Maria-Antonieta, a Rainha da França, era uma fiel cliente da casa Breguet. Em 1782, A.-L. Breguet criou para ela seu relógio “perpétuelle” no. 2 10/82, com mecanismo de repetição e calendário. A Rainha da França admirava muito os seus relógios e repetidamente confirmava a sua estima. Em 1783, Breguet recebeu uma encomenda surpreendente e misteriosa: um relógio que incorporasse todas as complicações e os mais sofisticados mecanismos então existentes. Era um presente para a Rainha. Nenhum limite de preço ou prazo de entrega foi especificado pela pessoa que o encomendou, um membro da Guarda da Rainha. A.-L. Breguet dedicou-se à produção da peça, mas a rainha de má sorte morreu muito antes que o fabuloso relógio no. 160, conhecido pela posteridade como o “Marie-Antoinette”, fosse completado.
Roubado em 15 de Abril de 1983, do museu de arte islâmica L. A. Mayer em Jerusalém, esta obra-prima nunca mais havia sido vista até que foi recentemente recuperada pelo museu, após receber a dica de um relojoeiro de Tel Aviv, em Agosto de 2006.
O Marie-Antoinette, juntamente com uma coleção de 40 peças que incluía também um modelo “Sympathique”, criado por Breguet em 1819 e um “relógio-pistola” com 11 centímetros de comprimento, fabricado na França no início de século XIX, havia sido herdado por uma colecionadora do Reino Unido.
Os ladrões nunca foram presos, mas provavelmente não eram colecionadores de relógios, uma vez que de alguns itens foram retirados ouro e jóias.
O museu adquiriu os relógios, que não tinham nenhuma relação com arte Islâmica, da coleção de Sir David Salomons, que em 1855 tornou-se o primeiro prefeito judeu de Londres e em 1859 o segundo judeu membro do parlamento britânico.
O museu planeja exibir a coleção em breve.
Fonte: AFP e Breguet
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