O mais fino Cronógrafo Rattrapante Monopulsante com Calendário Perpétuo já construído
Os cronógrafos com rattrapante Patek Philippe pertencem, com justiça, ao prestigioso âmbito das Grandes Complicações, ao qual figuram igualmente as repetições de minutos, os “Turbilhões”, os calendários perpétuos e os relógios com funções astronômicas.
Alojando em uma mesma caixa um cronógrafo com rattrapante e um calendário perpétuo, a referência 5951P figurou entre as novidades mais fascinantes do salão Baselworld 2010.
A criação deste modelo envolvia o desafio de deixar o movimento o mais fino possível. O calibre base da Patek Philippe, CHR 27-525 PS, já era o mais fino movimento de cronógrafo “split-seconds” com roda de colunas produzido, então era de se esperar que o módulo de calendário perpétuo fosse igualmente discreto. Uma tarefa ainda mais árdua, dado o pequeno diâmetro do movimento: 27,3 mm.
Mas a manufatura conseguiu construir um módulo de calendário que, além de proporcionar a data, o dia, o mês, o ciclo de anos bissextos, a indicação dia/noite e as fases da Lua, mede apenas 2,05 mm de altura, o que somado à altura total do movimento propriamente dito, tem uma espessura total de apenas 7,3 mm. Esta nova obra-prima da relojoaria mecânica se impõe assim como o movimento de cronógrafo rattrapante com calendário perpétuo mais fino já criado pela manufatura.
Um calendário perpétuo com indicação das fases da Lua
O resultado destas inovações é um módulo de calendário perpétuo com fases lunares, que aloja seus 148 componentes dentro de um espaço de apenas 27 mm de diâmetro e 2,05 mm de espessura. Além do ciclo lunar, o mecanismo se encarrega de ativar um calendário por ponteiro, bem como as indicações do dia, mês, dia e noite e o ciclo de anos bissextos em aberturas.
Este módulo foi especialmente criado para o movimento de cronógrafo com rattrapante CHR 27-525 PS lançado em 2005, e forma com este último o novo calibre CHR 27-525 PS Q. Dada sua alta complexidade, este calibre é fabricado exclusivamente à mão e de forma unitária. Entre suas particularidades figura um contador de 60 minutos acionado pela roda “canon” passando pela minuteria – uma engenhosa construção que contribui de forma decisiva ao perfil extraplano do movimento.
As rodas do cronógrafo naturalmente apresentam os perfis dentados patenteados pela Patek Philippe que incrementam o rendimento, reduzem o atrito e aumentam a segurança de funcionamento quando o cronógrafo está ativado. O balanço Gyromax de dois braços e oito contrapesos, dotado de uma espiral Breguet, oscila a 21.600 alternâncias/hora (3 Hertz). Os três modos do cronógrafo (acionamento, parada e volta a zero) são ativados por meio de apenas um botão alojado na coroa, e a medida dos tempos intermédios (“rattrapante”) é feita mediante um botão retangular posicionado às 2 horas.
O mecanismo Calibre CH R 27-525 PS Q a corda manual possui um total de 400 componentes e 27 rubis. A reserva de marcha é de 48 horas. A coroa, de duas posições, quando apertada realiza a corda do mecanismo; extraída, permite o ajuste da hora.
Elegância e legibilidade
O desenho do mostrador representava também um enorme desafio, já que devia reunir em uma superfície limitada um mínimo de doze informações: três ponteiros para as horas, minutos e segundos do tempo civil, três ponteiros para as funções do cronógrafo com rattrapante, um ponteiro para a data, assim como as aberturas correspondentes ao dia, mês, ciclo de anos bissextos, fase da Lua e à indicação dia/noite.
A referência 5951P cumpre sua missão perfeitamente, graças a um mostrador clássico na cor negra, circundado pelo trilho de minutos aplicado, rápido e fácil de ler apesar do grande número de informações.
Na posição das 12 horas encontra-se a abertura das fases lunares, que oferece uma indicação muito precisa das informações, registrando uma variação de somente um dia, com relação ao ciclo lunar verdadeiro, ao longo de um período de 122 anos. A indicação das horas e dos minutos é feita mediante ponteiros centrais do tipo “folha” de ouro branco e índices “bastão” aplicados.
As indicações relativas à medida dos tempos curtos sobressaem de imediato graças aos ponteiros vermelhos do tipo “flecha”, enquanto que os finos extremos dos ponteiros do cronógrafo e do rattrapante apontam para uma escala que segue exatamente o contorno do aro de forma “coussin”.
O mostrador auxiliar do calendário por ponteiro está posicionado às 6 horas. A sua esquerda está flanqueada pela pequena abertura redonda correspondente à indicação dia/noite e a sua direita pela abertura do ciclo de anos bissextos – que excepcionalmente não aparecem indicados mediante números romanos, mas sim com numerais arábicos que realçam o estilo masculino e moderno deste relógio.
O dia é indicado em uma abertura situada entre o calendário por ponteiro e o pequeno segundeiro, situado na posição das 9 horas, e o mês em posição simétrica sob o contador de 60 minutos, situado na posição das 3 horas. Com esta disposição clara e estética de um grande número de informações, a Patek Philippe demonstra que não tolera nenhuma concessão nem à funcionalidade, nem à estética.
As indicações do calendário podem ser corrigidas rapidamente através botões corretores situados nos flancos da caixa. Entre as 8 e 9 horas, é feita a correção do dia; entre as 12 e 13 horas, a correção do mês; entre 10 e 11 horas, a correção das fases lunares; às 12 horas, a correção da data. De modo a se efetuar as correções com grande elegância, o modelo é acompanhado de um lápis corretor de ébano com incrustações de ouro branco 18 quilates.
Os mostradores auxiliares tem revestimento em ródio e motivos circulares gravados. O pequeno segundeiro às 9 horas traz um ponteiro do tipo “folha” de ouro branco 18 K pintado em negro. O contador de 60 minutos às 3 horas possui um ponteiro de ouro branco 18 K do tipo “folha” pintado em vermelho. A indicação da data às 6h é feita em um submostrador de duas zonas (rodiada no contorno e negra no centro), com um ponteiro do tipo “folha” de ouro branco 18 K pintado de branco.
Uma caixa de platina de um desenho retro-contemporâneo
A platina ocupa um lugar relevante entre os materiais clássicos utilizados na construção de caixas, e sua elaboração traz ainda mais exigências devido à sua dureza. A Patek Philippe sempre recorre a ele para homenagear movimentos excepcionais – como na nova referência 5951P (“P” de platina).
O movimento extraplano é abrigado em uma caixa de platina 950 de forma “coussin” cujo desenho evoca os célebres relógios Patek Philippe Art Deco que causaram sensação nos anos 1920 e 1930. O botão de rattrapante na posição das 2 horas, destinado à medida dos tempos intermédios, é inspirado igualmente, por sua forma retangular, nos modelos históricos.
A caixa, resistente à água até 30 metros, tem uma largura (de 9 a 3 horas) de 37 mm e uma altura (de 6 a 12 horas) também de 37 mm. Incluindo as asas, ela chega a 45 mm. A espessura é de 12,35 mm.
Com uma distância entre asas de 21 mm, o modelo é complementado por uma pulseira de couro de crocodilo de escamas quadradas na cor negra fosca, com pespontos em vermelho, costurada manualmente, e um fecho de fivela de 18 mm em platina.
A coroa canelada, muito fácil de manipular, leva no centro o botão que permite ativar os comandos do cronógrafo. O cristal de safira curvado segue exatamente o contorno da caixa de forma “coussin”, desenhando um quadrado de lados arredondados.
O cristal de safira, de igual forma, que vai inserido no fundo da caixa por pressão, oferece uma magnífica vitrine através da qual podemos admirar o movimento em todo seu esplendor, com todos seus componentes acabados à mão, o elaborado mecanismo de rattrapante e o balanço Gyromax que oscila com grande regularidade.
Um espetáculo que nenhum amante de relógios se cansará de admirar, mesmo que o mesmo balé se repita indefinidamente. Contudo, caso o feliz proprietário de um exemplar desse extraordinário relógio assim o preferir, ele pode realizar a troca do fundo transparente por um fundo maciço de platina.
O preço de venda da Ref. 5951P no mercado norte-americano é de US$ 470,000.00
Publicado originalmente na Revista Pulso no. 72, Janeiro/2011
|