo com “suspensão de cardã”, um tipo de junta universal que permite que o eixo gire quando está desalinhado. Este sistema resultou ser particularmente útil para manter estáveis determinados instrumentos que eram vitais para a sobrevivência no mar, inclusive quando o barco balançava ao sabor das ondas.

O matemático Girolamo Cardano, que no século XVI deu nome a este engenhoso sistema, embora sem reivindicar a sua invenção, a descreveu de forma detalhada e, segundo parece, se inspirou em uma liteira confeccionada para o imperador Carlos V que incluía um engenhoso sistema que eliminava as inclinações do terreno, garantindo assim uma posição sempre horizontal e estável ao imperador, mesmo quando o carregador tropeçasse!

O sistema de suspensão de cardã, posteriormente incorporado nos cronômetros de marinha, é agora a fonte de inspiração dos engenheiros da Manufatura Zenith que buscaram desenhar um movimento capaz de compensar os efeitos negativos da gravidade na precisão deste relógio de pulso. Embora o turbilhão seja destinado especialmente para este fim com relação aos relógios de bolso verticais, os relógios de pulso variam constantemente de posição, o que requer uma abordagem totalmente distinta.

Como é sabido que manter o órgão regulador na posição horizontal permite que o balanço alcance a maior amplitude possível, o que melhora notavelmente a precisão, a Manufatura Zenith decidiu assegurar que o órgão regulador e o escape estivessem permanentemente nesta posição.

Logicamente, isto era mais simples na teoria do que na prática, já que é muito difícil manter na horizontal um relógio de pulso durante as diferentes atividades cotidianas (como dirigir) ou esportivas (como jogar golfe ou navegar).

Aplicar isto a um movimento que, além de contar com outras complexas características, possui uma cadência excepcionalmente elevada de 10 alternâncias por segundo, ajuda a explicar o porquê da necessidade de 5 anos para se poder apresentar um dos maiores feitos do ofício relojoeiro dos últimos tempos. Alguns números refletem a extrema complexidade desta tarefa, já que esta ousada complicação consta de 166 componentes, enquanto um turbilhão conta normalmente com 66 peças. O resultado é o primeiro relógio de pulso cuja marcha é completamente independente dos movimentos do usuário.


Um exterior nobre para abrigar um prestigioso mecanismo

O movimento Academy 8804 com 45 rubis, 36.000 alt/h, corda manual e uma reserva de marcha de 50 horas, apresenta um sistema giroscópico único que assegura uma perfeita posição horizontal do órgão regulador. Este sistema se compõe de uma jaula dotada de 166 componentes, 10 rodas de engrenagens cônicas (6 rodas esféricas) e 6 rolamentos de esferas.

Quanto à caixa de 45 mm de diâmetro, existe a possibilidade de se escolher entre o ouro branco, rosa ou amarelo, e está dotada de cristal de safira arqueado antirreflexos em ambos os lados, com o sistema giroscópico em seu próprio “domo” de cristal de safira.

O mostrador, claramente legível, possui uma decoração guilloché com motivo “Grain d’Orge”. O submostrador de horas e minutos está situado às 12 horas, descentrados, no lado oposto da jaula giroscópica, enquanto que o pequeno segundeiro está situado às 9 horas e a reserva de marcha em um segmento que se estende das 2 às 4 horas.

Os ponteiros facetados são de aço azulado, assim como os marcadores numéricos e horários aplicados. Finalmente, este elegante modelo com um interior revolucionário é completado com uma pulseira de couro de crocodilo e um triplo fecho de báscula de ouro 18 quilates.


Especificações técnicas


Referências:

• 18.2210.8804/01.C631
• 65.2210.8804/01.C630
• 35.2210.8804/01.C631

Edição limitada e numerada de 25 unidades, em ouro branco, rosa ou amarelo


Movimento

• Academy 8804, a corda manual
• Um sistema giroscópico único que garante uma perfeita posição horizontal do órgão regulador
• Jaula giroscópica dotada de 166 componentes, 10 rodas de engrenagens cônicas (com 6 rodas
esféricas) e 6 rolamentos de esferas
• Rubis: 45
• Frequencia: 36.000 alt/h – (5 Hz)
• Reserva de marcha: 50 horas


Funções

• Horas e minutos descentrados às 12 horas
• Módulo giroscópico autorregulado às 6 horas
• Pequeno segundeiro às 9 horas
• Indicador de reserva de marcha às 3 horas


Caixa, mostrador e ponteiros

• Material: Ouro branco, rosa ou amarelo (18 quilates)
• Diâmetro da caixa: 45 mm
• Cristal e fundo da caixa: Cristal de safira quadrangular com tratamento antirreflexos em ambos lados com guarda-pós que sobresalen e cobrem o módulo giroscópico
• Resistência à água: 3 atm
• Mostrador: Prateado arredondada com motivo guilloché “Grain d’Orge” com “Clou de Paris” reto no contador do pequenos segundos
• Índices e números: Laqueados em negro
• Ponteiros: Aço inoxidável azulado


Pulseira e fecho

• Pulseira: Couro de crocodilo
• Fecho: triplo fecho de báscula de ouro 18 quilates



Um pequeno complemento para os apreciadores da tecnologia

A precisão nominal de um relógio clássico varia segundo a sua posição. A gravidade atrai os componentes do escape, que não operam exatamente do mesmo modo, variando segundo a direção na qual são atraídos. O atrito entre os distintos componentes também é diferente e a amplitude do balanço pode ser alterada, tanto em um sentido como no outro. A posição ótima para um escape é a posição horizontal, já que o balanço consegue a maior amplitude possível, pois a gravidade é perpendicular aos componentes e, portanto, não altera sua rotação.

A necessidade de se melhorar a precisão dos relógios de navegação conduziu à invenção dos cronômetros de marinha, onde todo o movimento está montado em um cardã e permanece horizontal apesar dos movimentos da embarcação. Este era o único modo de alcançar uma precisão cronométrica que permitisse medidas de posição fiáveis no mar, comparando o meio-dia solar local com a hora do meridiano de Greenwich, por exemplo. Quando a produção de relógios de bolso mais precisos ganhou maior importância, não foi possível empregar o mesmo método, já que isto significaria colocar no bolso um grande mecanismo de 50 mm.

Levando-se em conta que um relógio de bolso permanece normalmente na posição vertical, com a tige se inclinando para a direita ou para a esquerda, inventou-se o turbilhão. Este sistema não evita as alterações relacionadas com a posição, mas as compensa ao longo dos 4 eixos verticais a cada minuto. Como o relógio não se move muito, está ajustado segundo este sistema de compensação concreto. Não obstante, como mencionamos anteriormente, a posição vertical do balanço não é a mais favorável.

Com a chegada dos relógios de pulso, as posições do relógio se diversificaram, incluindo posições com o mostrador horizontal para cima ou para baixo. Os turbilhões clássicos seguem corrigindo 4 das 6 posições e melhoraram sua precisão, embora de maneira parcial. Os turbilhões ou giroturbilhões inclinados são capazes de compensar o erro acumulado em mais posições, mas não em todas, e não estão na posição horizontal por muito tempo. Assim, a única alternativa que restava era adaptar a melhor solução, ou seja, o escape horizontal, ao relógio de pulso.

Para evitar que o mecanismo acabasse se tornando demasiado grande, foi montada em um cardã apenas a parte mais sensível às variações de posição, que deste modo se beneficia de uma posição horizontal mais ou menos constante, assim como de um ligeiro efeito giroscópico que estabiliza o balanço. Foi então necessário encontrar um sistema que permitisse que ambas as partes do mecanismo (a que segue a posição do pulso e a que está montada no cardã) permanecessem perfeitamente coordenadas.

O sistema “0G” patenteado pela Zenith consegue, de maneira extremamente elegante, esta perfeita coordenação. Neste sistema, um conjunto de engrenagens aproveita as rotações dos eixos da gaiola e uma engrenagem diferencial inversora compensa de maneira instantânea todos os movimentos relativos dos diferentes elementos.

A cadência de giro das engrenagens que marcam o passo do tempo na parte conectada aos movimentos do pulso é transmitida pelo escape situado na gaiola, que busca constantemente o ponto de equilíbrio, determinado pela gravidade. Se o relógio é movido de tal maneira que a gaiola se põe a girar sobre seu eixo, o sistema de coordenação compensará esta rotação e os ponteiros seguirão indicando a hora correta de manera imperturbável, sem importar a velocidade ou direção desta rotação.

Por todas estas razões, a Manufatura Zenith considera este sistema como a máxima evolução em comparação com os sistemas de turbilhão existentes.
 
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