Em 1875, Jules-Louis Audemars (1851-1918), para atender a pedidos de luxuosos calibres, provenientes das grandes casas relojoeiras de Genebra, associou-se oficialmente a seu amigo de infância, Edward-Auguste Piguet (1853-1919).
Audemars gerenciava a parte técnica da pequena empresa, enquanto seu sócio cuidava das vendas e do marketing, viajando por muitas cidades e posteriormente por continentes para estabelecer contato direto com conhecedores.
Em 1892, para atender a um pedido feito por Louis Brandt & Frère, em Bienne, a Audemars Piguet desenvolveu e fabricou o primeiro relógio de pulso com repetidor de minutos do mundo.
Naquela época, os relógios de pulso estavam começando a entrar na moda.
No ano de 1909, foi criado para Sir John Bennett, em Londres , um relógio de bolso "caçador", "Grande Complicação".
Ele era equipado com grande e pequena sonorização, repetidor de minutos e funções de cronógrafo.
Em 1929, ano de início da Grande Depressão, a companhia, segundo as tendências "Art Deco" e evocando a efervescência dos "Roaring Twenties", criou um relógio-jóia de bolso em platina e cravejado de diamantes baguete, equipado com um movimento baguete.
Apesar da crise mundial, a empresa prosperava com a produção de relógios femininos como estes e também de ultra-finos.
Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, a Manufatura reorganizou-se para criar uma linha de relógios mais acessíveis.
Em 1946, foi lançado o Calibre 9’’’, que media não mais que 1,64 mm de espessura, à época o mais fino movimento a corda manual do mundo.
O primeiro relógio de pulso Audemars Piguet equipado com um calendário perpétuo é lançado em 1957.
Um relógio incrível, que mostra a “regular” irregularidade dos meses, enquanto leva em conta os anos bissextos. A miniaturização desta complicação em um relógio de pulso foi e ainda é um notável feito.
As repercussões da crise relojoeira dos anos 1970 quase não foram sentidas pela companhia, especialmente porque em 1972 ela teve a ousadia de lançar o primeiro relógio esportivo topo de linha em aço do mundo, o Royal Oak.
Este relógio, desenhado por Gérald Genta, subverteu completamente os então existentes códigos da alta relojoaria, que ditavam que os relógios de luxo deveriam obrigatoriamente ser feitos em metais preciosos.
O Royal Oak é um relógio instantaneamente reconhecido, graças a seu mostrador guilloché, o aro octagonal fixado com oito parafusos hexagonais e seu bracelete integrado.
Uma outra novidade mundial seria lançada em 1986, quando a Audemars Piguet lançou o primeiro relógio de pulso ultra-fino automático com turbilhão, com a menor carruagem jamais feita.
Um convite aos viajantes: a Audemars Piguet causou sensação ao lançar em 1989 o Dual Time, o primeiro relógio de pulso a mostrar outro fuso horário, com um único movimento automático.
Embora até então apenas relógios de bolso tivessem abrigado tal mecanismo, em 1994 a Audemars Piguet incorporou-o a um relógio de pulso e apresentou o primeiro relógio a corda manual com grande e pequena sonorização com repetidor de quartos de hora com dois gongos.
No ano seguinte, em 1995, a Manufatura adicionou um cronógrafo rattrapante a seu modelo com tripla complicação, com isto surgindo o primeiro relógio de pulso "Grande Complication" automático.
O entusiasmo da Audemars Piguet pelo mundo náutico levou-a à criação do Royal Oak City of Sails, dedicado ao primeiro competidor suíço na famosa America's Cup.
Em adição à caixa octagonal e ao bracelete em aço ou titânio, ele traz um mostrador em safira azul com detalhes em amarelo nos ponteiros, marcadores de horas e círculo dos minutos externo. |