Métiers d’Art – Les Univers Infinis - Uma visão diferente sobre o tempo e a arte
A coleção Métiers d’Art da Vacheron Constantin foi enriquecida no SIHH com a série Les Univers Infinis, inspirada no trabalho do artista holandês Maurits Cornelis Escher.
A Vacheron Constantin busca há mais de 250 anos a valorização do patrimônio cultural. Os Métiers d’Art da marca conectam as épocas, perpetuando artesanatos muitas vezes esquecidos e procedentes de tempos remotos. Os relógios da coleção Métiers d’Art situam-se em uma encruzilhada entre passado, presente e futuro e cristalizam os desafios humanos que forjaram e continuam a alimentar os conhecimentos e as técnicas de geração em geração.
A pintura, a gravura, a escultura e as artes decorativas em geral são outros dos tantos universos nos quais o homem, o seu talento e a sua personalidade traçam um estreito vínculo com o tempo. A coleção Vacheron Constantin Métiers d’Art representa perfeitamente a profunda ligação da manufatura com a cultura. Os relógios Métiers d’Art – Les Masques lançados em associação com o Museu Barbier-Mueller, bem como as séries Métiers d’Art – Chagall & l'Opera de Paris e Métiers d'Art - La Symbolique des Laques proporcionam a sua própria contribuição a uma visão do tempo que não poderia brilhar sem a mão do homem.
A série Métiers d'Art – Les Univers Infinis, a nova ilustração desta alquimia, nasceu com a intenção de prestar uma homenagem à criatividade e proporcionar um novo rosto à Alta Relojoaria: gráfico e contemporâneo, produto da união entre a matemática e a estética.
Inspirada na técnica do revestimento periódico – chamada “tesselação” – e em um dos trabalhos do artista holandês Maurits Cornelis Escher, a coleção “Métiers d’Art – Les Univers Infinis” reúne vários ofícios artísticos da manufatura - esmaltação, engaste, gravura e “guillochage”.
Os mostradores apropriam-se das noções de geometria, de simbolismo e de movimento, sugerindo assim uma justaposição de universos até o infinito.
Foi realizado um minucioso trabalho nos matizes das cores para que os seus tons se combinem harmoniosamente e permitam desta forma o entrecruzamento de temas sem que um tenha destaque sobre o outro. O resultado é excepcional e apela à emoção: as técnicas tradicionais de revestimento reinterpretam a técnica do mosaico seletivo em um incrível efeito hipnótico.
Calibre 2460, movimento mecânico automático
No interior destes três relógios bate o calibre 2460, movimento mecânico de carga automática, avalizado pelo prestigiado Selo de Genebra. Integralmente desenvolvido e fabricado pela Vacheron Constantin, além de uma total fiabilidade apresenta também acabamentos manuais feitos na mais pura tradição da Alta Relojoaria de Genebra.
Ângulos polidos e flancos estirados, platina perolada conforme as regras do ofício, acabamentos Côtes de Genève nas pontes e massa oscilante de ouro gravada (guilloché) com o elegante motivo do Vieux panier, tudo isso visível através do fundo de safira da caixa.
Relógio Colombe: gravura, esmalte champlevé, guillochage e engaste
Inspirado em um desenho de Maurits Cornelis Escher, o mostrador do relógio Colombe mostra um voo de pombas realçado pelas prestigiosas artes da Alta Relojoaria: gravura, esmalte “Grand Feu”, engaste e “guillochage”, ligadas como as tesselações que se unem para formar juntas uma belíssima decoração.
A caixa do relógio, entalhada em ouro branco, é realçada por um fino aro que permite a máxima abertura do mostrador. Esta caixa, com elegantes ponteiros recortados, abriga uma obra de arte que nasce das mãos de quatro mestres artesão da manufatura.
Primeiro o gravador, que começa a desenhar o contorno das pombas sobre uma base do mostrador em ouro amarelo, para depois entalhá-las, ou seja, gravar o motivo, antes que o esmaltador preencha as cavidades assim formadas. Operação minuciosa que requer uma total precisão, dado que a simetria repetitiva do desenho não tolera nenhuma falha.
Posteriormente, chega a vez do esmaltador. A gama infinita de cores e matizes provém dos diversos óxidos que podem associar-se ao esmalte e da combinação entre eles. Cabe ao artesão criar e escolher a harmonia perfeita dos tons, os quais, fixados com fogo, produzirão esse violeta resplandecente. O esmaltador termina ao aplicar um esmalte translúcido sobre as aves violetas. Optou por um esmalte opalescente para os seus congêneres brancos, de forma que os motivos aparecem gravados com um efeito de profundidade surpreendente.
Uma vez finalizada a esmaltação, o engastador realça uma das pombas. Os diamantes escolhidos pelo seu brilho e a sua pureza ressaltam o encanto da ave em pleno voo, atraindo os olhos à sua luz cristalina.
Finalmente entra em cena o “guillocheur”, mestre do relevo, para acentuar o efeito de profundidade do mostrador. É muito pouco frequente que a “guillochage” de uma peça esmaltada seja realizada na última etapa, devido à sua dificuldade extrema. O especialista usará o tempo necessário para cortar pacientemente o material, dando assim vida às pombas.
Relógio Poisson: “guillochage” e esmaltação “cloisonné”
Sutis matizes de azul e cinza em um claro-escuro perfeitamente controlado no desenho de um cardume de peixes unidos uns aos outros. Este relógio da coleção Métiers d'Art - Les Univers Infinis, nascido da união da guillochage e da esmaltação cloisonné, inspira-se também em uma obra de Escher.
O corte foi realizado sobre uma base do mostrador em ouro branco, com os olhos dos peixes cuidadosamente gravados. O guillocheur forma motivos simétricos de um décimo de milímetro com perícia extrema e verdadeira sensibilidade artística. Curvas paralelas acentuam a cabeça, o rabo e as barbatanas enquanto o corpo é coberto de escamas reluzentes.
O esmaltador contorna os motivos com um fio de ouro fino, formando os alvéolos que delimitam as diferentes zonas de cores. Esta técnica é o que se chama esmalte “cloisonné”. O esmalte é depois depositado em cada uma das cavidades e cozido, operação que o artesão deve repetir várias vezes para intensificar a cor. Ao último cozimento segue-se uma “lapidage” – polimento destinado a por os fios dos compartimentos no mesmo nível do esmalte, e uma “glaçage” (acetinagem) – aplicação de uma camada de verniz que proporcionará ao mostrador todo o seu brilho.
Relógio Coquillage: gravura e esmaltação champlevé
Conchas e estrelas-do-mar formam um jardim marinho ocre e luminoso, sobrevoado por ponteiros do tipo esqueleto, leves e esbeltos. As conchas e as estrelas-do-mar, enredadas entre si, formam um círculo fascinante no qual a luz destaca os detalhes das suas anatomias.
O mostrador deste relógio “Métiers d’Art – Les Univers Infinis”, realizado com as técnicas da gravura e do esmalte champlevé, é da mesma forma inspirado na obra de Escher.
Em um primeiro momento, o gravador traça sobre o mostrador o desenho das conchas com uma ponta seca, depois esvazia os campos, protegendo os contornos para criar uma gravura em relevo: é a chamada técnica champlevé.
Posteriormente, chega a vez do esmaltador que assenta os esmaltes nas cavidades antes de os queimar no forno a uma temperatura entre 800 e 850oC. São necessárias várias passagens pelo fogo para a realização de tal trabalho, que é finalizado com uma lapidage - polimento, e uma glaçage - acetinação com verniz. O gravador dá o seu toque final ao gravar a superfície das estrelas-do-mar. A técnica do esmalte champlevé requer que ambos os artesãos trabalhem com uma autêntica cumplicidade criativa para conseguir um resultado final perfeito, pois a menor discordância pode pôr em perigo a obra.
Arte da “tesselation” ou “tesselação”: o domínio do espaço
A arte da “tesselação” – ou mosaico - cuja origem remonta aos confins da Antiguidade – tem sido cultivada nas civilizações e nas culturas orientais. As tesselas, da palavra latina “tessela”, com as quais se designava as pedras de calçamento ou as telhas, são pequenos quadrados que se encaixam entre si para formar uma decoração que preenche um espaço sem deixar vazios. Indubitavelmente, foram os árabes que deram a esta técnica a sua nobreza entre os anos 700 e 1500, já que a religião islâmica proíbe a representação de seres vivos ou de qualquer objeto real. Com a passagem do tempo, estas decorações foram reproduzidas nos objetos de cerâmica, nas tapeçarias, nos tapetes, nas esculturas de madeira ou no vidro pintado, entre outros suportes.
A arte da tesselação também foi de interesse para os matemáticos que reconhecem na mesma uma expressão artística da sua ciência e lógica. Arquimedes estava entre eles: o célebre cientista grego do século I A.C. estudou o revestimento geométrico, da mesma forma que o astrônomo Johannes Kepler, o qual, em 1619, apresentou na sua obra Harmonice Mundi, certo número de mosaicos poligonais. Um dos mais célebres artistas contemporâneos desta arte é Maurits Cornelis Escher. O seu trabalho deu à luz conceitos matemáticos abstratos.
Maurits Cornelis Escher: a geometria artística
Desenhista e gravador holandês (1898-1972), Maurits Cornelis Escher erigiu a sua obra sobre um jogo sutil com a arquitetura, a perspectiva e as noções de espaço. Associando a imaginação com uma perfeita execução, converteu-se em mestre na arte de brincar com os sentidos visuais e a razão, de inventar novas representações espaciais e mundos que só existem nas superfícies planas.
Das suas viagens pela Espanha voltou com a paixão pela técnica do mosaico após ver notáveis exemplos nos azulejos mouriscos da Alhambra de Granada ou da Mesquita de Córdoba. Os mosaicos e a sua simetria mostram como uma superfície pode dividir-se e encher-se com figuras similares, contíguas umas às outras, sem deixar espaços vazios. Assim é como Maurits Cornelis Escher interpreta, descreve e classifica de forma exaustiva os diferentes modos de justapor os motivos.
Este trabalho empírico provocou a admiração e o desfrute dos cientistas cristalógrafos e físicos. A sua obra, dotada de um importante componente matemático, situa-se na fronteira entre a arte e a ciência. A possibilidade de substituir as formas geométricas abstratas por motivos e desenhos figurativos converter-se-ia para o artista em uma autêntica paixão e uma fonte de inspiração infinita.
Métiers d’Art – Les Univers Infinis - Ficha Técnica
Referências
86222/000G-9774 (Relógio Colombe)
86222/000G-9689 (Relógio Poisson)
86222/000G-9685 (Relógio Coquillage)
Mecanismo
Calibre mecânico automático 2460 SC, desenvolvido e fabricado pela Vacheron Constantin, portador do Selo de Genebra
Diâmetro do movimento de 26,20 mm (11 linhas ¼), espessura de 3,60 mm, 182 componentes, 27 rubis. Frequência de 4Hz (28.800 Alternâncias/hora)
Indicações de horas, minutos e segundos centrais, reserva de marcha de aproximadamente 40 horas
Caixa
Em ouro branco 18K, com 40 mm de diâmetro, 8,90 mm de espessura, fundo em cristal de safira. Estanqueidade a uma pressão de 3 atm (equivalente a aproximadamente 30 metros de profundidade)
Mostrador
Em ouro 18 K
Relógio Colombe: guilloché à mão e esmaltagem champlevé sobre fundo gravado – uma pomba com 40 brilhantes engastados de aproximadamente 0,08 quilates
Relógio Poisson: guilloché à mão e esmaltagem cloisonné
Relógio Coquillage: gravura e esmaltagem champlevé
Pulseira
Couro de aligátor preto, de grandes escamas quadradas, costurada à mão com costura de seleiro.
Fecho
Fivela de ouro branco 18K, em meia Cruz de Malta polida
A edição, limitada a 20 peças para cada modelo, numeradas individualmente, estará disponível apenas nas boutique exclusivas da Vacheron Constantin.
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